Reforma: vontade de crescer e mudar
“Reavivamento é simplesmente um despertar dos mais profundos anseios espirituais. É uma intensificação dos nossos desejos espirituais quando nosso coração é atraído para mais perto de Deus pela influência do Espírito Santo. Reavivamento não implica que não tivemos experiência anterior com Jesus, mas nos chama a uma experiência mais profunda e mais rica. A reforma nos chama para crescer e mudar. Ela nos apela a ir do status quo [estado atual das coisas] espiritual. Convida-nos a reexaminar nossa vida à luz dos valores bíblicos e permitir que o Espírito Santo nos capacite a fazer as mudanças necessárias para viver em obediência à vontade de Deus.” Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 66 – Lição de Aluno; pág. 120 – Lição de Professor
Nosso maravilhoso Deus está nos chamando para uma “uma experiência mais profunda e mais rica.” Nos chama para um estilo de vida realmente em conformidade com Sua vontade. Para atendermos a esse chamado de Deus precisamos realmente de vontade de crescer e mudar.
Não é difícil de entender que quando este processo divino acontecer em nossa vida, estaremos tão ligados à Cristo que nossas atitudes pecaminosas e ofensivas a Deus, deixarão de existir. Esta é uma realidade para “agora”. Vejamos o que a serva do Senhor afirma sobre esta mudança em nossa vida:
“A obra de Cristo em purificar o leproso de sua terrível doença, é uma ilustração de Sua obra em libertar a alma do pecado. O homem que foi ter com Jesus estava cheio de lepra. (…) O mesmo se dá quanto à lepra do pecado – profundamente arraigada, mortal e impossível de ser purificada por poder humano. (…) Sua presença tem virtude que cura o pecador. Quem quer que Lhe caia de joelhos aos pés, dizendo com fé: “Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo”, ouvirá a resposta: “Quero: sê limpo.” Mat. 8:2 e 3. Em alguns casos de cura, Jesus não concedeu imediatamente a bênção buscada. No caso da lepra, todavia, tão depressa foi feito o apelo, seguiu-se a promessa. Quando pedimos bênçãos terrestres, a resposta a nossa oração talvez seja retardada, ou Deus nos dê outra coisa que não aquilo que pedimos; não assim, porém, quando pedimos livramento do pecado. É Sua vontade limpar-nos dele, tornar-nos Seus filhos, e habilitar-nos a viver uma vida santa. Cristo “Se deu a Si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” Gál. 1:4. E “esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizemos”. I João 5:14 e 15. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” I João 1:9.” O Desejado de todas as Nações, pág. 266
É necessário estreitarmos nossa ligação com céu, com Cristo. Nossos defeitos de caráter ou natureza não podem servir de desculpas para vivermos uma vida desregrada, sem reforma. Precisamos parar de justificar nossos erros. O pecado que cometemos entristece e ofende nosso Deus. Precisamos compreender que pecado habitual ou ocasional, muito ou pouco, pequeno ou minúsculo que seja, se não for abandonado pelo poder de Deus nos levará a perdição.
“Deus é amor. Ele manifestou esse amor na dádiva de Seu Filho unigênito. Contudo, o amor de Deus não desculpa o pecado. Deus não desculpa o pecado em Satanás, em Adão ou em Caim, nem desculpará o pecado em algum dos filhos dos homens. A pervertida natureza humana pode deturpar o amor de Deus, transformando-o num atributo de fraqueza; mas a luz está brilhando da cruz do Calvário, para que o homem possa ter idéias corretas e defender teorias que não sejam deturpadas.” EXALTAI-O, pág. 159
“O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso, inexplicável; desculpá-lo corresponde a defendê-lo. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência, deixaria de ser pecado.” O Grande Conflito, pág. 493.
Nosso desejo de crescer e mudar deve ter como objetivo a completa libertação do pecado: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo.” Filipenses 2:15
Que seja nossa escolha! Libertos de todo peso do pecado!
“Quando o homem finito e pecaminoso põe em ação a própria salvação com temor e tremor, Deus é quem efetua nele tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Deus não agirá, porém, sem a cooperação do homem. Este precisa exercitar ao máximo suas faculdades; deve colocar-se como apto e dócil aluno na escola de Cristo; e, ao aceitar ele a graça que lhe é oferecida livremente, a presença de Cristo no pensamento e no coração dar-lhe-á firmeza de propósito para desembaraçar-se de todo peso do pecado, a fim de que o coração seja tomado de toda a plenitude de Deus e Seu amor.” ( Ellen G. White, Fundamentos Da Educação Cristã, pág 134) Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 68 – Lição de Aluno; pág. 122 – Lição de Professor
Não podemos nos comportar como Pedro e Tomé!
“Pedro e Tomé tinham uma notável característica em comum. Eles abordavam a fé a partir de uma perspectiva humana. Pedro confiava no que ele podia fazer; e Tomé, no que podia ver. Eles dependiam de seu imperfeito julgamento humano.” Lição da E. S. Reavivamento e Reforma, pág. 123
Quando falamos da possibilidade do homem passar a viver sem pecar, geralmente parece-nos impossível e inacreditável. Nos portamos, na prática, como Pedro ou como Tomé. Caímos no erro de olhar para nós, para nossas limitações e esquecemos-nos do Deus do impossível que pode fazer milagres em nós.
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Fil. 4:13
Esta é uma declaração fortíssima que utilizamos para tantos outros assuntos que acreditamos e que não é diferente para uma purificação divina em nossa vida. Além desta e tantas declarações na palavra de Deus do poder divino disponível para nos libertar do pecado, ainda assim agimos com muita incredulidade. Na realidade também somente acreditamos naquilo que podemos ver (Tomé) e naquilo que podemos fazer (Pedro).
Clamemos que o Senhor aumente nossa fé. Não podemos nos esquecer do poder de Deus. Não podemos continuar abordando as coisas espirituais a “partir de uma perspectiva humana.” Que o Senhor nos ajude a acreditar em Suas promessas.
“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne.” Gál. 5:16
“Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências” Rom. 6:10-12
“Se você crê na promessa – crê que está perdoado e purificado – Deus supre o fato: você é curado, exatamente como Cristo conferiu ao paralítico poder para caminhar quando o homem acreditou que estava curado. Assim é se você crer. “Não espere até sentir que está curado, mas diga: “Creio-o; assim é, não porque eu o sinta, mas porque Deus o prometeu.” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 51) Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 71 – Lição de Aluno; pág. 125 – Lição de Professor
Voltar para casa
“Reavivamento pode ser definido de maneiras diferentes. Seja qual for a definição, um aspecto não deve ser esquecido: reavivamento significa voltar para casa. É uma fome intensa de conhecer profundamente o amor do Pai. Reforma é a decisão de responder à orientação do Espírito Santo para mudança e crescimento. É a ecolha de desistir de tudo o que impede o relacionamento mais íntimo com Deus. O filho pródigo não poderia ter ao mesmo tempo o chiqueiro dos porcos e o banquete do pai.” Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 70 – Lição de Aluno; pág. 124 – Lição de Professor
É verdade que reavivamento realmente significa voltar para casa, voltar para Deus. Nosso maravilhoso Deus está agindo como um Pai que deseja que Seus filhos voltem para casa. Todos desejam a salvação, voltar para casa. Mas sinceramente, mesmo sabendo não ser possível queremos ao mesmo tempo “o chiqueiro dos porcos e o banquete do pai”, ainda gostamos de coisas que pertencem somente ao chiqueiro dos porcos como músicas, hábitos de alimentação, vestuário, ganância e outras coisas mais. Temos que entender que voltar para casa é voltar para o reino de Deus e para isso o Senhor quer purificar plenamente nosso coração agora. No reino de luz e não existe nenhuma, absolutamente nenhuma comunhão entre as trevas e a luz. O perdão que o Senhor nos concede nos habilita para o reino de Deus e a santificação ou a purificação do nosso coração nos adapta a ele.
“É imputada a justiça pela qual somos justificados; aquela pela qual somos santificados, é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa adaptação para ele. Review and Herald, 4 de junho de 1895.” Mensagens Aos Jovens pág. 35 (Cristo Nossa Justiça pág. 108-109)
“Reforma ocorre quando decidimos responder a um amor que não desiste de nós, quando escolhemos desistir de atitudes, hábitos, pensamentos e sentimentos que nos separam dEle.” Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 70 – Lição de Aluno, pág. 124 – Lição de Professor
Como membros da igreja de Deus temos um excelente conhecimento. O que precisamos é orar mais para que o nosso conhecimento possa ser praticado por cada um de nós para que possamos pregar o evangelho por preceito e exemplo. Precisamos acreditar e aceitar a obra que o Senhor deseja realizar no nosso coração. Quando está obra se tornar realidade, a obediência ao Senhor será natural, espontânea e não mais gostaremos do pecado.
“Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. […] Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 669) Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 72 – Lição de Aluno, pág. 126 – Lição de Professor
Este texto é maravilhoso. Porém gostaríamos de reescrevê-lo acrescentando duas frases importantes que não foram escritas no texto da lição:
“Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 669
Esta afirmação é importante pelo fato de que na lição 5 – Obediência: fruto do reavivamento, afirmava: “Jesus deu um exemplo do que é uma vida cheia do Espírito Santo. É uma vida de obediência voluntária e humilde submissão à vontade do Pai. É uma vida de oração, dedicada ao serviço e ministério e dominada pelo desejo ardente de ver pessoas salvas no reino do Pai.” Lição E. S. 3° Trim. 2013, pág. 36 – Lição de Aluno
Se Jesus assim vivia, dependia do Espírito Santo e vivia sem pecar, quanto mais nós, a Seu exemplo e comunhão com Deus, precisamos fazer.
“Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.” 1 João 2:6
Podemos ser libertados do pecado!
“Na mudança que se opera quando a alma se entrega a Cristo, há o mais alto senso de liberdade. A expulsão do pecado é ato da própria alma. Na verdade, não possuímos capacidade para livrar-nos do poder de Satanás; mas quando desejamos ser libertos do pecado e, em nossa grande necessidade, clamamos por um poder fora de nós e a nós superior, as faculdades da alma são revestidas da divina energia do Espírito Santo, e obedecem aos ditames da vontade no cumprir o querer de Deus.” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 466) Comentário adicional na Lição do Professor da E. S. Reavivamento e Reforma, p.130
Deus seja para sempre louvado!
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