Não há desculpas para o pecado
Imagine a humanidade presa no fundo de um grande abismo e cercada por todos os lados por grandes muralhas de pedra impossíveis de serem escaladas. Cristo assumindo a humanidade com todas as suas susceptibilidades, em seu estado caído e mesmo assim não tendo Se contaminado de forma alguma com o pecado, demonstrou como os homens poderiam, fortalecidos por Deus, escapar desse terrível abismo.
Cristo é um exemplo perfeito para o homem de como viver sem o pecado e ao mesmo tempo Ele é o meio pelo qual isso poderá se tornar uma realidade em nossa vida.
Cristo é a fonte de poder, o meio de livramento ou a escada pela qual podemos nos livrar deste abismo que nos prende chamado pecado. Deus seja louvado! Um estudo mais aprofundado poderá ser apreciado na apostila Humanidade de Cristo)
“Cristo é a escada que Jacó viu, tendo a base na Terra, e o topo chegando à porta do Céu, ao próprio limiar da glória. Se aquela escada houvesse deixado de chegar à Terra, por um único degrau que fosse, teríamos ficado perdidos. Mas Cristo vem ter conosco onde nos achamos. Tomou nossa natureza e venceu, para que, revestindo-nos de Sua natureza, nós pudéssemos vencer. Feito “em semelhança da carne do pecado” (Rom. 8:3), viveu uma vida isenta de pecado. Agora, por Sua divindade, firma-Se ao trono do Céu, ao passo que, pela Sua humanidade, Se liga a nós. Manda-nos que, pela fé nEle, atinjamos à glória do caráter de Deus. Portanto, devemos ser perfeitos, assim como “é perfeito vosso Pai que está nos Céus”. Mat. 5:48.” O Desejado De Todas As Nações, pág. 311-312
Nos próximos textos do Espírito de Profecia veremos que, por tudo que o Senhor já fez por nós e deseja fazer em nós, não há nenhuma desculpa que justifique a existência e permanência do pecado em nossa vida:
“Homens e mulheres inventam desculpas para a sua inclinação para o pecado. O pecado é apresentado como uma necessidade, um mal que não pode ser vencido. O pecado, no entanto, não é uma necessidade. Cristo viveu neste mundo, desde a infância à idade adulta, e no decorrer desse tempo enfrentou e resistiu todas as tentações que assediam os homens. Ele é um modelo perfeito de infância, de juventude e de maturidade.” Manuscrito 31, 1911.
“A vida de Cristo mostrou o que a humanidade pode fazer se participar da natureza divina. Tudo quanto Cristo recebeu de Deus, podemos nós possuir também. Portanto, pedi e recebei. … Que vossa mente seja possuída pelas gloriosas concepções de Deus. Una-se vossa vida, por elos ocultos, à vida de Jesus. Parábolas de Jesus, pág. 149.” Fé Pela Qual Eu Vivo, MM 1959, pág. 219
“A atuação do tentador não deve ser usada como desculpa para que alguém aja erradamente. Satanás se rejubila quando ouve os professos seguidores de Cristo arranjando desculpas para suas deformidades de caráter. São tais desculpas que conduzem ao pecado. Um temperamento santificado, uma vida semelhante à de Cristo, podem ser conseguidos por todo penitente filho de Deus. Review and Herald, 31 de outubro de 1907.” Refletindo A Cristo, MM 1988, pág. 285
“Não há segurança para homem algum, jovem ou idoso, a menos que sinta a necessidade de buscar de Deus conselho a cada passo. Somente os que mantêm íntima comunhão com Deus aprenderão a estimá-Lo acima dos homens, a reverenciar o que é puro, bom, humilde e manso. O coração precisa ser fortalecido como o de José. Então as tentações para que se afaste da integridade serão enfrentadas com decisão: “Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” Gên. 39:9. A mais forte tentação não é desculpa para o pecado. Não importa quão severa seja a pressão exercida sobre vós, o pecado é ato vosso. A sede da dificuldade é o coração não renovado. Manuscrito 19a, 1890.” O Lar Adventista, pág. 331
“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças pelo contrário, juntamente com à tentação, vos proverá livramento de sorte que a possais suportar.” 1° Coríntios 10:13
“A influência do tentador não deve ser considerada desculpa para qualquer má ação. Satanás rejubila quando ouve os professos seguidores de Cristo apresentarem desculpas quanto à sua deformidade de caráter. São essas escusas que levam ao pecado. Não há desculpas para pecar. Uma santa disposição, uma vida cristã, são acessíveis a todo filho de Deus, arrependido e crente.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 311.
“Satanás … transforma-se em anjo de luz, achega-se aos jovens com suas enganosas tentações, e é bem-sucedido em os atrair, passo a passo, do caminho do dever. Ele é descrito como um acusador, enganador, mentiroso, atormentador e homicida. … É a ação de Satanás tentar-vos; é vossa a de ceder-lhe. Não se acha no poder de todo o exército satânico o forçar o tentado a transgredir. Não há desculpa para o pecado.” Mensagens aos Jovens, págs. 429 e 430
“O grande Mestre veio a nosso mundo, não somente para fazer expiação pelo pecado, mas também para ser um mestre tanto por preceito como pelo exemplo. Veio mostrar ao homem como guardar a lei na humanidade, de modo que ele não tivesse nenhuma desculpa para seguir seu próprio critério imperfeito. Vemos a obediência de Cristo. Sua vida era sem pecado. A obediência durante toda a Sua vida é uma censura à humanidade desobediente. A obediência de Cristo não deve ser posta de lado como se fosse completamente diferente da obediência que Ele requer de nós individualmente. Cristo nos mostrou que é possível para toda a humanidade obedecer às leis de Deus. …’ ME, Vol. 3, pág. 135
“Cristo foi afligido, insultado, maltratado; à esquerda e à direita era Ele assaltado por tentações, e todavia não pecou, antes apresentou a Deus obediência perfeita, inteiramente satisfatória. Removeu assim toda sombra de desculpa à desobediência. Veio para mostrar ao homem a maneira de obedecer, de observar todos os mandamentos. Lançou mão do poder divino, e é esta a única esperança do pecador. Deu a vida para que ao homem fosse possível partilhar da natureza divina, havendo escapado à corrupção que se encontra no mundo mediante a concupiscência. …” Mensagens Aos Jovens, pág. 165
Se existe justificativa ou uma boa desculpa não é justo haver punição.
Uma pessoa está envolvida em um acontecimento que é considerado como sendo um erro, mas prova existir uma justificativa ou uma boa desculpa para aquele acontecimento, então essa pessoa é desculpada, ou seja, é perdoada.
Exemplificando melhor a afirmação acima imaginemos que esta pessoa dirige um caminhão em uma rua de forte inclinação. Este caminhão desce em alta velocidade atinge alguns carros que estavam estacionados, fere algumas pessoas e destrói parte de uma casa onde finalmente parou. Ao ser realizada uma investigação fica constatado que aquele caminhão, apesar de receber constantemente todos os cuidados necessários para uma boa manutenção em uma oficina legalizada e credenciada pelo fabricante, sendo que, portanto deveria estar em perfeito estado de uso, apresentou falhas mecânicas consequência de um erro da equipe que realizou a última manutenção desse caminhão.
Creio que todos concordam que não seria justo culpar aquele motorista pelo acontecido. Naquele momento era impossível que ele parasse aquele caminhão. Nesta história este motorista está mais como vítima do que culpado. A culpa e as cobranças pelo acontecido deve ser atribuída aquela equipe que realizou a última manutenção do caminhão.
Vamos pensar agora no pecado. Se é verdade ser impossível viver sem o pecado, punir o pecador seria o mesmo que punir aquele motorista que está em um caminhão desgovernado por ser impossível controla-lo. Justo seria então Deus salvar a todos, porque afinal todos estariam em uma situação impossível de se escapar e então, teriam uma boa desculpa para permanecerem no pecado.
Deus não salvará homem algum em seus pecados, mas nosso Deus não deixará de ser justo ao condenar e destruir o pecador que não abandonar todos seus pecados. Nosso Deus concede para os homens todas as condições necessárias para que os homens passem a viver completamente livre do pecado, sendo assim permanecer no pecado é na verdade uma atitude de rejeição da graça de Deus oferecida para nossa libertação. (Ver: Cristo veio nos salvar do pecado)
Arrumar desculpas para o pecado é o mesmo que defendê-lo.
Arrumar desculpas para o pecado ou para o pecador é o mesmo que defendê-lo. Este pecador tendo justificativas ou uma desculpa não poderia ser condenado pelo Senhor, suas atitudes deixariam de ser consideradas erradas ou deixaria de ser pecado diante de Deus.
“O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência, deixaria de ser pecado. Nossa única definição de pecado é a que é dada na Palavra de Deus; é: “quebrantamento da lei”; é o efeito de um princípio em conflito com a grande lei do amor, que é o fundamento do governo divino.” Grande Conflito, pág. 493
É necessário colocar um ponto final nesta história de vida pecaminosa. Precisamos parar, dar um basta em arrumar desculpas para o pecado. Precisamos orar mais e pedir que o Senhor venha aumentar nossa fé, pedir que expulse completamente o pecado da nossa vida.
Afirmar que é impossível viver sem pecar é limitar o poder de Deus e exaltar Satanás. Cremos que nosso Deus é poderoso e viver sem pecado pode se tornar uma realidade em nossa vida agora. Você crê? Deus seja louvado!
“Tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4:13
“A religião que faz do pecado coisa leve, confiando no amor de Deus para com o pecador a despeito de suas ações, só anima o pecador a crer que Deus o receberá mesmo continuando naquilo que sabe ser pecado. Isto é o que estão fazendo alguns que professam crer na verdade presente. A verdade é mantida à parte da vida, e essa é a razão por que ela não tem poder para convencer e converter a alma.” Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 212
“Há esperança para cada um de nós, mas de uma só maneira – apegando-nos a Cristo e empregando toda energia para obter a perfeição de Seu caráter. Essa religião piegas que faz pouco do pecado, e só realça o amor de Deus pelo pecador, encoraja os pecadores a crer que Deus os salvará enquanto continuarem no pecado, sabendo que é pecado. É isso que estão fazendo muitos que professam crer na verdade presente.” Cristo Triunfante, MM 2002, pág. 80
“Essa religião sentimental que não faz caso do pecado e que só se demora no amor de Deus pelo pecador, estimula-o a crer que Deus o salvará embora continue em pecado e saiba que é pecado. É assim que estão procedendo muitos que professam crer na verdade presente. A verdade é mantida fora de sua vida, e esta é a razão por que ela não tem mais poder para convencer e converter a alma. Deve haver o máximo esforço de todo nervo, e espírito e músculo para deixar o mundo, seus costumes, suas práticas e suas modas. […] Se abandonardes o pecado e exercerdes viva fé, as riquezas das bênçãos do Céu serão vossas. Carta 53, 1887.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 155
“Quem não possui suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode guardá-lo de pecar, não tem a fé necessária para entrar no reino de Deus.” Ellen G. White, Review and Herald, 10 de março de 1904 (Lição da Escola Sabatina, 3° Trim. 1995, lição 7, pág. 5)
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