Livro Pecado e Salvação 3

10 – Quando Deus Considera Justo
“Justificação no uso que Paulo faz da palavra, não significa ‘tornar justo’, mas ‘declarar justo’. ‘A ideia fundamental na justificação’ escreve George Eldon Ladd, ‘é a declaração de Deus o reto juiz, de que a pessoa que crê em Cristo, pecadora como seja, […] passa a ser considerada justa, porque em Cristo ela entrou em um relacionamento justo com Deus’”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 87-88
“Embora a justificação, a regeneração e a santificação inicial façam com que os crentes adotem uma nova atitude para com o pecado, não lhes alteram os traços arraigados de caráter nem os hábitos”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 114
“’O homem justificado em Cristo entrou em um novo relacionamento com Deus’, que agora o vê como justo e o trata dessa forma. Embora a nova relação não torne a pessoa intrinsecamente justa {…]”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 88
Esse tipo de ensinamento é exatamente o oposto do que nos foi ensinado sobre justificação em uma das nossas lições da Escola Sabatina! Vejam a seguir:
“Em nenhuma das 41 vezes que o verbo justificar é usado no Antigo Testamento Hebraico Deus declara justo a alguém que não o é. Por exemplo, Êxodo 23:7 diz o seguinte: ‘Da falsa acusação te afastarás; não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio’. O ponto é que o Senhor nunca declara justo àquele que não se tornou justo pela relação do concerto com Ele. Essa relação abrange a presença de Deus na vida. Ele declara justos àqueles que são justos em virtude de Sua presença na vida deles”. Lição da Escola Sabatina 2º Trim. 1990, CRISTO O ÚNICO CAMINHO, P. 46
“O estudo do verbo imputar no Antigo Testamento revela que Deus nunca considera que alguém é alguma coisa que ele não é. Por exemplo, Finéias foi considerado como justo porque, em virtude de sua união com Deus, ele era justo. (Ver Sal. 106:30 e 31; Núm. 25:13.) Pode-se dizer a mesma coisa de Abrão. A justiça lhe foi imputada porque sua fé envolveu total união com o Deus do concerto eterno. A imputação expressava a realidade de que a justiça de Deus tornara posse da vida de Abraão. Como é salientado pela lição, a imputação da justiça (justificação) é a concessão da justiça de Cristo ao crente pelo Espírito Santo. Esta experiência é a fonte de nosso poder espiritual”. Lição da E. S. 2º Tri. 1990, Cristo O Único Caminho, p. 63
“A época atual clama não por um nível inferior de justiça, mas por um nível mais elevado. A justiça banalizada e detalhista não é hoje mais adequada do que quando Cristo censurou os fariseus em seu sermão da montanha por almejarem alvos demasiadamente baixos”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 118
Curioso George R Knight afirmar que existe um clamor por um nível mais elevado de justiça. Se é verdade que existe alguns que por possuírem um conceito equivocado de pecado, possuem um conceito de justiça baixo, eu digo que é um fato comprovado existir muitos adventistas que por não acreditarem na possibilidade de plena libertação do pecado, estão adaptando seu conceito de justiça a sua descrença no poder de Deus, poder para nos libertar do pecado. George R Knight é uma prova disso. Não acredita que podemos ser plenamente libertados do pecado. Então ensina uma justiça que não altera os traços arraigados de caráter nem os hábitos, que não torna o justificado justo, e também usa a justiça de Cristo para cobrir suas imperfeições. É o que veremos novamente a seguir.
“Embora a justificação, a regeneração e a santificação inicial façam com que os crentes adotem uma nova atitude para com o pecado, não lhes alteram os traços arraigados de caráter nem os hábitos”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 114
“’O homem justificado em Cristo entrou em um novo relacionamento com Deus’, que agora o vê como justo e o trata dessa forma. Embora a nova relação não torne a pessoa intrinsecamente justa {…]”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 88
“Na página seguinte, Ellen White se torna mais explícita ao desenvolver sua compreensão do tipo de perfeição que ‘Deus requer de Seus filhos’. ‘A justiça de Cristo’, explica ela, ‘não encobrirá pecado algum acariciado’ [sugerindo assim que Sua justiça cobre pecados não rebeldes]”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 187-188
Muito curioso é ver George R Knight, fazer tais afirmações sobre justificação e em no mesmo livro que faz essas afirmações absurdas sobre justificação mencionar também um texto como o que veremos a seguir!
{…] a fim de que o homem seja justificado pela fé, este tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e os impulsos do coração e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa”. Mensagens Escolhidas vol. 1, p. 366, George R Knight, Pecado e Salvação, p. 124
Ensinamentos como esses de George R. Knight sobre justificação, cria expectativa de salvação mesmo para aqueles que continuam NO pecado, com algum pecado não confessado e não abandonado. É o que a serva do Senhor chama de religião piegas, religião que, “encoraja os pecadores a crer que Deus os salvará enquanto continuarem no pecado, sabendo que é pecado”.
“Há esperança para cada um de nós, mas de uma só maneira – apegando-nos a Cristo e empregando toda energia para obter a perfeição de Seu caráter. Essa religião piegas que faz pouco do pecado, e só realça o amor de Deus pelo pecador, encoraja os pecadores a crer que Deus os salvará enquanto continuarem no pecado, sabendo que é pecado. É isso que estão fazendo muitos que professam crer na verdade presente”. MM 2002, Cristo Triunfante, p. 80
“A terrível calamidade que Deus permitiu que viesse sobre Davi, que antes tinha sido chamado de homem segundo o coração de Deus pela integridade de seu caráter, é uma evidência para gerações posteriores de que Deus jamais vai justificar a quem quer que transgrida Seus mandamentos. Pelo contrário, certamente vai punir o culpado, não importando quão justo e favorecido por Deus tenha sido enquanto seguia ao Senhor com pureza de coração. Quando o justo se afasta de sua integridade para contemplar a maldade, seu passado de atitudes corretas não o salvará da ira de um Deus justo e santo”. EGW, CPB, Conduta Sexual, p. 73
Como acreditar em salvação NO pecado lendo o texto a seguir do Espírito de profecia?
“A mais escura meia noite será incapaz de esconder o culpado. Ele pode achar que está só, mas para cada ação há uma testemunha invisível. Até os motivos de seu coração estão expostos à inspeção divina. Cada ato, cada palavra e cada pensamento são distintamente notados como se houvesse apenas uma pessoa no mundo inteiro e a atenção do Céu estivesse centralizada nela”. Patriarcas e Profetas, p. 218
“Se os corpos abertamente depositados sobre o altar tivessem de ser submetidos a um exame minucioso semelhante ao dos sacrifícios judaicos, poucos suportariam o teste e seriam declarados perfeitos diante de Deus, preservados em santidade, livres de todo traço de pecado ou poluição”. EGW, CPB, Conduta Sexual, p. 78
11 – Mais uma contradição
“Se uma pessoa peca, isso não significa que ele ou ela deixa de ser filho ou filha da aliança (I João 2:1). Isso só acontece quando as pessoas se recusam se arrepender de sua rebelião. A escolha deliberada por de rebelião contínua (relação de pecado) contra Deus irá anular a certeza da aliança. Contudo, não saltamos para dentro e para fora da relação de aliança com base apenas em atos pecaminosos individuais”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 94
Vejam bem, nesse texto George R Knight afirma que “atos pecaminosos individuais”, não altera nossa relação de aliança com Deus! Agora a seguir vejam o que ele tinha afirmado anteriormente!
“Como observou Gustav Aulen, ‘atos individuais e específicos de pecado não se acham isolados nem dissociados entre si, mas têm suas origens na inclinação da vontade humana. […] O pecado não é algo externo, periférico nem mesmo acidental no ser humano; ele tem sua ‘sede’ no eu interior”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 90
Se “‘atos individuais e específicos de pecado não se acham isolados nem dissociados entre si, mas têm suas origens na inclinação da vontade humana. […] Se o pecado não é algo externo, periférico nem mesmo acidental no ser humano; ele tem sua ‘sede’ no eu interior”. Então eu pergunto. Como afirmar que “atos pecaminosos individuais” não altera nossa relação de aliança com Deus? Esses “atos pecaminosos individuais” tendo sua origem na “inclinação da vontade humana”, não é uma comprovação que a nossa vontade humana ainda está corrompida? Não é uma comprovação de que ainda estamos em pecado, vivendo ainda NO pecado?
George R Knight deveria saber que nossos pecados, não nos faz saltar de dentro para fora da nossa relação de aliança com Deus! Eles simplesmente nos mostram onde estamos! Eles simplesmente nos indicam que já estamos fora, ainda corrompidos, ainda dominados pela carne! O “eu interior” corrompido, a “inclinação da vontade” ainda corrompida! Não pecamos e então nos afastamos de Deus! Pecamos porque já estamos afastados de Deus.
12 – Um Advogado
“Visto continuarem a pecar depois do batismo os cristãos podem se alegrar de possuir ‘um advogado junto ao Pai’ para continuar mediando o perdão no santuário celestial (I João 2:1)”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 114
Corretíssimo, mas George R Knight e os demais teólogos adventistas deveriam alertar as pessoas sobre o fato de que um dia, Jesus não estará mais intercedendo no santíssimo do santuário celestial.
“Os que recusam ser talhados pelos profetas, e deixam de purificar o espírito na obediência da verdade toda, e se dispõe a crer que seu estado é muito melhor do que realmente é, chegarão ao tempo em que as pragas cairão, e verão que necessitam ser esculpidos e preparados para a edificação. Não haverá, porém, tempo para o fazer, e nem Mediador para pleitear sua causa perante o Pai. Antes desse tempo sairá a declaração terrivelmente solene de que: “Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda.” Apoc. 22:11. Vi que ninguém poderia participar do “refrigério” a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto, estar-nosaproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha do dia do Senhor. Lembrem todos que Deus é santo, e que unicamente entes santos poderão morar em Sua presença”. Primeiros Escritos, p. 71
“Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc. 22:11. Então o Espírito repressor de Deus é retirado da Terra”. Patriarcas e Profetas, p. 201.
13 – O exemplo de Cristo
“O desafio para o Cristão não é obter a vitória que Cristo obteve, mas permanecer unido ao vencedor”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 114
Bonita essa frase, mas essa afirmação é simplesmente “assim diz o teólogo” e não um “assim diz o Senhor”! Vejam a seguir o assim diz o Senhor.
“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de sei Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Romanos 8:29
“Se permanecerem nEle, dEle poderão extrair vitalidade e nutrição, ser imbuídos de Seu Espírito, andar assim como Ele andou, vencer assim como Ele venceu e ser exaltados à Sua destra”. MM 1977 Maranata O Senhor Vem, p. 51
“Como Vencedor, deu-nos Ele a vantagem de Sua vitória, a fim de que, em nossos esforços para resistir às tentações de Satanás, uníssemos nossa fraqueza à Sua força, nossa desvalia aos Seus méritos. E sustidos por Seu poder perdurável, sob forte tentação, podemos resistir, em Seu nome Todo-poderoso, e vencer como Ele venceu”. Signs of the Times, 12 de março de 1912. Nos Lugares Celestiais p. 251
“Nestas palavras indica-se uma obra individual para cada um de nós. Cumpre-nos fazer decididos esforços para vencer como Cristo venceu. Ninguém é dispensado dessa luta. Se as portas da santa cidade se hão de abrir para nós completamente, se havemos de ver o Rei em Sua beleza, temos de vencer agora como Cristo venceu”. MM 1956, Filhos e Filhas de Deus, p. 371
“Não precisamos classificar a obediência de Cristo, por si mesma, como alguma coisa para a qual Ele Se achava particularmente adaptado, por Sua especial natureza divina, pois Ele Se encontrava diante de Deus como o representante do homem e foi tentado como substituto e fiador do homem. Se Cristo possuísse um poder especial que o homem não tem o privilégio de possuir, Satanás ter-se-ia aproveitado desse fato. A obra de Cristo era tirar das reivindicações de Satanás o seu domínio sobre o homem, e só podia fazê-lo da maneira como Ele veio – como homem, tentado como homem e prestando a obediência de um homem”. Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 139
“Muitos dizem, todavia, que Jesus não real como nós outros, que Ele não esteve no mundo da mesma forma que nós, que Ele era divino e que nós não podemos ser vencedores como Ele foi vencedor. Mas Paulo escreve”: Porque, na verdade, Ele não tomou a natureza dos anjos; mas tomou a descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos. ”-RH, o1/04/1892; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 161.
“O Filho de Deus era irrepreensível. “Precisamos ter como alvo essa perfeição, e vencer como Ele venceu, caso queiramos ter um lugar à Sua direita”. Testimonies, vol. 3, pág. 336. Filhos e Filhas de Deus,p. 154.
“Ele iniciou Sua vida terrena como os seres humanos iniciam a sua, vindo a este mundo como um bebê desamparado. E enquanto aqui esteve, viveu a vida que todo ser humano pode viver, aqueles que receberão o grande dom que o Senhor fez ao nosso mundo ao enviar Seu Filho para executar o plano de salvação”. MM 1983, Olhando Para O Alto, p. 190.
“O desafio para o Cristão não é obter a vitória que Cristo obteve, mas permanecer unido ao vencedor”. George R. Knight, Pecado e Salvação p. 114
Uma pergunta que gostaria de fazer a George R. Knight! É possível alguém permanecer em Cristo e não vencer como Ele venceu?
Gostaria de saber o que é permanecer em Cristo para George R. Knight!
Agora, alguém poderia me explicar como George R Knight faz essa afirmação na página 144 e no mesmo livro ter feito as afirmações que veremos a seguir?
“A veste nupcial de Mateus 22: 1-14 deve ser vista em termos de salvação total. Os que se revestiram de Cristo estarão vivendo a vida de Cristo. Em outras palavras, na vida real (em oposição à especulação teológica), a graça justificadora jamais pode ser separada da graça santificadora”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 128
“Os cristãos que seguem a Cristo não só passarão pela morte que Ele morreu, mas também viverão a vida que ele viveu”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 150
Uma mensagem que é usada por muitos e George R Knight também usou para tentar provar ser impossível viver como Jesus viveu é a que veremos a seguir.
“Com esse conceito em mente, fica mais fácil perceber por que Ellen White sugeriu que nossa vitória humana sobre o pecado não seria exatamente como a de Cristo. ‘Cristo’, afirmou ela, ‘é nosso modelo, o perfeito e santo exemplo que nos foi dado para que seguíssemos. Jamais poderemos igualar o modelo, porém imitá-lo e nos assemelhar a ele de acordo com nossa capacidade’”.
Primeiramente é bom deixar claro que Ellen White não sugeriu que a nossa vitória sobre o pecado seria diferente da de Cristo. Essa é uma interpretação errada de George R Knight desse texto por ignorar textos acima que deixam muito claro que Cristo “viveu a vida que todo ser humano pode viver’!
Como entender então esse texto é o que veremos agora! Devemos entender que o fato de termos um Modelo que jamais poderá ser igualado não pode ser usado como desculpa para defender a crença de é impossível ser completamente libertado do pecado, de que não podemos vencer como Cristo venceu. É bom lembrar que o homem foi criado não igual a Deus, mas “a semelhança do seu Criador” e mesmo para o homem perfeito criado pelo Senhor haveria progresso contínuo de forma que “quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse esta imagem”. Quanto mais o homem vivesse mais revelasse a imagem de Deus.
“Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia ele em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador. “E criou Deus o homem à Sua imagem” (Gên. 1:27), e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse esta imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador. Todas as suas faculdades eram passíveis de desenvolvimento; sua capacidade e vigor deveriam aumentar continuamente. […] Mais e mais amplamente teria ele cumprido o objetivo de sua criação, mais e mais teria ele refletido a glória do Criador”. Educação p. 15
Outro detalhe muito importante, mesmo na nova Terra onde definitivamente já não existirá mais o pecado os salvos sempre terão Cristo como nosso modelo e para toda a eternidade estaremos progredindo “em sabedoria, conhecimentos e santidade”.
“Habitar para sempre nesse lar de bem-aventuranças, trazer na alma, corpo e espírito não os traços do pecado e da maldição, mas a perfeita semelhança de nosso Criador, e através de eras eternas progredir em sabedoria, conhecimentos e santidade, explorando sempre novos campos do pensamento, sempre encontrando novas maravilhas e novas glórias, aumentando sempre a capacidade de saber e amar, e sabendo que há ainda diante de nós alegria, amor e sabedoria infinitos […]” Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 55.
Acredito ser mais sensato pensarmos naquele texto como estando simplesmente descrevendo a realidade de que sempre teremos diante de nós um Modelo de santidade infinita e que contemplando-O estaremos para toda eternidade crescendo em sabedoria, conhecimentos e santidade e que nunca, mesmo os remidos libertados plenamente do pecado, nunca poderão dizer um dia, sou tão santo quando Jesus, porque a santidade de Deus é INFINITA. É assim que devemos entender o fato de que “jamais poderemos igualar o Modelo”, e não como uma desculpa para continuarmos vivendo no pecado. Curioso, George R Knight deveria saber disso pois ele escreveu: “O Céu será um lugar de infinito crescimento espiritual”. Pecado e Salvação, p. 156
“Mesmo o mais perfeito cristão pode crescer continuamente no conhecimento e amor a Deus”. EGW, Pecado e Salvação, p. 183
13 – Algum dia não precisar mais de Jesus?
“A primeira delas leva a uma independência crescente da graça de Cristo à medida que a pessoa se torna aparentemente mais semelhantes a Deus. Esse modelo sugere que os cristãos serão algum dia capazes de subsistir sozinhos, sem Cristo pois se tornaram semelhantes a Deus”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 118
“Juntamente com outras ideias, levou as pessoas a ensinarem que a última geração ou os 144000 se tornariam tão justos, tão puros, tão santos, que não precisariam mais de um salvador”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 203
Já vi o Pr. Amin Rodor afirmar algo assim também, na meditação matinal Encontros com Deus.
”Perfeccionistas, que por causa de sua compreensão superficial de pecado, facilmente se sentem ‘triunfantes e vitoriosos’. Cometem o engano de se julgarem espiritualmente superiores, vítimas da síndrome do ‘já alcancei’. Concluem que, em algum momento, alcançarão um estágio de impecaminosidade absoluta e serão tão santos que não precisarão de Cristo”. Pr, Amin A Rodor, MM 2014, Encontros com Deus, p. 160
Será mesmo que existe pessoas que acreditam que serão um dia tão santos que não precisarão mais de Cristo. Deveriam mostrar alguma referência provando que tais pessoas com tais crenças existam realmente fora da mente deles.
Devemos lembrar que George R. Knight chama de fariseus os que acreditam na possibilidade de plena libertação do pecado, mas olha aí ele revelando uma característica dos fariseus, a de caluniador, difamador!
14 – O Grande Conflito página 623
“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humano algum ponto em que pode obter apoio, algum desejo pecaminoso e acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo. ‘Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em mim’ (João 14:30). Satanás nada pode achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de seu Pai, e não havia nele pecado que Satanás pudesse usar para sua vantagem. Esta é a condição que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia”. Grande Conflito, p. 623. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 202-203
“As declarações acima e diversas outras semelhantes a essas tiveram um profundo impacto sobre os adventistas do sétimo dia. Embora o efeito sobre alguns tenha sido equilibrado e saudável, a muitos faltou uma compreensão clara e sensata do que Ellen White realmente quis dizer”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 203
É bem provável que George R Knight se coloca entre os que esse texto do Grande Conflito teve um efeito “equilibrado e saudável”, e que ele foi um dos que teve uma compreensão “clara e sensata” do que Ellen White realmente quis dizer. Então vejam a seguir como George R Knight interpretou esse texto!
“Mas uma vez, na vigorosa passagem retirada do O Grande Conflito (P. 623), na qual se afirma que os crentes do tempo do fim deverão ser semelhantes a Cristo durante o tempo de angústia, ela mostra que o problema não são os pecados de omissão nem os pecados inconscientes (erros), mas os pecados acariciados. Ao discorrer sobre a tentação de Cristo, ela escreveu que ‘Satanás nada pode achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Ele havia guardado a lei de Deus”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 205
Podemos chamar essa interpretação de George R Knight desse texto de muitas coisas, mas com certeza não de “equilibrada, saudável e muito menos clara e sensata”. Quando ele revela sua brilhante interpretação desse texto, ele já deixou esse texto umas duas páginas para trás. Isso dificulta um pouco as pessoas analisarem essa interpretação lendo com atenção o texto novamente. Vou repetir o texto.
“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humano algum ponto em que pode obter apoio, algum desejo pecaminoso e acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo. ‘Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em mim’ (João 14:30). Satanás nada pode achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de seu Pai, e não havia nele pecado que Satanás pudesse usar para sua vantagem. Esta é a condição que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia”. Grande Conflito, p. 623. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 202-203
Vejam que a serva do Senhor deixa claro que a CONDIÇÃO vivida por Cristo deve ser a condição em que deve se encontrar os que subsistirão no tempo de angústia. Agora pergunto.
Será que a condição vivida por Cristo deixa margens para pensarmos que no tempo de angústia ainda poderemos estar cometendo pecados de OMISSÃO e pecados INCONSCIENTES?
Quando Ellen White afirma que “não havia nele pecado que Satanás pudesse usar para sua vantagem”, ela estava se referindo apenas a pecados acariciados?
É impressionante o “malabarismo” teológico feito por pastores e teólogos adventistas para defender salvação NO pecado!
No livro Pecado e Salvação encontramos também o texto que veremos a seguir.
“‘Nada havia nele’, escreveu Ellen White, ‘que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco’”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 180
Como que um texto tão claro passa desapercebido para George R Knight? “Nem por um pensamento”, Jesus, “sedia à tentação”, “o mesmo se pode dar conosco”. Mas mesmo diante de mensagens tão claras ele tenta ajustar sua teologia para que seja rejeitado apenas os pecados acariciados, mas sejam tolerados os pecados de omissão e os cometidos de forma inconsciente.
Leiam novamente a interpretação de George Knight do Grande Conflito p. 623 e avaliem essa interpretação levando em consideração o texto a seguir dessa interpretação que revela a abrangência da lei de Deus.
“Mas uma vez, na vigorosa passagem retirada do O Grande Conflito (P. 623), na qual se afirma que os crentes do tempo do fim deverão ser semelhantes a Cristo durante o tempo de angústia, ela mostra que o problema não são os pecados de omissão nem os pecados inconscientes (erros), mas os pecados acariciados.”. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 205
“Paulo frisou especialmente os profundos reclamos da lei de Deus. Mostrou como ela alcança os íntimos segredos da natureza moral do homem, derramando um dilúvio de luz sobre aquilo que tem estado oculto à vista e ao conhecimento dos seres humanos. O que as mãos podem fazer ou a língua proferir – isso que a vida exterior revela – mostra, imperfeitamente embora, o caráter moral do homem. A lei esquadrinha seus pensamentos, motivos e propósitos. As perigosas paixões que permanecem ocultas à vista dos homens, a inveja, o ódio, o sensualismo, a ambição, as propostas perversas nos profundos recessos do coração, ainda não executadas por falta de oportunidade – tudo isso a lei de Deus condena”. Atos dos Apóstolos, p. 424
Constatando a abrangência da lei de Deus como querer acreditar que para Deus pecados de omissão e inconscientes não levará também a perdição eterna? Omissão por que? Está faltando o que na vida para que a omissão seja vencida? Se são pecados INCONSCIENTES quem está dirigindo a vida? Se é o Espírito Santo que convence do pecado, João 16:8, será possível alguém guiado pelo Espírito pecar sem saber que está pecado?
Diante de situações como essa, vendo como George Knight interpretou O Grande Conflito p. 623, entendemos a afirmação que encontramos em Jeremias 17:5
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor”.
15 – O exemplo dos patriarcas
É comum também vermos pessoas usando os exemplos dos patriarcas para tentar provar que alguém pode ser considerado justo, perfeito por Deus mesmo ainda estando cometendo certos tipos de pecados. George R Knight também faz isso, na página 161 do livro Pecado e Salvação ele cita o nome de alguns personagens bíblicos com essa intenção. Mas curioso é que ele faz uma citação que refuta sua própria tentativa de defender perfeição ainda em pecado. Vejam a seguir essa citação.
“É por isso que a Escritura chama Noé, Abraão, e Jó de ‘perfeitos’ (Gn. 6:9; 17:1; Jó 1:1,8); apesar de esses patriarcas terem demonstrado falhas óbvias. O santo perfeito encontrado no Antigo Testamento era a pessoa de ‘coração perfeito’ para com o Senhor enquanto ‘andava’ em Seu caminho e vontade”. George R Knight, Pecado e salvação, p. 161
É exatamente esse o caso, essas pessoas eram consideradas perfeitas, somente enquanto andavam nos caminhos do Senhor! Vejamos o caso de Davi como exemplo.
“Através de gerações sucessivas, os incrédulos têm apontado para o caráter de Davi, que traz esta negra mancha, e exclamado com triunfo e escárnio: “Este é o homem segundo o coração de Deus!” Atos 13:22. Assim foi trazido opróbrio à religião, Deus e Sua Palavra foram blasfemados, almas se endureceram na incredulidade, e muitos, sob um manto de piedade, se tornaram audazes no pecado. Mas a história de Davi não fornece defesa ao pecado. Era quando ele andava no conselho de Deus que era chamado homem segundo o coração de Deus. Pecando, isto cessou de ser verdade com relação a ele, até que pelo arrependimento voltasse ao Senhor”. Patriarcas e Profetas, p. 722-723
“Era quando ele (Davi) andava no conselho de Deus que era chamado homem segundo o coração de Deus. Pecando, isto cessou de ser verdade com relação a ele, até que pelo arrependimento voltasse ao Senhor”. Patriarcas e Profetas, p. 723
“A transgressão de Davi foi perdoada porque ele humilhou seu coração perante Deus em arrependimento e contrição de alma e creu que se cumpriria a promessa do perdão de Deus. Confessou seu pecado, arrependeu-se e se reconverteu”. Ellen G. White, Cristo Triunfante – Meditação Matinal 2002, pág. 149
Davi pecando teve que se reconverter, seria diferente com os outros personagens bíblicos?
Detalhe que nosso exemplo tem que ser somente Jesus, porque esses personagens não passaram por um tempo onde Jesus não mais estará atuando como nosso mediador como nós talvez tenhamos que passar.
16 – Amor e a Perfeição
“Entretanto, lembre-se que a perfeição cristã não consiste apenas em entrar em um relacionamento de fé consciente, no qual os atos errados se tornam repulsivos. Mais do que isso, é alcançar a Deus e ao próximo em amor. Perfeição é viver uma vida de amor transbordante que demonstra que o Deus de amor transformou tanto nosso coração quanto nossas ações. Esses últimos dois aspectos de nossa vida nunca devem se separar. George R Knight, Pecado e Salvação, p. 169
George R Knight faz várias afirmações tentando provar que a perfeição mencionada por Cristo está relacionada com o amor e não uma vida sem pecado. Pois então eu pergunto: É possível uma pessoa está com o coração verdadeiramente transbordando de amor a Deus e amando ao próximo como a si mesmo e ao mesmo tempo está vivendo em pecado?
Sendo que a lei se resume no amor, Mateus 22;36-40. Sendo que segundo o apóstolo Paulo o amor é o vínculo da perfeição, Colossenses 3:14. Sendo que Paulo também afirma que o cumprimento da lei é o amor, Romanos 13:8-10.
O próprio George R Knight escreveu: “No âmbito mais básico, podemos resumir a lei em uma palavra: amor”. Pecado e Salvação, p. 64
Na próxima semana publicarei o 4º e último artigo sobre o livro Pecado e Salvação.
Desperta professo povo de Deus!!!
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