4- A Carta a Baker

“Seja cuidadoso, exageradamente cuidadoso, ao tratar da natureza humana de Cristo. Não O apresente diante das pessoas como um homem com propensões para o pecado. Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado como um ser puro, sem pecado nem mancha alguma de pecado sobre ele; era a imagem de Deus. Poderia cair, e caiu deveras ao transgredir. Por causa do pecado, sua posteridade nasceu com propensões inerentes para a desobediência. Mas Jesus Cristo era o Filho unigênito de Deus. Ele tomou sobre Si a natureza humana, e foi tentado em todas as coisas, como a natureza humana é tentada. Ele poderia ter tentado, poderia ter caído, mas nem por um momento sequer houve nEle uma má propensão. Ele foi assaltado com tentações no deserto. Tal como Adão foi assaltado com tentações no Éden”.

“Irmão Baker, evite toda e qualquer questão relacionada com a humanidade de Cristo que possa ser mal-entendida. A verdade fica muito próxima da trilha da presunção. Ao tratar sobre a humanidade de Cristo, é preciso que esteja muito atento a cada afirmação para que suas palavras não sejam entendidas de maneira diferente, e assim perca a percepção clara da Sua humanidade combinada com a divindade, ou que a deixe empalidecer. O Seu nascimento foi um milagre de Deus; pois o anjo disse: “Eis que conceberás e darás a luz um Filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, Lhe dará o trono de Davi, Seu Pai; Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então Maria disse a o anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra; por isso também o ente santo que a de nascer será chamado Filho de Deus”

“Estas palavras não são aplicadas a nenhum ser humano, exceto o Filho de Deus Infinito. Nunca, de maneira alguma, deixe a mais leve impressão sobre as mentes humanas de que havia uma mancha ou inclinação para a corrupção sobre Cristo, ou que, de alguma maneira, Ele cedeu à corrupção. Ele foi tentado em todas as coisas como o homem é tentado, e mesmo assim é chamado o ente santo. Isto é um mistério que foi deixado sem explicação para mortais: Cristo podia ser tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. A encarnação de Cristo sempre foi e sempre será um mistério. O que foi revelado, assim o foi para nós e nossos filhos, mas que todos os seres humanos se acautelem quanto a considerar Cristo totalmente humano, como nós outros, pois isso não pode ser. Não é necessário que saibamos o momento exato que a humanidade uniu-se com a divindade. Devemos manter nossos pés sobre a rocha, Cristo Jesus, o Deus revelado em humanidade”.

“Percebo que há perigo na abordagem a assuntos que tratam da humanidade do Filho de Deus infinito. Ele realmente humilhou-Se ao ver que estava em forma de homem, para que pudesse compreender a força de todas as tentações que assolam o homem”

“O primeiro Adão caiu, o segundo Adão apegou-se a Deus e à sua palavra sob as mais probantes circunstâncias, e a Sua fé na bondade, misericórdia e amor de Seu Pai não vacilou por um instante sequer.

‘Está escrito’ foi a Sua arma de resistência, e é a espada do Espírito que todos os seres humanos devem usar. ‘Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim’- nada a responder, quando em tentação. Nenhuma chance foi dada como resposta às múltiplas tentações por Ele sofridas. Nenhuma vez Cristo pisou no terreno de Satanás, dando-lhe qualquer vantagem. Satanás nada encontrou nEle que encorajasse seus avanços”. Carta 8 1895; Carta a Baker em Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 171- 173.

“Fica logo aparente, tendo em vista os cinco parágrafos críticos sobre a natureza de Cristo, que o pensamento de Baker a esse respeito não era muito equilibrado. Ao que parece, ele estava ensinando que Cristo possuía ‘inclinações para a corrupção’Woodrow W. Whidden, Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 79

E é exatamente esta a questão que Ellen White procura esclarecer nesta carta. O fato de Cristo não ter tido propensão ou inclinação para pecar. Agora será que se pode concluir que pelo fato de Jesus nunca ter tido propensão para pecar, Ele tinha uma natureza diferente do homem comum uma vez que todos têm propensões para pecar? Será também que quando ela diz “se acautelem quanto a considerar Cristo totalmente humano como a nós outros”, ela também está afirmando que Cristo tinha natureza diferente da nossa, natureza de Cristo não igual a nossa?  O que dizer do texto a seguir onde vemos a serva do Senhor afirmar que a natureza de Cristo era perfeitamente idêntica à nossa”?

“Ellen White é as vezes bastante explícita sobre a diferença entre Cristo e as outras pessoas. Em 1890, por exemplo, ela escreveu que Cristo”” não assumira a natureza dos anjos, porém a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, mas sem mácula do pecado. […]”. Ms, 57, 1890; Em Busca de Identidade, p. 124

Ele não apenas foi feito carne, mas foi feito à semelhança da carne pecaminosa”. – Carta 106, 1896; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 173

“Tive a liberdade e poder para apresentar Jesus, que tomou sobre Si as fraquezas e levou a dor e as tristezas da humanidade, vencendo em nosso favor. Ele foi feito à semelhança de Seus irmãos, com as mesmas susceptibilidades físicas e mentais. Assim como nós, em tudo Ele foi tentado, mas sem pecar; e Ele sabe como socorrer aqueles que são tentados. Estais oprimidos e perplexos? Assim esteve Jesus. Sentis a necessidade de encorajamento? Assim sentia Jesus. Da maneira como vos tenta Satanás, assim tentava ele a majestade do céu”. -RH, 10/02/1885; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 152

“Não foi uma pretensa humanidade a que Cristo tomou sobre Si. Ele tomou a natureza humana e viveu a natureza humana. […] Ele estava rodeado de fraquezas. […] Exatamente aquilo que você deve ser, Ele o era em natureza humana. Ele tomou nossas fraquezas. Ele não somente foi feito carne, mas foi feito à semelhança da carne pecaminosa”. Carta 106, 1896; Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 174

“Cristo tomou sobre Si os pecados e as fraquezas da raça humana tais quais existiam quando desceu à Terra para ajudar o homem. Em favor do gênero humano, tendo sobre Si as fraquezas do homem caído, deveria resistir às tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem seria assediado. […] Assumiu a natureza humana, e suportou as fraquezas e degeneração da raça. Aquele que não conheceu pecado tornou-se pecado por nós. Humilhou-se às maiores profundezas da miséria humana, a fim de estar qualificado para alcançar o homem, e levá-lo da degradação na qual o pecado o havia mergulhado”. Review and Herald, 28 de Julho de 1874; Questões Sobre Doutrina p. 462 e 463

“Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável”. O Desejado de Todas as Nações, p.49

“Ele não levou sobre Si sequer a natureza dos anjos, mas a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa própria natureza, com exceção de Ele não ter a mancha do pecado”. T, vol. 5 p. 645; Ellen Whitee a Humanidade de Cristo, p. 53

“Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação. O Desejado de Todas as Nações, p.117

“Cristo, no deserto da tentação, ficou no lugar de Adão para suportar a prova a que ele deixou de resistir. Ali Cristo venceu em lugar do pecador, quatro mil anos depois de Adão volver costas à luz de seu lar. Separada da presença de Deus, a família humana, a cada geração sucessiva, estivera se afastando mais e mais, da pureza, sabedoria e conhecimento originais, que Adão possuía no Éden. Cristo suportou os pecados e fraquezas da raça humana tais como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da raça, tendo sobre Si as fraquezas do homem caído, devia Ele resistir às tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem seria tentado”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 267-268

São textos onde a serva do Senhor de uma forma muito clara afirma que Cristo tomou a natureza caída, enfraquecida, degenerada. Ela ainda ela afirma que Jesus assumiu uma natureza perfeitamente idêntica à própria natureza do ser humano com exceção de não ter a mancha do pecado. É incontestável o fato de a natureza humana de Cristo não ter propensão para o pecado. Mas não configura a partir desse fato concluir que Cristo tinha uma natureza diferente da nossa. Pode-se concluir sim que Cristo é maravilhoso, por ter assumido a natureza caída, enfraquecida e mesmo assim não ter Se corrompido com o pecado.

“Ellen White é as vezes bastante explícita sobre a diferença entre Cristo e as outras pessoas. Em 1890, por exemplo, ela escreveu que Cristo”” não assumira a natureza dos anjos, porém a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, mas sem mácula do pecado. […] Sua natureza finita era pura e imaculada. …Não devemos tornar-nos comuns e terrenos em nossas ideias, e em nossas ideias pervertidas não devemos pensar que a possibilidade de Cristo ceder às tentações de Satanás degradou Sua humanidade e [que] Ele possuía as mesmas propensões pecaminosas e corruptas do ser humano. … Cristo assumiu nossa natureza caída mas não corrompida”. Ms, 57, 1890; Em Busca de Identidade, p. 124

Atente para esta parte da carta “acautelem quanto a considerar Cristo totalmente humano como a nós outros”. Esta parte está em um contexto de não ter propensão para pecar e não de uma natureza diferente. Mas alguns insistem em afirmar que se Cristo não tinha propensão pecar e os homens têm, então Sua natureza é diferente ou especial. Não se sabe plenamente como Cristo conseguiu assumir uma natureza perfeitamente idêntica ao do ser humano e mesmo assim não ter propensão para pecar. A eternidade será o tempo de estudo do plano da redenção e o fato de não haver entendimento “como” Cristo fez. Portanto isso não dá o direito de negar que Ele tenha feito este maravilhoso milagre para salvar a humanidade. A conclusão é que Deus é o Deus do impossível!

Jesus conseguiu mesmo tendo assumido a natureza caída, enfraquecida uma natureza perfeitamente idêntica ao homem e mesmo assim não ter propensão para pecar, não ter Se corrompido de forma alguma. Tudo o que se sabe é que o Senhor é maravilhoso e que o Seu poder é ilimitado. Que o Senhor seja louvado!

Infelizmente alguns, sendo muito inteligentes, se esquecem da importância do exercício da fé em sua experiência religiosa, exaltam de forma demasiada a razão e a lógica humana. Normalmente vemos estudiosos sobre a humanidade de Cristo apresentar o seguinte argumento:

Sem Propensões Para Pecar, Natureza Não Caída?

“Cristo não tinha propensões pecaminosas, toda humanidade caída possui essas propensões pecaminosas, então isso comprova que Cristo não assumiu a nossa natureza caída”. Segundo essas pessoas, o fato de Cristo não ter tido propensões pecaminosas comprova que Cristo assumiu a nossa natureza caída apenas no aspecto físico.  Acredito que essa questão ficará clara no capítulo “Não Precisamos Reter Propensões Pecaminosas”. Mas para as pessoas que acreditam que Cristo assumiu nossa natureza pecaminosa apenas no aspecto físico, apresento um importante questionamento.

PURIFICAÇÃO DE TODO PECADO “Precisamos compreender que pela fé em Cristo é nosso privilégio ser participante da natureza divina e livrar-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Então somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter. Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”. [Citação de Efésios 2:1-6] Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 943; Lição da Escola Sabatina, 2° Trim. 1990, Cristo o Único Caminho p. 50

 “As tendências que foram influenciadas numa direção errada, voltam-se para a direção certa. Disposições e sentimentos errados são desarraigados. Santo temperamento e emoções santificadas são agora o fruto produzido na árvore cristã. Ocorreu uma transformação completa. Esta é a obra que deve ser efetuada”. (Elder E. P. Daniels and the Fresno Church, págs. 8 e 9). MM, E RECEBEREIS PODER 1999, p. 50

“Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem”. SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 943; MM, Cuidado De Deus, p. 366

Vimos que não precisamos reter nossas propensões pecaminosas. Vimos que nossas tendências voltadas para o mal, podem ser corrigidas e então estejam voltadas para o bem. Vimos que nossas tendências hereditárias ou cultivadas para o mal podem ser eliminadas ao nos tornarmos participantes da natureza divina. Imagina que uma pessoa se entregue realmente a Deus, e seja plenamente transformado e purificado pela graça de Deus, a tal ponto que, suas propensões e inclinações antes voltadas para o mal, agora estejam voltadas para o bem. Não mais dominadas pela carne, mas sim pelo Espírito.

“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. Romanos 8:5-6

Então agora pergunto: Eu poderia afirmar que essa pessoa, descendente de Adão, por não ter mais suas inclinações ou propensões voltadas para o pecado, não possui mais a natureza caída? A resposta é: NÃO! Essa pessoa continua possuindo natureza caída e por conta disso continua sendo susceptível ao pecado, continua susceptível a ter novamente suas inclinações sou propensões voltadas para o mal, caso se afaste de Deus.

Transformado: Natureza caída, não mais CORROMPIDO, inclinações ou propensões não mais voltadas para o mal, pelo poder de Deus.

Da mesma forma que não podemos afirmar que esse descendente de Adão por não possuir mais suas propensões voltadas para o mal, não possui mais a natureza caída, não podemos também afirmar que Cristo por não possuir propensões ou inclinações para o pecado não assumiu nossa natureza caída para nos salvar.

Da mesma forma que a pessoa que foi libertada de suas propensões pecaminosas continua sendo susceptível a ter em sua vida novamente todas as propensões voltadas para o mal, Cristo também era SUSCEPTÍVEL, a ter em Sua vida as propensões ou inclinações voltadas para o mal.

“Tive a liberdade e poder para apresentar Jesus, que tomou sobre Si as fraquezas e levou a dor e as tristezas da humanidade, vencendo em nosso favor. Ele foi feito à semelhança de Seus irmãos, com as mesmas susceptibilidades físicas e mentais. Assim como nós, em tudo Ele foi tentado, mas sem pecar; e Ele sabe como socorrer aqueles que são tentados. Estais oprimidos e perplexos? Assim esteve Jesus. Sentis a necessidade de encorajamento? Assim sentia Jesus. Da maneira como vos tenta Satanás, assim tentava ele a majestade do céu”. -RH, 10/02/1885. Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 152

Me lembro de certa vez estar conversando com um pastor adventista e ele me disse o seguinte. “Adão antes do pecado também era susceptível ao pecado, tanto é que ele pecou”.

Então eu pergunto: Adão antes do pecado era tão susceptível ao pecado quanto seus descendentes após o pecado?

Quem era mais susceptível ao pecado, com mais possibilidades de cair em pecado, mais sujeito a cair em pecado? Adão antes do pecado ou seus descendentes após o pecado?

Muito provavelmente alguém vai fazer a seguinte afirmação: “Os descendentes de Adão após o pecado são mais susceptíveis ao pecado por uma questão de circunstâncias, por viverem em um mundo afetado pelo pecado e não no paraíso”.

Para esses eu peço que pensem no seguinte: Pegue um descendente de Adão depois do pecado dos nossos dias e o coloque no paraíso com Adão antes do pecado e veja se ele terá o mesmo nível ou intensidade de SUSCEPTIBILIDADE, SUJEIÇÃO ou POSSIBILIDADE de cair em pecado que Adão antes do pecado possuía!

No capítulo 10 veremos que a humanidade foi a cada geração sendo cada vez mais degradada pelo pecado, se tornando a cada geração mais susceptível, vulnerável ao pecado. Sendo assim temos que aceitar a verdade sobre o fato dos descendentes de Adão serem muito mais susceptíveis ao pecado do que Adão era antes do pecado.

Estando cientes desse fato eu pergunto: Cristo teria tomado “sobre Si as fraquezas”, levado “a dor e as tristezas da humanidade”, e teria possuído as mesmas susceptibilidades físicas e mentais”, se tivesse tomado a natureza de Adão antes do pecado quando veio ao nosso mundo para nos salvar?

No capítulo 20 veremos mais detalhadamente a possibilidade de libertação das nossas propensões, inclinações, tendências para o pecado enquanto estivermos tendo PLENA COMUNHÃO com nosso maravilhoso Deus.

Vejamos mais alguns textos do Espírito de profecia que revelam a natureza humana que Cristo tomou para nos salvar, para terminarmos esse capítulo.

“A grande obra da redenção só poderia ser realizada ao tomar o Redentor o lugar de Adão caído […]” “O Rei da glória propôs humilhar-Se até o nível da humanidade caída”. RH, 24/02/1874, Ellen White e a Humanidade de Cristo, p, 144

“A família humana, a cada geração sucessiva, estivera se afastando mais e mais, da pureza, sabedoria e conhecimentos originais, que Adão possuía no Éden. Cristo suportou os pecados e fraquezas da raça humana tais como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da raça, tendo sobre Si as fraquezas do homem caído, devia Ele resistir às tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem seria tentado”.  Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 144-145

“Em que contraste Se acha o segundo Adão, ao adentrar o sombrio deserto para, sozinho, lutar com Satanás! Desde a queda o gênero humano estivera a decrescer em tamanho e força física, baixando mais e mais na escala do valor moral, até ao período do advento de Cristo à Terra. E para elevar o homem caído, precisava Cristo alcançá-lo onde se achava. Assumiu natureza humana e arcou com as fraquezas e degenerescência da raça. Ele, que não conhecia pecado, tornou-Se pecado por nós. Humilhou-Se até às mais baixas profundezas da miséria humana, a fim de que pudesse estar habilitado a alcançar o homem e tirá-lo da degradação na qual o pecado o lançara” Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 168

“Ele tomara sobre Si mesmo a forma da humanidade com todos seus males peculiares”. ST, 04/01/1877, Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 148

“Satanás mostrou seu conhecimento dos pontos fracos do coração humano, e colocando seu máximo poder para obter vantagem sobre a debilidade da humanidade que Cristo assumira para poder vencer Suas tentações no lugar do homem”. Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 147

A palavra inspirada é muito clara. Triste mesmo é constatar que o fato da grande maioria não aceitar que Cristo veio ao nosso mundo com a nossa natureza porque não querem aceitar que nós podemos viver como Ele viveu.

“Muitos dizem, todavia, que Jesus não era como nós outros, que Ele não esteve no mundo da mesma forma que nós, que Ele era divino e que nós não podemos ser vencedores como Ele foi vencedor. Mas Paulo escreve: ‘Porque, na verdade, Ele não tomou a natureza dos anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Pelo que convinha que Ele em tudo fosse semelhante aos irmãos”. – RH,1°/04/1892; (Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 161)

“Tende em mente que a vitória e a obediência de Cristo são as de um verdadeiro ser humano. Em nossas conclusões, cometemos muitos erros devido a nossas ideias errôneas acerca da natureza humana de nosso Senhor. Quando atribuímos a Sua natureza humana um poder que não é possível que o homem tenha em seus conflitos com Satanás, destruímos a inteireza de Sua humanidade. Ele concede Sua graça e poder imputados a todos os que O aceitam pela fé. A obediência de Cristo a Seu Pai era a mesma obediência que é requerida do homem”. Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 139-140

“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios 4:13

“Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos”. 2 Coríntios 4:10

“E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro”. 1 João 3:3

“Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”. Gálatas 4:19

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