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Tentação é Pecado ? 4

QUANDO TENTAÇÃO NÃO É PECADO

LIÇÃO: Escola Sabatina Carta de Tiago 2014: “Tiago separa claramente a tentação do pecado. O problema não é a tentação, mas como reagimos a ela. Ter uma natureza pecaminosa não é pecado. NO ENTANTO, É PECADO PERMITIR QUE NATUREZA PECAMINOSA CONTROLE NOSSOS PENSAMENTOS E DITE NOSSAS ESCOLHAS. Assim temos as promessas, encontradas na Palavra de Deus, que nos oferecem garantias de vitória, se as reclamarmos para nós mesmos e nos apegarmos elas pela fé”. Lição da Escola Sabatina 4T/2014 Carta de Tiago, Lição Professor, p. 30.

Nesse caso agora nossa lição da Escola Sabatina está nos falando de outro tipo de tentação que é estímulos ou provocações exteriores, provocadas pelo inimigo das almas, tentado despertar em nós algum pensamento ou desejo contrário a vontade de Deus. Tentando encontrar em nós algum defeito de caráter. O problema não é a tentação, mas como reagimos a ela”. É pecado esse tipo de reação: PERMITIR QUE NATUREZA PECAMINOSA CONTROLE NOSSOS PENSAMENTOS E DITE NOSSAS ESCOLHAS”.

Jesus veio ao nosso mundo tomou a nossa natureza e nunca teve um pensamento ou desejo que contrariasse a vontade de Deus provando assim que nossa natureza caída não é desculpa para que continuemos tendo diante de determinadas circunstâncias pensamentos ou desejos pecaminosos.

“Tive a liberdade e poder para apresentar Jesus, que tomou sobre Si as fraquezas e levou a dor e as tristezas da humanidade, vencendo em nosso favor. Ele foi feito à semelhança de Seus irmãos, com as mesmas susceptibilidades físicas e mentais. Assim como nós, em tudo Ele foi tentado, mas sem pecar, e Ele sabe como socorrer aqueles que são tentados”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Cristo […] não transgrediu a lei de Deus em nenhum detalhe. Mais que isso, Ele eliminou qualquer desculpa do homem caído que pudesse alegar alguma razão para não guardar a lei de Deus. Cristo estava cercado das fraquezas da humanidade, era afligido com as mais ferozes tentações, tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, e mesmo assim desenvolveu um caráter reto. Nenhuma mancha de pecado foi encontrada sobre Ele”. -ST, 16/01/1896; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 173.

No Seu íntimo dominava o mais puro amor, livre de toda mancha de egoísmo e pecado. Sua vida era perfeitamente equilibrada. Ele é o único verdadeiro modelo de bondade e perfeição”. Mente, Caráter e Personalidade vol. 1 p 182

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

TEXTOS SOBRE A ABRANGÊNCIA DA LEI DE DEUS

“Diz o salmista: “A lei do Senhor é perfeita.” Quão admirável em sua simplicidade, sua amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente cada preceito, e todavia tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”.

“Se a lei alcançasse apenas a conduta exterior, os homens não seriam culpados em seus maus pensamentos, desejos e desígnios. Mas a lei requer que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e a sensibilidade estejam de acordo com a norma de amor e justiça”. Mensagens Escolhidas, vol. 1 p. 211

“Cristo tomou a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse revelar a homens e mulheres que estes poderiam viver sem pecado, que suas palavras, atos, seu espírito, poderiam ser santificados para Deus. Podemos ser cristãos perfeitos se manifestarmos esse poder em nossa vida. Quando a luz do Céu repousar sobre nós continuamente, representaremos a Cristo”. Olhando Para O Alto p. 297

DEFEITO DE CARÁTER

Bom frisar novamente, manifestação de propensão para pecar é o mesmo que manifestação de defeito de caráter.

O sub título “Caráter purificado” é dado pela lição, então vemos a clara relação nesse texto da lição da Escola Sabatina entre “defeito de caráter” e “propensão pecaminosa”. Vejam “purificados de todo pecado, de todos defeitos de caráter”,Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”.

Caráter purificado. “Precisamos compreender que pele fé em Cristo é nosso privilégio ser participante da natureza divina e livrar-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Então somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter. Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”. Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 943 (Lição da Escola Sabatina 2° Trim. 1990 p. 149)

Infelizmente o que vemos hoje são pessoas tentando dar a Palavra de Deus uma interpretação que leva as pessoas a acreditarem que determinadas manifestações, pensamentos, desejos contrários a vontade de Deus não seja pecado. Essas pessoas estão abaixando a norma da justiça, estão fazendo exatamente aquilo que Deus pediu para não fazermos.

“De todos é requerido perfeição moral. Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas”. Parábolas de Jesus, p.330

Possibilidade de ser Tentado Sem Ter Algo Dentro de si Que Corresponda Aquela Tentação.

Agora tendo o conceito de tentação ampliado é possível levar em consideração a possibilidade de ser tentado, provocado ou instigado para o mal e não responder com nenhum sentimento ou desejo que desagrade a Deus, ou seja, ser “tentado”, “provocado” ou “instigado para o mal” e não ter a manifestação de nenhum desejo, nenhuma propensão, tendência ou inclinação para o mal. Ser tentado pelo inimigo, mas ele não encontrar em nós nenhum defeito de caráter, Satanás não achar nada na pessoa que está sendo tentada que corresponda a tentação. Isso é possível pela graça de Deus. Foi exatamente isso que aconteceu com Jesus como já vimos.

Devemos lembrar-nos dos sinônimos de tentação que são “provocação” e “instigar para o mal”. Então vamos dar um exemplo.

Uma determinada pessoa usada pelo inimigo agride com palavras e chega até mesmo a agredir fisicamente outra pessoa, mas a pessoa agredida tenta se esquivar e reage com paciência, não deseja também agredir com palavras e muito menos fisicamente o seu agressor.

Temos aí um exemplo em que ouve uma tentação ou provocação em que a pessoa tentada ou provocada não teve nenhuma reação voltada para o mal, nenhum sentimento que desagrade a Deus. ESSE TIPO DE TENTAÇÃO NÃO É PECADO. O INDIVÍDUO TENTADO NÃO FOI LEVADO A COMETER PECADO.

“A alma que, mediante o poder divino, resiste à tentação, revela ao mundo e ao universo celeste a eficácia da graça de Cristo”. O maior Discurso de Cristo, p. 117.

“A única salvaguarda contra o mal é a presença de Cristo no coração mediante a fé em Sua justiça. É por causa da existência do egoísmo em nosso coração, que a tentação tem poder sobre nós. Ao contemplarmos, no entanto, o grande amor de Deus, o egoísmo se nos apresenta em seu horrível e repugnante caráter, e nosso desejo é vê-lo expelido da alma. À medida que o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter”. O maior Discurso de Cristo, p. 118

Aqueles que afirmam que para haver tentação tem que existir algum estímulo que corresponda à tentação na pessoa que está sendo tentada devem estar atentos para a seguinte questão. Seria certo afirmar que no exemplo que damos aqui que a pessoa agredida não sofreu nenhum tipo de tentação ou provocação?

Fica então bastante evidente que precisamos saber que também existe sim a possibilidade de que uma pessoa seja tentada sem que nela não seja encontrada nenhuma, absolutamente nenhuma, propensão para pecar. Cristo provou que essa possibilidade é real vivendo sendo tentado em todas as coisas, no entanto nunca tendo propensão ou inclinação para pecar. Não havia nada em Cristo que correspondesse às tentações ou as provocações de Satanás.

“Não devemos tornar-nos comuns e terrenos em nossas ideias, e em nossas ideias pervertidas não devemos pensar que a possibilidade de Cristo ceder às tentações de Satanás degradou Sua humanidade e [que] Ele possuía as mesmas propensões pecaminosas e corruptas do ser humano. … Cristo assumiu nossa natureza caída mas não corrompida”. Ms, 57, 1890; Em Busca de Identidade, p. 124.

“Não havia nEle nenhum pecado através do qual Satanás pudesse triunfar e nem qualquer debilidade ou defeito que ele pudesse usar para sua vantagem”. Review 27 de maio 1884; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 46.

Satanás não encontrou em Jesus nenhuma “debilidade ou defeito”. Infelizmente ele encontra em nós, mas o Senhor deseja nos transformar retirando de nós essas debilidades ou defeitos de caráter. Se aceitarmos essa transformação a vida de Jesus não pecando nem mesmo em pensamento também poderá ser uma realidade para nós.

“‘Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; ‘e ele nada tem em Mim’. João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco”. O Desejado De Todas as Nações p. 129

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova”. O Desejado de Todas as nações,  p. 124

“Jesus mesmo, enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração. Nosso Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um suplicante, um solicitador junto de Seu Pai, para buscar dEle novos suprimentos de força, a fim de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações. Ele é nosso exemplo em todas as coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois “como nós, em tudo foi tentado” (Heb. 4:15); mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal; suportou lutas e agonias de alma num mundo de pecado. Sua humanidade tornou-Lhe a oração uma necessidade, e privilégio”. Caminho a Cristo p. 94

Jesus não veio com uma natureza especial na qual somente Ele conseguiria viver sem as propensões para o pecado. Isso fica evidente pelo fato do Senhor requerer daqueles que  buscam a salvação que, pelo Seu poder busquem uma transformação de vida de tal maneira que eliminadas todas as propensões para o pecado. Assim a vida de cada um será como a que Jesus viveu, livre dos ATOS e IMPULSOS pecaminosos. Detalhe importantíssimo, isso só será possível enquanto a pessoa transformada estiver realmente sob o pleno poder do Senhor Espírito Santo”. Esse é o resultado de ser co-participante da natureza divina. 2 Pedro 1:4

“O tempo é chegado em que toda pessoa deve permanecer de pé ou cair segundo seus próprios méritos. Uns poucos atos religiosos, uns poucos bons impulsos podem ser apresentados à mente como evidências de retidão, mas Deus requer o coração inteiro. Ele não aceitará afeições divididas. Todo o ser deve ser-Lhe entregue ou Ele não receberá a oferta”. Carta 14, 1884. MM Olhando Para o Alto p. 27

“Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em nós o querer e o efetuar, segundo a Sua aprovação. Assim, nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo”. A Ciência Do Bom Viver p. 176

Não precisamos reter uma só propensão pecaminosa”. Isso é simplesmente maravilhoso! Deus seja sempre louvado!As tendências que controlam o coração natural devem ser subjugadas pela graça de Cristo, antes que o homem caído esteja em condições de entrar no Céu, e partilhar da comunhão com os anjos puros e santos”. Atos Dos Apóstolos p. 273

Cristo deu Seu Espírito como poder divino para vencer toda tendência hereditária e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja”. O Desejado De Todas As Nações, p. 642

É bom lembrarmos que “vencer toda tendência” é ter elas eliminadas do caráter, pois ter o caráter de Cristo gravado em nós é pela graça de Deus sermos puros como Ele é puro.

“Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem”. SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 943; Cuidado De Deus, p. 366.

“Os apetites e inclinações naturais anseiam por prazeres terrenos. Mas aqueles que amam a Jesus trarão esses apetites e inclinações em harmonia com a Sua vontade. Decidiram estar do lado do Senhor, e sua vida deve apresentar-se em vívido contraste com a busca de agradar o eu dos mundanos”. MM 1983. Olhando Para o Alto, p. 208

“As inclinações e desejos humanos não santificados devem ser desarraigados da vida como obstáculos ao crescimento cristão”. Carta 13, 1902, Evangelismo p. 347

“Não precisamos reter uma só propensão pecaminosa. […] (Efés. 2:1-6.) […] Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem”. SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 943. Maranata, O Senhor Vem, MM 1977, p. 223.

“Tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, … seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Filip. 4:8.

A artimanha do inimigo!

“Satanás procura levar-nos à tentação, a fim de que o mal que existe em nosso caráter se possa revelar perante os homens e os anjos, de modo que ele nos reivindique como seus”. O Maior Discurso de Cristo, p. 116.

“Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do coração, que não necessite de achar-se a todo instante sob a direção do Espírito de Deus. Não há uma bênção que Deus confira ao homem, nem uma provação que permita recair sobre ele, de que Satanás não possa e não queira prevalecer-se para tentar, perturbar e destruir a alma, se lhe dermos a menor vantagem. Portanto, por maior que seja a luz espiritual de alguém, por mais que goze do favor e bênção de Deus, deve andar sempre humildemente perante o Senhor, rogando pela fé que Deus lhe dirija todo o pensamento e domine todo impulso”. Patriarcas e Profetas, p. 421.

Precisamos ter como objetivo ser transformado de tal forma que Satanás não encontre em nós nenhum mal em nosso caráter. O não aceitar essa questão está resultando no fato da norma da justiça sendo abaixada, é o que veremos a seguir

NORMA DE SANTIDADE SENDO ABAIXADA

As pessoas que defendem que ter manifestação de sentimentos e desejos de fazer algo errado não é pecado, mas sim apenas TENTAÇÃO e esse tipo de tentação não é pecado precisam compreender que essas manifestações de desejos contrários a vontade de Deus na realidade são MANIFESTAÇÕES DE DEFEITO DE CARÁTER E DEFEITO DE CARÁTER É PECADO.

Precisam compreender também pensando assim estão “ABAIXANDO A NORMA DE JUSTIÇA”.

Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos”. Parábolas de Jesus, p. 330

“Deus requer perfeição moral em todos. Os que receberam luz e oportunidades devem, como mordomos de Deus, aspirar à perfeição, e nunca, nunca baixar a norma de justiça a fim de acomodar tendências herdadas e cultivadas para o mal. Cristo tomou sobre Si nossa natureza humana e viveu nossa vida, para mostrar-nos que podemos ser semelhantes a Ele participando da natureza divina. Podemos ser santos, como Cristo foi santo na natureza humana”. MM 1980, Este Dia Com Deus p. 30

Permanecer vivendo tendo, sempre que provocado, tentado, manifestações de propensões, tendências ou inclinações para o mal através do surgimento de desejos de fazer algo contrário à vontade de Deus é permanecer em pecado. A exortação encontrada nessa mensagem para que não seja abaixada a norma da justiça está sendo ignorada por muitos. É exatamente isso que muitos estão fazendo, estão ABAIXANDO A NORMA DA JUSTIÇA afirmando não ser pecado aquilo que claramente o Senhor nos revela ser pecado. Estão assim rejeitando a obra de purificação e libertação do pecado que o Senhor deseja realizar em nós. Desperta professo povo de Deus.

“O Espírito de Deus produz uma nova vida na pessoa, levando os pensamentos e os desejos à obediência da vontade de Cristo”. Mente Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 658.

“É necessária genuína conversão, não só uma vez em anos, mas diariamente. Esta conversão leva o homem a nova relação com Deus. As coisas velhas, suas paixões naturais e as tendências herdadas ou cultivadas para o mal, dissipam-se e ele é renovado e santificado”. MM Nossa Alta vocação 1962 p. 213

RELAÇÃO ENTRE PROPENSÃO, INCLINAÇÃO OU TENDÊNCIA PARA O MAL E DEFEITO DE CARÁTER

Conversando com alguns irmãos percebi uma não aceitação de que possuir propensão, inclinação ou tendência para o mal é o mesmo que possuir defeito de caráter, mas veja nos textos seguintes que esses irmãos estão enganados.

Textos do Espírito de profecia provando existir uma relação entre “propensão, inclinação ou tendência para pecar” e “defeito de caráter”.

Textos provando que purificação do caráter é permitir que a graça de Deus elimine do nosso caráter, toda “propensão, inclinação ou tendência para pecar”.

“Não precisamos reter uma só propensão pecaminosa. […] (Efés. 2:1-6.) […] Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem”. SDA Bible Commentary, vol. 7, p. 943. Maranata, O Senhor Vem, MM 1977, p. 223.

“Ao participarmos da natureza divina, são ELIMINADAS DO CARÁTER as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para bem”. Cuidado De Deus, p. 366.

“O novo nascimento consiste em ter novos motivos, novos gostos, novas tendências. Os que são gerados para uma nova vida, pelo Espírito Santo, tornam-se participantes da natureza divina, e em todos os seus hábitos e práticas evidenciarão sua ligação com Cristo. […]” MM EXALTAI-O 1992, p. 124

Tentação é Pecado? 3

Definição de Tentação

Precisamos analisar melhor nossa definição de “TENTAÇÃO”. Estudar o tema com carinho e oração para que não sejamos enganados pelo inimigo das almas. Como já vimos o tema é bastante controverso e exige que o analisemos com muita atenção e oração pedindo a orientação do nosso Senhor o Espírito Santo.

DEFINIÇÃO DE TENTAÇÃO (Dicionário)

TENTAÇÃO. St Ato ou efeito de TENTAR disposição de ânimo para a prática de coisas sedutoras ou censuráveis; Desejo veemente.

TENTAR v. t. Empregar meios para alcançar (o que deseja ou empreende) diligenciar- se. TRATAR DE CONSEGUIR, INTENTAR PRETENDER, EMPREENDER, sondar, INSTIGAR PARA O MAL, PROVOCAR, causar desejo, procurar obter, , EXPERIMENTAR; procurar, seduzir, instaurar (demanda) p deixar-se seduzir, apetecer muito alguma coisa.

Note que no dicionário tentação não é somente “Desejo veemente”. De fazer algo censurável ou algo errado. Tentação também é Ato ou efeito de TENTAR disposição de ânimo para a prática de coisas sedutoras ou censuráveis  No entanto a maioria só reconhece tentação como sendo “um forte desejo de fazer algo errado”.

Importante saber que nessa segunda definição de tentação o inimigo pode ou não ter sucesso em despertar no indivíduo tentado a “disposição de ânimo para a prática de coisas sedutoras ou censuráveis”

Note que no caso de Jesus o inimigo não conseguiu despertar em Jesus a vontade de praticar coisas sedutoras ou censuráveis. Essa tentação é um estímulo externo que pode ou não causar na pessoa que está sendo tentada a vontade de praticar coisas sedutoras ou censuráveis. Se causa é sinal de que a pessoa que está sendo tentada ainda possui defeitos de caráter se manifestando quando é provocada ou tentada pelo inimigo.

Tentação sinônimo de: provocação, prurido, incitação, desejo, impulso, assalto, sedução, atração

“   A tentação (tentar + ação = tentação) É TENTAR FAZER COM QUE UMA PESSOA PEQUE. Forte desejo humano de fazer algo que não deve, de experimentar algo que vê, etc.

“O substantivo grego para tentação, peirasmós, indica qualquer tipo de provação ou tribulação, incluindo a instigação para o pecado”.

Aqui está mais alguns argumentos para não termos como definição de tentação apenas “desejo veemente”. Tentação também pode ser definido como sendo “qualquer tipo de provação ou tribulação, incluindo a instigação para o pecado”.

Tentação também “É TENTAR FAZER COM QUE UMA PESSOA PEQUE

Podemos deduzir que quando Ellen G. White afirmou que tentação não é pecado ela estava se referindo à tentação como sendo uma tentativa frustrada do inimigo de levar as pessoas a pecarem em pensamento, desejos ou em atos contrários aos princípios divinos. Com certeza ela não tinha a intenção de afirmar que tentação como sendo, por exemplo, um forte desejo de fazer algo errado não seja pecado. Vejam nos textos a seguir palavras importantes,sugestões”, “provocado”, descrevendo a forma como Jesus foi tentado e como Ele reagiu.

“Ao Cristo humilhar-Se e tomar sobre Si a nossa natureza Ele familiarizou-Se com nossas necessidades e suportou as mais fortes tentações que o homem terá que suportar. Ele venceu o inimigo resistindo suas sugestões, para que o homem pudesse aprender a ser vencedor […]”. Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 168

“Firme e determinado era Seu propósito de fazer o que era certo. Embora provocado para o mal, Ele Se recusava a sair, ainda que por um mero instante, da mais estrita verdade e da retidão”. – ST, 30/07/1896, Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 174

Bom destacar que o problema não é como as pessoas definiram tentação. A definição deles como tentação sendo, como exemplo, forte desejo de fazer algo contrário aos princípios divinos, não está errada.

Ter “forte desejo de fazer algo contrário aos princípios divinos” é sim um tipo de tentação também.

O erro consiste em ter é um conhecimento limitado, parcial e incompleto sobre tentação e também em pensar que o tipo de tentação definida por eles não seja pecado.

Precisamos muito, mas muito mesmo entender e aceitar que a tentação manifestada em pensamentos ou desejos contrários à vontade de Deus é simplesmente manifestação de defeito de caráter. Defeito de caráter é pecado. Portanto esse tipo de tentação é pecado sim.

Por tudo que vimos sobre tentação, acredito já poder definir e diferenciar os dois tipos de tentação.

Quando Tentação Não é Pecado

Quando a tentação é apenas um estímulo externo, onde através de algo ou alguém o inimigo tenta despertar algo na pessoa tentada, mas não consegue, então podemos afirmar que esse primeiro tipo de tentação realmente não é pecado.

Quando a tentação não é apenas um estímulo externo, mas sim também, algo na pessoa tentada que corresponda aquele estímulo, sentimentos e pensamentos, então podemos afirmar sim, ser esse tipo de tentação pecado. Note que nesse caso, o inimigo conseguiu achar algo na pessoa tentada que corresponda aquele estímulo, um defeito de caráter, que quando provocado se manifesta através de pensamentos ou desejos. Tentando ser o mais objetivo possível.

Tentação quando é apenas um estímulo externo não é pecado.

Vamos imaginar uma circunstância em que duas pessoas em um mercado com bancas repletas de deliciosas frutas estão famintas e sem condições de comprar alimento. Então o inimigo se manifesta sugerindo que essas pessoas roubem algumas frutas, ele afirma que isso não seria pecado, sendo que eles pegariam pouca coisa que não faria falta ao proprietário e que ele nem mesmo daria falta.

Essa sugestão para roubar e situação em que essas pessoas estão É UMA TENTAÇÃO!

Uma dessas pessoas ao ouvir essa sugestão de roubo, abomina aquela sugestão. É contrária a sua natureza e seus princípios. Essa pessoa pensa em pedir o alimento, trabalhar de alguma forma para conseguir obtê-lo ou até mesmo continuar com fome, mas definitivamente ROUBAR não é uma opção para essa pessoa. Nesse caso essa tentação não levou essa pessoa a pecar.

 Já a outra pessoa sentiu o desejo de roubar, essa pessoa possui um caráter em que a possibilidade de roubar é também uma opção. Nesse caso a tentação encontrou nessa pessoa algo que correspondia aquela tentação. Nesse caso a tentação levou essa pessoa a pecar. O simples desejo de roubar já é pecado, isso é a revelação de um defeito de caráter. Talvez ela não roube por medo ou falta de oportunidade, mas repito, o simples desejo de roubar já é pecado.

Essa pessoa para não continuar em pecado deveria pedir a Deus perdão por estar sentindo o desejo de roubar, pedindo a Deus que aquele tipo de pensamento seja banido de sua vida.

Vimos aí duas pessoas expostas a mesma tentação. Em uma foi despertado o pecado na outra não. Uma guiada e transformada pela graça de Deus a outra ainda não!

Vou pedir que os irmãos imaginem Satanás apresentando a tentação para as pessoas em um prato.

As pessoas ainda não transformadas pela graça de Deus, se sentem atraídas por aquela tentação. É como se elas vissem naquele prato um alimento delicioso.

Já para as pessoas transformadas pela graça de Deus é como se elas vissem naquele prato fezes humanas repugnantes e fétidas. Essa é a obra que Deus deseja realizar na vida dos que serão salvos.

A mesma tentação, reações diferentes, tudo depende de aceitar ou não a graça transformadora e libertadora da graça de Deus!

Quando Tentação é Pecado

Tentação quando provém do nosso interior, se manifestando através de sentimentos e desejos é sim pecado.

    Tentação que procede de Satanás e do mal que existe no coração

“A tentação é um estímulo a pecar, e isto não procede de Deus, mas de Satanás, e do mal que há em nosso próprio coração. “Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.” Tia. 1:13. O Maior Discurso de Cristo, p. 116.

Nesse texto podemos ver claramente os dois tipos de tentação. Tentação que procede de Satanás é o estímulo externo. Essa não é pecado se não encontra no indivíduo tentado nenhuma resposta, pensamento, sentimento ou desejo pecaminoso.

Quando procede do “mal que há em nosso coração”, essa sim é pecado, veja que, é um defeito de caráter que quando provocado reage com pensamentos, desejos e sentimentos pecaminosos.

Duas coisas precisam ser compreendidas e aceitas.

– Quando tentação não é pecado. A possibilidade de ser tentado mesmo sem ter nada no indivíduo tentado que corresponda aquela tentação.

– Quando tentação é pecado. Quando a tentação procede do mal que há em nosso coração”. Defeito de caráter se manifestando através de pensamentos, sentimentos e desejos pecaminosos.

“Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta”.

“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.”

“Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz ao pecado; sendo consumado, gera a morte”. Tiago. 1:13-15

Alguns estudiosos considerando o texto de Tiago 1:14 ensinam que a concupiscência não é pecado, mas sim algo que gera ou concebe o pecado. Esse ensinamento não é correto. Afirmar que a concupiscência ou cobiça não é pecado é estranho porque de uma forma muito clara contradiz o que nos ensina o Senhor no décimo mandamento no qual o Senhor nos ensina de forma muito clara que COBIÇA OU CONCUPISCÊNCIA é pecado sim. Lembrando que a concupiscência ou cobiça é pecado somente quando cobiçamos algo que desagrada a Deus. A Lição da Escola Sabatina CARTA DE TIAGO, de 2014 descreve um comentário interessante:

“Tiago é enfático. Deus não é autor do mal nem é a fonte da tentação. O próprio mal é a fonte da tentação. De acordo com essa passagem, o problema está dentro de nós. Essa é a principal razão pela qual é tão difícil resistir à tentação. Assim, a batalha contra o pecado começa na mente. Por mais que muitos não queiram ouvir isso, a verdade é que escolhemos pecar. Ninguém pode nos forçar (Rm 6:16-18). Desejos pecaminosos, inclinações e tendências captam constantemente a nossa atenção. Usando termos comuns caça e pesca, Tiago 1:14 descreve esses impulsos interiores. Nossos próprios desejos nos atraem e seduzem e quando cedemos a eles, somos finalmente fisgados e presos na armadilha”. Lição da Escola Sabatina 4T/2014, Carta de Tiago, Lição Professor, p. 30

“De acordo com esse texto, o problema está dentro de nós”, “o pecado começa na mente”. Esse tipo de tentação é pecado por se tratar de manifestação de defeito de caráter ainda mantido na vida. São os “IMPULSOS INTERIORES”, citados na nossa lição revelando que ainda temos um caráter defeituoso. Fato importante e que precisamos entender, é que tolerar que continuemos tendo um caráter defeituoso é pecado, Não podemos usar a natureza pecaminosa como desculpa para continuarmos possuindo defeitos de caráter, pois o nosso maravilhoso Deus está disposto a nos conceder plena transformação e purificação do nosso caráter para torná-lo semelhante ao de Cristo, mesmo ainda estando com a natureza pecaminosa isso é possível. Deus é maravilhoso e maravilhosa é a obra que Ele deseja realizar em nós.

“Pelas quais nos têm sido doadas as suas mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participante da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”. 2 Pedro 1:4

Manter, possuir, defeito de caráter é pecado pois a graça de Deus está disponível para corrigir qualquer defeito de caráter.

“Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos”. Parábolas de Jesus, p. 330Agora importantíssimo saber: QUANDO o pecado se manifesta na vida daquele que possui esse defeito de caráter, que é a CONCUPISCÊNCIA OU COBIÇA?

Acredito ser claro e evidente que esse defeito de caráter que Tiago cita como exemplo, se manifesta na nossa mente no momento QUE COBIÇAMOS OU DESEJAMOS ALGO ILÍCITO

           ORIGEM DA PALAVRA CONCUPISCÊNCIA

“Concupiscência é o termo utilizado para designar a cobiça ou apreço por bens materiais, assim como os prazeres sexuais. Etimologicamente, este termo se originou a partir do latim concupiscens, que significa o que tem um forte desejo”, que deriva da palavra concupera, que quer dizer ter forte desejo”.

A pessoa na qual se manifesta a concupiscência, ou seja, se manifesta “um forte desejo” por bens matérias ou prazeres sexuais, revelando que essa pessoa ainda possui defeito de caráter e manter defeito de caráter é pecado.

Manter defeito de caráter é pecado, é estar em pecado.

A seguir, dois textos inspirados por Deus que nos esclarecem sobre a possibilidade de um caráter transformado:

“Então somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter. Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”. Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 943 (Lição da Escola Sabatina, 2T/1990, p. 50)

“Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado”. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 330.

Quando que o defeito de caráter, cobiça, dá origem ao pecado?

Não podemos dar a Tiago uma interpretação ignorando o que o Senhor nos ensinou no evangelho de Mateus e também o que o apóstolo Paulo nos ensinou no livro de Romanos: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela Mateus 5:27-28 Versão João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. Segundo o que nos ensinou Jesus assim que eu desejo ou cobiço uma mulher tendo pensamentos impuros, já em meu coração cometi adultério, ou seja, já pequei. Interessante é que nessa versão o exemplo dado por Jesus nos revela quando a cobiça gera o pecado. Segundo Jesus o pecado surge assim que em nossa mente se manifesta a cobiça com desejos impuros.

Na carta de Paulo aos Romanos, há um texto bastante esclarecedor a esse respeito. Veja que o apóstolo Paulo define pecado como sendo transgressão da lei, e segundo o apóstolo a concupiscência é a manifestação da quebra do mandamento não cobiçarás: “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. Romanos 7:7, Versão João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida.

Diante desses argumentos como afirmar então que o apóstolo Tiago está nos ensinando em Tiago 1:14-15 que concupiscência não é pecado, mas sim algo que gera o pecado? Como harmonizar o pensamento de que a concupiscência não é pecado, mas sim algo que gera ou concebe o pecado com os textos bíblicos que veremos a seguir.

As concupiscências devem ser ELIMINADAS da vida dos salvos em Jesus:

“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens. Ensinando-nos que, RENUNCIANDO a impiedade e ás CONCUPISCÊNCIAS mundanas, vivamos no presente século, sóbria, justa e piamente”. Tito 2:11-14 “Amados, peço-vos, como peregrinos e forasteiros, que vos ABSTENHAIS DAS CONCUPISCÊNCIAS CARNAIS que combatem contra a alma”. 1 Pedro 2:11-14

“MORTIFICAI, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: A fornicação, a impureza, a afeição desordenada, A VIL CONCUPISCÊNCIA e a avareza, que é idolatria”. Colossenses 3:5

“Pelas quais nos tem dado gradíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo” 2 Pedro 1:4

A concupiscência é uma característica dos que ainda estão perdidos:

“Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância”. 1 Pedro 1:14

“Não na PAIXÃO DA CONCUPISCÊNCIA, como os gentios, que não conhecem a Deus”.

1Tessalonicenses 4:5

Definição de concupiscência – algo que procede do mundo não do Pai:

“Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”. 1 João 2:16

“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, em laço e em muitas CONCUPISCÊNCIAS LOUCAS E NOCIVAS, que submergem os homens na perdição e ruina”. 1 Timóteo 6:9

Cristo liberta

Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências”.  Romanos 13:14

Duas opções, Deus ou o pecado:

“Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” 2 Pedro 4:2

“Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne”. Ezequiel 36:26

“A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito”. Rom 8:4-5

“Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. Gal. 2:20

Até o presente momento, estamos falando de um tipo de tentação que é pecado por simplesmente serem tentações que revelam que ainda possuirmos um caráter defeituoso. Curioso é que na mesma lição da escola sabatina nos foi mostrado quando tentação não é pecado.

LIÇÃO: Escola Sabatina Carta de Tiago 2014: “Tiago separa claramente a tentação do pecado. O problema não é a tentação, mas como reagimos a ela. Ter uma natureza pecaminosa não é pecado. NO ENTANTO, É PECADO PERMITIR QUE NATUREZA PECAMINOSA CONTROLE NOSSOS PENSAMENTOS E DITE NOSSAS ESCOLHAS. Assim temos as promessas, encontradas na Palavra de Deus, que nos oferecem garantias de vitória, se as reclamarmos para nós mesmos e nos apegarmos elas pela fé”. Lição da Escola Sabatina 4T/2014 Carta de Tiago, Lição Professor, p. 30.

Tentação é Pecado? 2

Importante destacar que estudamos como Jesus foi tentado porque como vimos no início desse estudo Jesus é a referência para compreendermos o tema tentação. Como veremos a seguir a compreensão de como Jesus foi tentado e venceu nos leva a compreensão de como podemos ser tentados e vencer. Veremos que uma compreensão equivocada sobre  como Jesus foi tentado nos levará também a não ter uma clara  compreensão do tema tentação em nossas vidas.

Lógica Humana e a Negação de Uma Verdade

Vejam no próximo texto pessoas tentando usar a lógica humana para comentar e chegar a conclusões sobre a tentação de Jesus. De certa forma, negar que Ele possa ter sido tentado em todas as coisas.

Texto do livro ELLEN WHITE E A HUMANIDADE DE CRISTO, escrito por Woodrow W. Whidden, publicado pela CPB, Casa Publicadora Brasileira

“Os argumentos dos que alegam que Cristo tinha que ser exatamente igual aos seres humanos pecaminosos para que pudesse identificar-Se com eles caem por terra face á um implacável fato da história humana; todos pecamos, mas Cristo nunca pecou, Pense nisso por um momento. [….] Uma experiência prévia com o pecado sempre fortaleça o poder da tentação. O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado será mais forte para quem já praticou aquele pecado do que para quem nunca se deixou levar por ele. Será que isso incapacita Cristo a nos socorrer, ou identificar-Se conosco em nossas tentações. Com rigor, Eric Webster expõe a lógica implacável da situação: “Aqui mesmo, existe um imenso vazio entre Cristo e o pecador. Na melhor das hipóteses, Cristo pode enfrentar a tentação em sua fase inicial, mas não pode ser rebaixado ao nível do alcoólatra que enfrenta a tentação só para deixar-se levar pela bebida pela milésima vez […] Cristo nunca conheceu a força do pecado habitual, não podendo ir ao encontro do homem naquele nível (419). Qualquer tentativa de arrastá-Lo até o nível sucumbe na “base” de nossa história universal de “pecado habitual” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 98.

“[…] Cristo nunca conheceu a força do pecado habitual, não podendo ir ao encontro do homem naquele nível […]”

Nesse texto fica evidente a negação do fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas. Aqui o autor afirma que Cristo não conhece a força das tentações do pecador habitual. O que ele usa para chegar a essa conclusão? Aqui está a resposta:Com rigor, Eric Webster expõe a lógica implacável da situação”.

Esse tipo de afirmação contradiz a afirmação da serva do Senhor que afirma que a escada vista por Jacó representava Cristo e que essa escada vai da mais baixa degradação da Terra e da humanidade até os mais altos Céus”. E também a afirmação de que Jesus desceuaté o nível das debilitadas faculdades do homem”.

Essas afirmações vemos nos textos a seguir!

“Cristo era a escada vista por Jacó. Cristo é o elo que une a Terra ao Céu e conecta o homem finito com o Deus infinito. Esta escada vai da mais baixa degradação da Terra e da humanidade até os mais altos Céus. […] [Cristo] veio ao mundo para que pudesse entender todas as necessidades da humanidade caída”. – ST, 29/07/1889; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 157.

“Aquele que era um com o Pai desceu do glorioso trono no céu, … e cobriu Sua divindade com humanidade, descendo, assim, até o nível das debilitadas faculdades do homem […] A maior dádiva que o céu poderia derramar foi dada em resgate pela humanidade caída”. -RH, 11/12/1888; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p.156

Antes de continuarmos é importante esclarecer algo para as pessoas que tentam usar a “lógica” para tentar falar sobre como Jesus foi tentado. Jesus foi tentado em todas as coisas, agora, como isso aconteceu é um milagre que não foi revelado aos mortais, então não devemos usar a lógica e nem estabelecer condições, como veremos que alguns fazem, para entendermos como Jesus foi tentado em todas as coisas.

“Ele foi tentado em todas as coisas como o homem é tentado, e mesmo assim é chamado o ente santo. Isto é um mistério que foi deixado sem explicação para mortais: Cristo podia ser tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. Carta 8, 1895 (Enviada a W. L. H. Baker) Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 172.

“É um inexplicável mistério a mortais que Cristo pudesse ser tentado em todos os pontos, como nós o somos, e todavia ser sem pecado [….] Ele humilhou-Se a Si mesmo quando esteve em forma humana, para que pudesse compreender a força de todas as tentações com as quais o homem é assediado”. (Ellen G. White carta 8 de 1895) Tocado por Nossos Sentimentos p. 158

Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos proteja das ciladas preparadas pelo nosso inimigo para nos prender em mentiras que certamente levará muitos a perdição eterna. Saber o que Cristo fez POR nós é importantíssimo porque somente assim entenderemos realmente o que Ele deseja fazer EM nós.

Conceito de Tentação Nesse Texto

“[…] Uma experiência prévia com o pecado sempre fortalece o poder da tentação. O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado será mais forte para quem já praticou aquele pecado do que para quem nunca se deixou levar por ele. […]” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 98

Outro detalhe importante a ser destacado nesse texto é o fato podermos perceber como o seu autor define ou descreve tentação. “[…] Uma experiência prévia com o pecado sempre fortalece o poder da tentação. O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado será mais forte […]”

“Tentação” = O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado […]”

Essa é mais uma prova de que infelizmente a maioria tem um conceito limitado do que realmente seja tentação.

Estabelecer Condições Para Entender Como Jesus Foi Tentado

Estabelecer Condições Para Entender Como Cristo Foi Tentado em Todas as Coisas, muitos estabelecem condições para acreditarem que Cristo possa realmente ter sido tentado em todas as coisas como eles. Para essas pessoas Cristo tem que ter tido os mesmos desejos, propensões e inclinações que nós temos para então ter sido tentado em todas as coisas como nós.

A seguir veremos textos onde se estabelece condições para aceitar que Cristo tenha realmente sido tentado em todas as coisas.

“Jesus tomou nossas tendências herdadas para o pecado, mas não nossas tendências cultivadas para o pecado. Ele escolheu não pecar e não Se corromper” Herbert E. Douglass, Opportunity of the Century, p. 33

“Lembre-se de que A.T. Jones havia dito Jesus possuía as mesmas paixões que temos que temos’. Todavia Jones explicou que Ele nunca Se rendeu a elas”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 113

“Alguns acham que Jesus foi tentado apenas externamente. Se houvesse sido assim, Ele não teria sido verdadeiramente tentado como nós o somos, nem teria conhecido ‘o poder de nossas tentações’, e a ‘ força da paixão humana’, aos quais os homens estão sujeitos”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 56

“Ele veio para salvar pecadores, portanto, precisava assumir a carne de pecadores […] Ele tinha todas as fraquezas da carne que nós temos. A carne que Ele Se revestiu possuía todos os desejos que nossa própria carne tem”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 112

“Nossas objeções com relação àqueles que declaram que Cristo não possuía tendências para pecar e que Ele herdou apenas ‘simples fraquezas’, aplicam-se também a Webster. De fato, essas declarações não são bíblicas nem estão em harmonia com os ensinos de Ellen White”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 214

“Consequentemente é considerada semelhante à de todos os seres humanos. Não uma carne corrompida, mas uma carne que, de acordo com a lei da hereditariedade, porta consigo inerentes tendências para pecar, tendências às quais Jesus nunca sucumbiu”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 262

“Jesus não veio à Terra como fez o primeiro Adão, que deixou as mãos do Criador sem nenhuma inclinação para pecar”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 126

“Obviamente, declarou Jones: ‘Ele não poderia ser tentado em todos os pontos como eu sou, se em todos os pontos não fosse como eu sou [….] Cristo estava em Seu lugar, e Ele possuía a natureza de toda raça humana. Nele se encontrava toda a fraqueza de humanidade, de forma que cada homem sobre a Terra que pode ser tentado, encontra em Jesus Cristo poder contra tentação. Para cada alma há em Jesus vitória contra todas as tentações e socorro contra seu poder. Essa é a verdade’”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 78

“A carne de que Ele Se revestiu possuía todos os desejos que nossa própria carne tem” […] […] A carne sem quaisquer desejos pelo mal não está sujeita à tentação. Mas Cristo foi tentado como nós o somos, de forma que Ele devia ter a mesma espécie de carne que possuímos”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 112

“Alguém que nunca lutou com paixões não pode ter nenhuma compreensão de seu poder, nem jamais experimentou o gozo de vencê-las”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 162

“Ele não foi apenas tentado, mas Suas tentações eram tão fortes que Ele sofreu quando era tentado. Heb2:18. Embora Jesus tivesse em Sua carne todos os desejos que habitavam na carne de Seus antepassados, todavia Ele nunca, nem mesmo por uma só vez, cedeu ao pecado”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 123

“Se Cristo estava isento das paixões da humanidade, Ele era diferente dos outros homens, nenhum dos quais tivera essa condição. Tal ensino é trágico e completamente oposto ao que os adventistas do sétimo dia têm ensinado e crido”. M. L. Andreassen, Livro, Tocado por Nossos Sentimentos, p. 161

“[…] De mais a mais, ‘a carne de Jesus Cristo era nossa carne, e nela havia tudo o que há em nossa carne – todas as tendências ao pecado que há em nossa carne estavam em Sua carne, atraindo-O para que cedesse ao pecado’. Do mesmo modo, Jesus portou em Sua própria carne nossas paixões por hereditariedade, potencialmente, mas não em atos”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 82

“Ele enfrentou todas as tentações que você e eu enfrentamos, pela fé na vontade e Palavra de Deus. Não houve uma tendência na carne humana que não houvesse nEle. Ele as venceu a todas”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 118

“Além do mais, o fato de Cristo ter tomado sobre Si a carne, não de um ser sem pecado, mas de um pecador, isto é, a carne à qual Ele assumiu tem todas as fraquezas e tendências pecaminosas às quais a decaída natureza humana está sujeita, é mostrado pela firmação que Ele ‘semente de Davi segundo a carne’. Davi tinha todas as paixões da natureza humana. Ele disse de si mesmo: ‘Eis que eu nasci em iniquidade, e em iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe’. (Sal. 51:5)”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 65

Já me deparei com pessoas que negam que Cristo tenha sido tentado em todas as coisas com os seguintes argumentos: Cristo nunca foi velho, não foi mulher. Como então Ele poderia conhecer as tentações dos velhos e das mulheres?

Essas pessoas precisam saber o que iremos revelar a seguir sobre o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado antes de ficarem contradizendo a clara afirmação encontrada na palavra do Senhor de que Cristo foi tentado em todas as coisas.

Mistério Não Revelado

Algo muito importante que precisa ser destacado novamente é saber sobre como Jesus foi tentado, Jesus tentado em todas as coisas, “ […] e todavia ser sem pecado […]” É UM MISTÉRIO NÃO REVELADO

“Ele foi tentado em todas as coisas como o homem é tentado, e mesmo assim é chamado o ente santo. Isto é um mistério que foi deixado sem explicação para mortais: Cristo podia ser tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. Carta 8, 1895 (Enviada a W. L. H. Baker) Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 172.

“É um inexplicável mistério a mortais que Cristo pudesse ser tentado em todos os pontos, como nós o somos, e todavia ser sem pecado [….] Ele humilhou-Se a Si mesmo quando esteve em forma humana, para que pudesse compreender a força de todas as tentações com as quais o homem é assediado”. (Ellen G. White carta 8 de 1895) Tocado por Nossos Sentimentos p. 158

Normalmente não uso citações que não seja da CPB. Casa Publicadora Brasileira. Nesse caso usei por ser esse livro, “Tocado por Nossos Sentimentos” um livro muito estimado por pessoas, que como vimos, estabelecem condições para que Jesus possa ter sido realmente tentado em todas as coisas.

Vejam essa citação: “O argumento básico da nova Cristologia é bem conhecido: Jesus ‘assumiu a natureza humana de Adão sem pecado’, isto é, a natureza de Adão antes da queda. Na verdade, ‘nEle não havia pecado, quer herdado quer cultivado, como é natural em todos os descendentes de Adão”. Do mesmo modo, se Cristo foi tentado em todos os pontos como nós’, isso nunca ocorreu como proveniente de Seu íntimo, uma vez que Ele não herdou de Adão nenhuma de nossas propensões para o mal”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 263

 Nesse texto do livro Tocado por Nossos Sentimentos é claro o fato de achar necessário que Cristo tivesse as mesmas propensões para o mal que nós temos para que Sua tentações fossem “proveniente de Seu íntimo”. Ou seja, Cristo teria que ter as propensões para o mal que nós temos para que também pudesse ser tentado como nós somos. Insistência em estabelecer condições para entender como Cristo foi tentado em todas as coisas!

Se o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado é um mistério que foi deixado sem explicação para mortais devemos parar de tentar compreender plenamente aquilo que não nos foi revelado e entender e aceitar o que foi revelado. Revelado, primeiro, Cristo tentado em todas as coisas e, no entanto, nunca pecou, nunca teve ao ser tentado, um “PENSAMENTO OU SENTIMENTO” voltado para o mal!

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação.” Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Precisa ser explicado como Ele pôde ser tentado em todas as coisas como nós, em carne semelhante à carne pecaminosa, sem cometer pecado”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 251

É evidente que está sendo ignorado a existência desse mistério. “Precisa ser explicado”. Como explicar o que não foi revelado?

Como conciliar esses textos que afirmam que em Jesus havia todas asfraquezas e tendências pecaminosas”, “todas as tendências ao pecado que há em nossa carne estavam em Sua carne, atraindo-O para que cedesse ao pecado’. Com os textos que já vimos e que devemos ver novamente a seguir?

“Nem sequer em pensamento Cristo sucumbiria ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto onde fincar o pé; algum desejo pecaminoso acariciado pelo qual suas tentações postulam seu poder. Mas Cristo declarou de Si mesmo: ‘Aí vem o príncipe deste mundo; e ele nada tem em mim’”. –RH, 08/11/1887 (cf. QOD, p. 655). Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 154 – 155

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova”. O Desejado De Todas As Nações, P. 124

“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação”. O Grande Conflito, p. 623.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“’Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; “ele nada tem em Mim.” João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco”. O Desejado de Todas as Nações, p. 123

Próxima semana teremos a continuação desse tema. Que o Senhor nos ajude!

TENTAÇÃO É PECADO?

Publicarei um artigo por semana sobre o tema TENTAÇÃO. Que o Senhor nos ajude!

Tenho percebido a existência de uma grande confusão mesmo entre o professo povo de Deus sobre o tema, tentação. Como definir tentação? Afinal qualquer tipo de tentação não é pecado? Existe algum tipo de tentação que seja pecado? Essas perguntas precisam ser respondidas com segurança e convicção para que tenhamos uma ideia exata da norma que o Senhor tem para aqueles que serão salvos, por Sua graça. Percebo que muitos têm uma norma inferior daquela que o Senhor tem para os que serão salvos. Podemos dizer que uma causa dessa norma inferior está sendo aceita, seja a falta de conhecimento sobre o tema, tentação. Também foi possível comprovar conversando com algumas pessoas a falta de entendimento e também a não aceitação, da relação existente entre inclinação, tendência ou propensão para o mal, com defeito de caráter. O conhecimento e aceitação da verdade sobre essas questões são importantíssimas para nossa salvação. Nosso inimigo é o responsável por essa falta de conhecimento, pela não aceitação da verdadeira norma que o Senhor deseja que seja alcançada pelo Seu poder, pelos que serão salvos. É meu objetivo nesse estudo tentar desfazer e eliminar as mentiras que o inimigo conseguiu colocar na mente de muitos do nosso povo. Que o nosso Deus o Espírito Santo nos ilumine nos dando entendimento e aceitação da maravilhosa obra de libertação plena do pecado que Ele deseja realizar em nós, antes que seja tarde demais.

Ao começar esse estudo fiz para algumas pessoas as seguintes perguntas:

Tentação é pecado?

Qual é sua definição de tentação?

A maioria dos que perguntei respondeu a primeira pergunta afirmando que tentação não é pecado. Essas pessoas usaram como argumento para justificar sua opinião o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter tido nenhum pecado. Em Hebreus 4:15 temos a confirmação de que Jesus realmente foi tentado em todas as coisas e não pecou.

“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. Hebreus 4:15

Realmente ao constatarmos que Jesus foi tentado em todas as coisas e não ter pecado algum, implica na necessidade de termos que aceitar no mínimo que existe realmente algum tipo de tentação que não é pecado.

“A tentação não é pecado. Jesus era santo e puro; contudo foi tentado em todas as coisas como nós, mas com uma força e veemência que não há de ser por nenhum de nós experimentada”. T5 425.4 Ellen G. White.

Alguns irmãos que responderam afirmando que tentação não é pecado, não definiram tentação como a maioria, mas sim como sendo um estímulo externo, “sugestões tentadoras as quais exerce certa pressão sobre o indivíduo tentado” ou “uma tentativa de desviar da estrita obediência da lei”. Acredito que esse tipo de tentação realmente NÃO É PECADO. Ou melhor, não desperta ou provoca no indivíduo tentado O PECADO. Não faz com que o tentado PEQUE. Entenderemos melhor essa questão na sequência desse estudo.

Como a Maioria Definiu Tentação

Usar o argumento o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado não é o problema, vimos que Ellen White também usou esse argumento para justificar sua afirmação de que tentação não é pecado. Considero como sendo bastante problemático é o fato de pessoas usarem esse argumento para afirmar que a definição de tentação que eles têm em mente não é pecado! Vejamos então como a maioria definiu tentação.

Problema mesmo nessa questão é como a maioria definiu “tentação”. A maioria definiu tentação como sendo um “forte desejo de fazer algo errado ou censurável”, “desejo para algo não recomendável”, “desejo para o mal”, “maus desejos”, “impulso para a prática de tudo aquilo não é lícito aos olhos de Deus”, “desejo de praticar algo que não nos convém” “desejo de fazer algo que não agrada a Deus”. Importante e intrigante saber que as pessoas que deram essas definições de tentação também afirmaram que tentação não é pecado fundamentando sua opinião citando o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado! Precisamos responder. Será mesmo que esse tipo de tentação definida pela maioria não é pecado?

Afirmar que esses tipos de tentações não é pecado tendo como fundamento para essa afirmação o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado é pensar que “em todas as coisas” em Hebreus 4:15 está incluído aqueles tipos de reações que a maioria definiu como tentação, tendo se manifestado na vida de Jesus. Isso nos leva para uma aberração teológica.

É como se para essas pessoas Jesus tivesse tido todas aquelas reações, mas não tendo sido essas reações considerado pecado na vida dEle. Então se essas tentações não foram consideradas pecados na vida Cristo, conclui-se então, que elas não são também pecado em nossas vidas.

Parece ser essa a lógica do pensamento dessas pessoas. Acredito que essas pessoas não estão cientes das complicações que surgem como consequência dessa forma de pensar. Na sequência desse estudo iremos analisar algumas dessas complicações.

Vamos agora nos concentrar em algumas perguntas importantíssimas. Essas perguntas precisam ser respondidas com muita clareza. Saber como definir o pecado e quando ele se manifesta é fundamental para aqueles que almejam a salvação. Sigamos então em nosso estudo com muita atenção e oração. Que o Senhor Espírito Santo nos ilumine e nos livre das mentiras do inimigo das almas.

Perguntas Para Nossa Reflexão

Será que quando Ellen White afirma que tentação não é pecado ela está se referindo também ao tipo de tentação definida pela maioria? “desejo para o mal”, “maus desejos” etc

É possível confirmar pela Bíblia e Espírito de profecia que o tipo de tentação definido pela maioria não é pecado?

Será que o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas é um argumento que pode ser usado para afirmar que esse tipo de tentação não é pecado?

Fica agora outra pergunta que precisa ser respondida com ainda mais atenção.

O fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas significa que Ele teve todos os desejos e sentimentos pervertidos que nós temos?

A resposta é um expressivo NÃO para as quatro perguntas!

Alguns detalhes importantes devem ser observados na sequência desse estudo antes de começar nossa argumentação sobre o porquê de a resposta ser NÃO para as quatro perguntas.

Detalhe Importante

Usar como argumento para afirmar que tentação não é pecado, o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado não é uma coisa que acontece somente entre os leigos adventistas.

Entre as pessoas entrevistadas por mim um é pastor adventista. Ele não definiu tentação, mas respondeu à pergunta se tentação é pecado da seguinte forma.

“Tentação não é pecado. Se não Cristo…”

Infelizmente esse pastor apesar dos muitos anos que tem no ministério, não respondeu à segunda pergunta e também não completou a primeira com duas palavras que acredito eu, ele tinha em mente para completar sua resposta. Essas palavras são: “teria pecado”. Não posso afirmar o porquê de esse pastor ter agido assim, se foi covardia, insegurança, enfim não sei mesmo. Fato é que tenho constatado a triste realidade que, pastores adventistas têm respondido com silêncio, pelo menos comigo, quando são confrontados com questões importantes a respeito da nossa fé.

Agora vejam comentários sobre tentação feitos por um renomado teólogo adventista George R. Knight em um de seus livros, Pecado e Salvação.

“Antes de encerrar esta discussão sobre a definição de pecado como estado de rebelião, como relacionamento quebrado e como uma série de atos, precisamos examinar brevemente outros aspectos do pecado. Primeiramente, tentação não é pecado. Jesus foi tentado, mas não pecou. Nem eu peco quando sou tentado. O pecado ocorre quando reconheço que uma coisa é tentação, mas mesmo assim decido agir em conformidade com ela e, para todos os efeitos, é como se eu estivesse dizendo para Deus ‘cair fora’”. George R. Knight Pecado e Salvação p. 46

“A tentação pode se tornar pecado no momento em que tomo consciência da tentação. Nesse ponto posso escolher entre duas coisas. Posso rejeitar a tentação pelo poder de Deus ou posso me concentrar na tentação e alimentá-la um pouco. Em outras palavras, posso pedir a Deus que entre em minha vida e me ajude a vencer; ou pedir que Ele se ‘distancie’ por um tempo para que eu possa apreciar sem constrangimentos minha luxúria secreta”. George R. Knight Pecado e Salvação p. 168

No primeiro texto retirado desse livro o autor, George R. Knight defende que tentação não é pecado e como a maioria usa como argumento para comprovar que tentação não é pecado o fato de Jesus ter sido tentado em tudo e não ter pecado. Estranho é que no primeiro texto George R. Knight afirma que o pecado ocorre quando reconheço que uma coisa é tentação, mas mesmo assim decido agir em conformidade com ela”. É muito claro nesse texto que o autor afirma que o pecado acontece quando acontece uma ação em conformidade com a tentação.

Já no segundo texto George R. Knight afirma que o pecado acontece quando alimento a tentação, “posso me concentrar na tentação e alimentá-la um pouco”, em outras palavras quando acaricio a tentação.

Isso fica mais claro quando ele explica novamente quando o pecado ocorre: “pedir que Ele se ‘distancie’ por um tempo para que eu possa apreciar sem constrangimentos minha luxúria secreta”.

Pecado agora ocorre quando ele pede que Deus se distancie para que ele possa apreciar sem constrangimentos sua luxúria secreta”.

Confuso não? Percebe-se que existe confusão e de certa forma uma indefinição sobre quando tentação se torna pecado até mesmo quando um renomado teólogo trata desse assunto. Não poderíamos esperar coisa diferente por parte dos leigos da nossa igreja. Evidente na mensagem transmitida por esse teólogo é: Tentação não é pecado, pelo menos o seu início, ou seja, no momento em que ela surge.

Também usar para justificar sua afirmação de que tentação não é pecado o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado.

Gostaria de ter oportunidade de perguntar a esse teólogo como ele define tentação. Acredito não ser difícil concluir que ele também define tentação como a maioria, por exemplo, “desejos de fazer alguma coisa contrária a vontade de Deus”, pois isso está implícito em sua mensagem sobre tentação. Vejam no trecho a seguir do livro Pecado e Salvação como o autor George R. Knight define, tentação: “[…] pedir que Ele se ‘distancie’ por um tempo para que eu possa apreciar sem constrangimentos minha luxúria secreta”. George R. Knight Pecado e Salvação p. 168

Acredito não ser difícil concluir que a mencionadaluxúria secreta,” seja algum tipo de tentação, seja algum tipo de desejo de fazer algo errado ou censurável. Essa luxúria secreta” acredito eu pode ser substituída por qualquer definição de tentação que foi dada pelos membros de nossa igreja. Um “forte desejo de fazer algo errado ou censurável”, “desejo para algo não recomendável”, “desejo para o mal”, “maus desejos” etc.

MAIS UM COMENTÁRIO SOBRE TENTAÇÃO

Lembre-se que George R. Knight afirmou na página 46 do livro Pecado e Salvação que tentação não é pecado. Frisando que nessa página George R Knight não tinha ainda diferenciado TENTAÇÃO de tentação. Eles simplesmente afirma que tentação não é pecado!

Embora essas tentações sejam tentações, elas não são a TENTAÇÃO propriamente dita. TENTAÇÃO é a sedução para colocar o eu no centro da própria vida, descer da cruz e desistir de viver a vida crucificada. Da TENTAÇÃO é que fluem as tentações”. George R. Knight Pecado e Salvação p.212

Concordo com ele nessa forma de definir tentação, mas aqui nesse ponto ele deveria afirmar que a “TENTAÇÃO” ou as “tentações” é sim pecado. Afinal acredito não ser difícil aceitar que colocar o “eu no centro da própria vidae o que surge como consequência dessa decisão seja pecado. Afirmar que esse tipo de tentação é pecado estaria de acordo com o que ele escreveu na página 40 definindo pecado.

Pecado é o amor direcionado para a coisa errada. É amar mais a criatura do que o Criador. Não faz diferença alguma se essa criatura é algo externo ou a própria pessoa”. George Knight, Pecado e Salvação p. 40

Infelizmente ele não afirma na página 212 que o tipo de tentação ali definida seja pecado, se fizesse aumentaria ainda mais a confusão encontrada no que ele escreveu sobre tentação. Porque, em uma parte do livro ele estaria afirmando que tentação não é pecado,  já em outra parte estaria afirmando que tentação é sim pecado. Na página 46 ele afirma que tentação não é pecado, na página 40 ele afirma que pecado é “é o amor direcionado para a coisa errada. É amar mais a criatura do que o Criador”. Como então deixar de afirmar que TENTAÇÃO, “a sedução para colocar o eu no centro da própria vida”, não é pecado?

Afinal “colocar o eu no centro da própria vida” não é “amor direcionado para a coisa errada? Amar mais a criatura do que o Criador?” Amar mais o “eu” do que a Cristo? Nesse caso AMAR MAIS O EU DO QUE O CRIADOR, não é amor direcionado para    a  coisa errada?

Fica claro que não devemos confiar cegamente em nossos teólogos sobre essa questão. Na verdade, não confiar cegamente, nem nessa nem outras questões também! Pelo menos, não em todos os teólogos. Os comentários de George R. Knight sobre tentação e suas contradições no livro Pecado e Salvação revela o quanto esse tema é controverso, e o quanto ele precisa ser estudado com muita oração e atenção.

Voltemos Para Definição de Tentação da Maioria

Foi impressionante constatar como a maioria respondeu que tentação não é pecado, por terem citado o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado para justificar o porquê de sua opinião e depois terem dado como definição de tentação “desejo para o mal”, “maus desejos” etc

Confesso que fiquei bastante incomodado ao constatar que essas pessoas, membros líderes na igreja, pessoas a muitos anos na igreja com boa formação não tido a menor preocupação ao afirmar que a definição que deram para tentação não é pecado e também por parecer que essas pessoas desconhecem o fato de que em Jesus jamais ter surgido esses tipos de pensamentos ou desejos quando submetido às tentações. Sendo assim, o fato de “Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado”, não pode ser usado como argumento para afirmar que o tipo de tentação definida pela maioria não seja pecado.  É exatamente isso que comprovaremos com a apresentação dos textos a seguir.

Como Jesus Reagiu Diante das Tentações

Note que nos os textos seguintes do Espírito de profecia que Satanás nunca despertou em Jesus um sentimento ou desejo de fazer algo contrário a vontade de Deus.

“Vem o príncipe do mundo”, disse Jesus; “e ele nada tem em Mim.” João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. NEM POR UM PENSAMENTO CEDIA À TENTAÇÃO. O mesmo se pode dar conosco. O Desejado de Todas as Nações, p. 123.

“Nem sequer em pensamento Cristo sucumbiria ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto onde fincar o pé; algum desejo pecaminoso acariciado pelo qual suas tentações postulam seu poder. Mas Cristo declarou de Si mesmo: ‘Aí vem o príncipe deste mundo; e ele nada tem em mim’”. –RH, 08/11/1887 (cf. QOD, p. 655). Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 154 – 155

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova”. O Desejado De Todas As Nações, P. 124

“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação”. O Grande Conflito, p. 623.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“’Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; “ele nada tem em Mim.” João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco”. O Desejado de Todas as Nações, p. 123

Veremos nesse estudo que quando Ellen White diz que tentação não é pecado ela não está incluindo nessa afirmação o tipo de tentação definida pela maioria.

É muito claro que Ellen White não está afirmando que aquilo que a maioria definiu como sendo tentação, não é pecado. Ela não afirmaria que esse tipo de tentação não é pecado tendo consciência da abrangência da lei de Deus. Sabendo que a lei de Deustoma conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”. Ela também não usaria o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas para afirmar que o tipo de tentação definida pela maioria não é pecado, sendo que ela mesma inspirada pelo Senhor Espírito Santo afirmou que Jesus nunca respondeu à tentação com um pensamento ou sentimento contrário a vontade de Deus.

Então aquele que parece ser o raciocínio de muitos, Jesus teve, não foi considerado pecado nEle então não é pecado em nós também, por tudo que já vimos, esse tipo  de raciocínio certamente não seria usado pela serva do Senhor!

Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Diz o salmista: “A lei do Senhor é perfeita.” Quão admirável em sua simplicidade, sua amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente cada preceito, e todavia, tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”. Mensagens Escolhidas, vol. 1 p. 217

“A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade.Mensagens Escolhidas, vol. 1 p. 217

Vemos também que não é possível provar pela Bíblia e Espírito de profecia que o tipo de tentação definida pela maioria não é pecado

Após termos vistos esses textos do Espírito de profecia sobre como Jesus reagiu diante das tentações, temos respostas para terceira e quarta pergunta. O fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas não pode ser usado como argumento para afirmar que o tipo de tentação definida pela maioria não seja pecado, porquê Jesus nunca teve um pensamento ou um desejo de fazer o mal quando submetido as tentações do inimigo. Então quando a serva do Senhor e a Bíblia afirma que Jesus foi tentado em todas as coisas não significa que Jesus teve os mesmos desejos e sentimentos corrompidos que nós temos. Volto a frisar, não podemos usar o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas para afirmar que nossos desejos e sentimentos contrários à vontade de Deus, que chamamos de tentação, não seja pecado

Como querer provar pela Bíblia que o tipo de tentação definida pela maioria não é pecado tendo em mente o que nos ensinou Jesus no sermão da montanha?

“Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”. Mateus 5:22

“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”. Mateus 5:27,28

TENTAÇÃO: Estímulo externo mais algo no interior da pessoa tentada que corresponda aquele estímulo.

Já vi pessoas defenderem o seguinte pensamento: Para que haja tentação é necessário o estímulo externo provocado por algo ou alguém e também algo dentro da pessoa que está sendo tentada ou provocada algo que responda aquele estímulo ou provocação na forma de sentimentos e desejos de fazer algo errado ou censurável. Até mesmo em uma de nossas lições da Escola Sabatina encontramos algo parecido com essa forma de pensar sobre tentação.

“Três orações. Quando somos tentados a e ceder a nossa natureza humana decaída, devemos fazer imediatamente três orações: 1) Senhor, sou fraco e indefeso; gosto desta transgressão. (Você não seria tentado se não gostasse dela). 2) Mas, Senhor, isto está errado. Por favor dá-me a vitória. 3) Obrigado, Senhor, creio que Ti me concedeste a vitória”. Lição da Escola Sabatina, 3º Tri. 1992. 1 Pedro, p. 78.

Afirmar que, para que uma pessoa seja tentada é necessário além de um estímulo externo, seja preciso também algo no interior do indivíduo tentado que corresponda aquela tentação. No caso da lição da Escola Sabatina, a pessoa tentada tem que gostar da tentação, porque caso não goste você não seria tentado. As pessoas que defendem esse tipo de pensamento devem estar atentas para o seguinte: Pensando dessa forma, vendo os textos sobre como Jesus reagiu diante das tentações essas pessoas precisam saber que, pensando assim, vão então chegar à seguinte conclusão: JESUS NÃO FOI TENTADO EM TODAS AS COISAS como nós somos! Jesus não sentia nenhuma atração ou gosto pelas tentações apresentadas a Ele por Satanás. Vejam esse importante texto do Espírito de profecia sobre como Jesus reagia diante das tentações de Satanás:

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova”. O Desejado De Todas As Nações, P. 124

Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: “Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.” João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem”. O Grande Conflito, p. 623.

“’Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; “ele nada tem em Mim.” João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco”. O Desejado de Todas as Nações, p. 123

Vejam que essa forma de pensar, de que é necessário ter algo na pessoa que está sendo tentada que corresponda a tentação, ou que tem que gostar da tentação para que seja realmente tentada, vai levar as pessoas a uma conclusão que contradiz a afirmação bíblica de que Jesus FOI TENTADO EM TODAS AS COISAS. Pois como vimos não havia NADA em Jesus “que correspondesse aos sofismas de Satanás”. Portanto essas pessoas devem reavaliar seus conceitos sobre tentação, pois fica claro e evidente que essa forma de pensar NÃO É CORRETA! Essa forma de pensar as leva a uma mentira.

Essas pessoas precisam reconhecer que existe sim a possibilidade de que um indivíduo possa ser tentado sem que haja nele nenhum estímulo interior que corresponda àquela tentação. Pois foi o que aconteceu com Jesus!

Como vimos à vida de Cristo é uma prova que existe essa possibilidade.

O Que Nos Ensinou Jesus

Devemos novamente lembrar o que nos ensinou Jesus no sermão da montanha: Mateus 5:23 “Aquele que se irar contra seu irmão […] estará sujeito a julgamento”.

Mateus 5:28 “Aquele que olhar para uma mulher com intenções impura, no coração já adulterou com ela”.

Jesus não poderia nos ensinar isso se Ele mesmo tivesse pensamentos e desejos impuros. Importante destacar aqui que Jesus não mencionou a duração do desejo impuro ou da ira. Se o desejo ou a ira durou apenas alguns segundos, se foi acariciado ou não.

Ele simplesmente declara que ao surgir tal sentimento aconteceu o pecado.

Certa vez uma pessoa que exerce liderança em um movimento entre os Adventistas aqui no Brasil me fez a seguinte declaração: “Pelos antepassados de Jesus podemos dizer que Jesus passou a vida inteira lutando contra desejos sexuais”. Chamo isso de aberração teológica! Como já vimos Jesus nunca respondeu a tentação com um PENSAMENTO ou SENTIMENTO”.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

Abrangência da Lei de Deus

Se todos que professam o cristianismo tivessem consciência da abrangência da lei de Deus com certeza não teríamos pessoas afirmando que tentação como sendo, “maus desejos”, “desejos de praticar algo que não nos convém”, “fortes desejos de fazer algo errado”, “desejos de fazer algo que não agrada a Deus”, não é pecado. Vejamos novamente textos onde a serva do Senhor revela a abrangência da lei de Deus.

“Diz o salmista: “A lei do Senhor é perfeita.” Quão admirável em sua simplicidade, sua amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente cada preceito, e todavia, tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“A lei de Deus, conforme apresentada nas Escrituras, é ampla em seus requisitos. Atingi os pensamentos e sentimentos. […] Se a lei se estendesse apenas a conduta exterior, os homens não seriam culpados de seus pensamentos, desejos e desígnios errados. […] Mas a lei exige que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e sentimentos estejam de acordo com o padrão de amor e retidão”. Mind Character and Personality, vol. 2, p. 564; Mente, Caráter e Personalidade; p. 564

Cristo mostra serem os mandamentos excessivamente amplos, abrangendo mesmo os pensamentos, intentos e propósitos do coração”. Lar Adventista p. 336

“A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“As negras paixões que permanecem ocultas à vista dos homens, a inveja, o ódio, o sensualismo, a ambição, as maquinações perversas nos profundos recessos do coração ainda não executadas por falta de oportunidade – tudo isso a lei de Deus condena”. Atos dos Apóstolos, p. 424

Depois de vermos novamente a abrangência da lei de deus, vejam o comentário a seguir sobre tentação.

Paixão pode geralmente ser equiparada à tentação, e tal não é pecado. Um pensamento impuro pode ocorrer espontaneamente mesmo numa ocasião sagrada, mas ele não polui; não é pecado a menos que seja tolerado e nutrido. Um desejo profano pode repentinamente lampejar na mente sob instigação de Satanás, mas ele não é pecado se não for acariciado”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 163

Deus conhece todos os pensamentos dos homens

“O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são vaidade”. Salmos 94:11 “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”. Isaías 55:7

Continuaremos publicando alguns artigos sobre o Tema TENTAÇÃO. Que o Senhor nos ajude e nos livre dos enganos do pai da mentira!!!!

Qual o Resultado da Descrença Adventista?

Existe uma coisa que é terminantemente proibido de ser mencionado no meio adventista, não ouse falar em uma igreja adventista, “é possível viver sem pecar! Isso é muito estranho, por que não interessa a forma como você diga, se explica que isso só é possível pela graça de Deus, se explica que a pessoa que chega a essa condição, não tem consciência disso, por ser somente Deus capaz de julgar se uma pessoa alcançou essa condição ou não.

Então, mesmo que você tente falar da melhor maneira possível, a rejeição por parte da maioria dos adventistas será manifestada.

Mas fato lamentável é que essa rejeição tem o apoio dos pastores adventistas. Fui visitado pelo distrital da AMS, Pr. Rogério Sathier, esse pastor deixou claro que acredita que vamos continuar pecando até o momento que Jesus voltar. Deixou claro que acredita que somente após a volta de Jesus poderemos viver sem pecar, antes disso para ele e os demais pastores adventistas, não existe essa possibilidade antes da volta de Jesus. Se você é adventista sabe que o que estou afirmando nesse artigo é verdade. Como é a maioria que rejeita, muito provavelmente você seja um dos adventistas descrentes na possibilidade e necessidade de plena libertação do pecado antes do fechamento da porta da graça.

Preciso deixar claro que quando falo de libertação do pecado, não é estar livre da possibilidade de pecar, algo parecido com carne santa ou glorificação antes da volta de Jesus.

O que acredito é simplesmente que uma pessoa enquanto estiver realmente vivendo em comunhão verdadeira com Cristo estará vivendo obedecendo, plenamente a Deus.

Meu propósito nesse artigo é alertar sobre as consequências dessa rejeição. Os pastores adventistas devem saber que alimentando essa rejeição eles estão simplesmente contribuindo para que nossa igreja não receba a chuva serôdia, contribuindo para que os membros e eles mesmos não sejam selados para a salvação, saibam que eles também estão contribuindo para que nossa igreja não receba o batismo do Espírito Santo.

Como sabemos ser a intenção de Satanás impedir que esses eventos aconteçam, os pastores adventistas precisam saber que estão dando uma grande ajuda para que Satanás consiga impedir esses eventos que Deus deseja para os que serão salvos!

Os textos a seguir revelam o que a descrença dos adventistas está impedindo.

Condições Para Receber a Chuva Serôdia

 “Não precisamos nos preocupar com a chuva serôdia. Tudo quanto temos que fazer é manter o vaso limpo e com o lado certo para cima e estar preparados para receber a chuva celestial, orando continuamente […]. Eventos Finais, p. 194).

“Quando os obreiros tiverem a presença permanente de Cristo em sua alma, quando estiver morto todo o egoísmo, quando não houver nenhuma rivalidade, nenhuma contenda pela supremacia, quando existir unidade, quando eles se santificarem, de maneira que o amor de uns pelos outros seja visto e sentido, então os chuveiros da graça do Espírito Santo hão de vir tão seguramente sobre eles como é certo que a promessa de Deus não faltará nem um jota ou um til. Mas quando a obra de outros é diminuída para que os obreiros mostrem a própria superioridade, eles demonstram que sua obra não apresenta a assinatura que devia. Deus não os pode abençoar”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 175. (Eventos Finais, p. 190)

“Vi que ninguém poderia participar do ‘refrigério’ a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto, estar-nos aproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha do dia do Senhor”. Primeiros Escritos, p. 71. (Eventos Finais, p. 191).

“Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste”. Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 69. (Eventos Finais, p. 192).

“A chuva serôdia virá, e a bênção de Deus encherá toda alma que estiver purificada de toda contaminação. É nossa obra hoje entregar nossa alma a Cristo, para estarmos preparados para o tempo de refrigério pela presença do Senhor – preparados para o batismo do Espírito Santo”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 191. (Eventos Finais, p. 193)

Condições Para o Batismo do Espírito Santo

“Deve o coração ser esvaziado de toda a mancha, purificado para habitação do Espírito. Foi pela confissão e pelo abandono do pecado, por meio de fervorosa oração e da entrega pessoal a Deus, que os discípulos se prepararam para o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste”. Testemunhos Para Ministros, p. 507

Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de Deus”. Serviço Cristão, p. 253. (Eventos Finais, p. 193).

“Hoje deveis ter purificado o vosso vaso, a fim de estar pronto para o orvalho celeste, pronto para os chuveiros da chuva serôdia; pois a chuva serôdia há de vir, e a bênção de Deus encherá toda alma que estiver purificada de toda contaminação. É nossa obra hoje submeter nossa alma a Cristo, para que sejamos preparados para o tempo do refrigério pela presença do Senhor – aptos para o batismo do Espírito Santo”. Evangelismo, p. 702

Condições Para Receber o Selo de Deus

“O selo do Deus vivo só será colocado nos que se assemelham a Cristo no caráter”. Eventos Finais, p. 221

“Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus”. Primeiros Escritos, p. 71. (Eventos Finais, p. 221).

“O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus candidatos para o Céu”. Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 71. (Eventos Finais, p. 221).

“Com todas as faculdades que nos foram dadas por Deus, estamos procurando alcançar a medida da estatura de homens e mulheres em Cristo? Estamos buscando Sua plenitude, chegando cada vez mais alto, procurando atingir a perfeição de Seu caráter? Quando os servos de Deus chegarem a esse ponto, eles serão selados em suas frontes. O anjo relator declarará: “Feito está!” Eles estarão completos nAquele a quem pertencem pela criação e pela redenção. Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 427. (Eventos Finais, p. 222).

 Nem todos que professam guardar o sábado serão selados.

O texto a seguir deve ser lido com muita atenção pelos adventistas que rejeitam a necessidade e possibilidade de serem COMPLETAMENTE libertados do pecado antes do fechamento da porta da graça.

Precisam saber que não basta guardar o sábado para receberem o selo de Deus. Vejam e comprovem essa importante verdade!

“Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes”. MM 1977, Maranata, o Senhor Vem, p. 238.

Vinda de Jesus sendo retardada

“Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus lhes abria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes para receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. […] Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. […]” (Eventos Finais, p. 38-39)

“Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderna na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos”. Evangelismo, p. 695 e 696. (Eventos Finais, p. 39)

“Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória”. O Desejado de Todas as Nações, p. 634. (Eventos Finais, p. 39)

Satanás tem se empenhado em manter o professo povo de Deus despreparado, para o selamento, para receber o batismo do Espírito Santo e a chuva serôdia e com tudo isso Satanás está conseguindo também, com nossa ajuda, retardar a volta de Jesus. Assustador, volto a frisar, é constatar que ele tem, para isso, recebido ajuda da grande maioria dos pastores adventistas, em sua obra de manter a descrença, por parte da grande maioria dos adventistas, na possibilidade e necessidade da plena libertação do pecado antes do fechamento da porta da graça.

Bom sempre destacar que, plena libertação do pecado é estar completamente purificado pelo poder de Deus. Não é livre da possibilidade de pecar.

“Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja. … Toda tentação, toda influência contrária seja ela franca ou oculta, será resistida com êxito, ‘não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos’. Zac. 4:6. Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 124. (Eventos Finais, p. 192-193).

“Satanás está agora usando cada artifício neste tempo de selamento a fim de desviar a mente do povo de Deus da verdade presente e levá-los a vacilar”. Primeiros Escritos, p. 43. (Eventos Finais, p. 222).

“Satanás está sempre pronto a encher a mente com teorias e cálculos que desviam homens da verdade presente, e inabilitam-nos para dar a mensagem do terceiro anjo ao mundo”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 186.

“Há certamente grande necessidade de uma mudança na ordem atual de conhecimento; pois a santidade da verdade presente não é estimada como devia ser; mas a mudança de que necessitamos é uma transformação do coração, e só pode ser obtida buscando individualmente a Deus em procura de Sua bênção, pleiteando com Ele por Seu poder, orando fervorosamente para que Sua graça venha sobre nós, e para que nosso caráter seja transformado. Esta é a mudança de que hoje necessitamos, e pela realização dessa experiência cumpre-nos exercer perseverante energia e manifestar sincera diligência. Devemos perguntar com genuína sinceridade: ‘Que farei para me salvar?’ Devemos saber exatamente que passos estamos dando em direção ao Céu”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 187-188.

Desperta professo povo de Deus!!!

 Norma Elevada

Infelizmente hoje presenciamos na grande maioria dos adventistas uma triste descrença no poder de Deus para nos purificar. Não aceitam a norma elevada estabelecida por Deus para os que serão salvos. Rebaixaram a norma estabelecida por Deus e estão ensinando salvação NO pecado. Sim porque existe duas opções, salvação DO pecado e salvação NO pecado. Eu não consigo ver uma terceira opção.

Se não acreditam na possibilidade e necessidade de plena salvação do pecado antes do fechamento da porta da graça, então lhes resta a outra opção, ensinar salvação NO pecado.

Vejam a seguir alguns textos bíblicos e do Espírito de profecia que revelam com clareza a verdadeira norma estabelecida por Deus, que deve ser alcançada pelos que serão salvos, mediante Seu poder.

Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou”. 1 João 2:6

“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios 4:13

“Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos”. 2 Coríntios 4:10

“E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro”. 1 João 3:3

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também Eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”. Apocalipse 3:21

“Porque para isto mesmo vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo para que vocês sigam os seus passos.”. 1 Pedro 2:21.

“Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este mesmo pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as “concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus”. 1 Pedro 4:1,2

“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios 4:13

“Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. Tiago 1:4

“Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”. Ezequiel 36:27

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória”. Judas 24

“Cristo nos apresenta a mais alta perfeição de caráter cristão que devemos ter em mira através da existência. […] Quanto a essa perfeição, Paulo escreve: “Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. […] Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus […]” Filip. 3:12-15. Como podemos nós alcançar a perfeição especificada por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo – nosso Grande Mestre? Podemos nós satisfazer-Lhe as reivindicações, e atingir tão elevada norma? Podemos, sim, do contrário Cristo não nos haveria ordenado assim fazer. Ele é nossa justiça. Em Sua humanidade, foi adiante de nós, e operou por nós a perfeição de caráter. Devemos ter nEle a fé que opera por amor e purifica o coração. A perfeição de caráter baseia-se no que Cristo é para nós. Se confiamos continuamente nos méritos de nosso Salvador, e andamos em Seus passos, seremos semelhantes a Ele, puros e incontaminados, Nosso Salvador não requer impossibilidades de pessoa alguma. Ele não espera de Seus discípulos coisa alguma para cuja realização não esteja disposto a conceder-lhes graça e força. Não os chamaria a ser perfeitos, caso não dispusesse de toda perfeição e graça para conceder àqueles a quem conferisse tão alto e santo privilégio. Garantiu-nos que está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que O pedem, do que os pais a darem boas dádivas a seus filhos. Nossa obra é esforçar-nos para atingir, em nossa esfera, a perfeição que Cristo atingiu em todos os aspectos do caráter. Ele é nosso exemplo. Devemos esforçar-nos para honrar a Deus no caráter. Faltando dia a dia tanto no que respeita às exigências do Senhor, estamos pondo em perigo a nossa salvação. Necessitamos compreender e apreciar o privilégio que Cristo nos concedeu, e mostrar determinação de alcançar a mais elevada norma. Importa sermos de todo dependentes do poder que Ele nos prometeu”. Manuscrito 148, 1902. MM 1965, Para Conhcê-Lo, p. 130

“[…] O Seu propósito é que o homem seja correto e digno diante dEle, e assim o Seu plano não será frustrado. Ele enviou o Seu Filho a este mundo a fim de pagar a penalidade do pecado, e mostrar ao homem como viver uma vida sem pecado”. Signs of the Times, 30 de março de 1904; Cuidado De Deus, MM 1995, p. 320

“Cristo tomou a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse revelar a homens e mulheres que estes poderiam viver sem pecado, que suas palavras, atos, seu espírito, poderiam ser santificados para Deus. Podemos ser cristãos perfeitos se manifestarmos esse poder em nossa vida. Quando a luz do Céu repousar sobre nós continuamente, representaremos a Cristo. Foi a justiça revelada em Sua vida que O distinguiu do mundo e despertou seu ódio. […] As palavras de Cristo são ditas para Seu povo em todas as épocas – para nós sobre quem o fim dos séculos é chegado. Manuscrito 97, 1909”. Olhando Para o Alto, 1983, p. 297

Todo aquele que pela fé obedece aos mandamentos de Deus, alcançará a condição de impecabilidade em que Adão viveu antes de sua transgressão”. ST 23 de julho de 1902

“Todo aquele que, pela fé, obedece aos mandamentos, alcançará o estado de inocência no qual Adão viveu antes de sua transgressão”. Signs of the Times, 23 de julho de 1902. MM 1968, Nos Lugares Celestiais, p. 146

 O Salvador é novamente ferido e exposto à vergonha quando Seu povo não presta atenção à Sua palavra. Ele veio a este mundo e viveu uma vida sem pecado, para que em Seu poder Seu povo também pudesse viver uma vida sem pecado. Ele os deseja, praticando os princípios da verdade, para mostrar ao mundo que a graça de Deus tem poder para santificar o coração”. RH 1 de abril de 1902

“O Pai e o Filho decidiram em consulta que Cristo devia vir a este mundo na forma de um bebê, e viver a vida que os seres humanos têm de viver, da infância à idade adulta, suportando as mesmas provações que eles, e ao mesmo tempo vivendo uma vida sem pecado, para que os homens pudessem ver nEle um exemplo do que poderiam tornar-se, e para que Ele pudesse saber por experiência própria como ajudá-los em suas lutas contra o pecado”. MM 1986, Refletindo a Cristo, p.8

“Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida a divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter”. O Desejado de Todas as Nações, p. 123

“O Salvador é outra vez ferido e submetido a ignomínia pública quando Seu povo não leva em consideração a Sua palavra. Ele veio a este mundo e viveu uma vida sem pecado para que, pelo Seu poder, o Seu povo pudesse também viver uma vida de impecabilidade”. RH, 01/04/1902, Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 124

A vida que Cristo viveu neste mundo podem também viver os homens e mulheres, por meio do Seu poder e sob Suas instruções. Em seu conflito com Satanás podem eles receber todo auxílio que Cristo tinha. Poderão ser mais do que vencedores por Aquele que os amou e por eles Se entregou”. Testemunhos Seletos vol. 3, p. 291

“O grande Mestre veio ao nosso mundo não somente para fazer expiação pelo pecado, mas também para ser um mestre tanto por preceito como pelo exemplo. Veio mostrar ao homem como guardar a lei na humanidade, de nodo que ele não tivesse nenhuma desculpa para seguir seu próprio critério imperfeito. Vemos a obediência de Cristo. Sua vida era sem pecado. A obediência durante toda a Sua vida é uma censura à humanidade desobediente. A obediência de Cristo não deve ser posta de lado como se fosse completamente diferente da obediência que Ele requer de nós individualmente. Cristo nos mostrou que é possível para toda a humanidade obedecer às leis de Deus”. Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 135 e 136.

“O que Deus pediu de Adão antes de sua queda foi obediência perfeita a Sua lei. Deus requer agora o que exigiu de Adão – perfeita obediência, justiça completa, sem falha aos Seus olhos. Deus nos ajude a dar-Lhe tudo quanto Sua lei requer. Não o podemos fazer sem aquela fé que introduz a justiça de Cristo na vida diária”. Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 381

“É pela vivência da verdade na vida humana que as almas são alcançadas. Como o Filho de Deus, em Sua forma humana, foi perfeito em Sua vida, assim Ele também Ele requer que Seus seguidores sejam perfeitos em suas vidas”. Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 167-168

“Deus requer perfeição moral em todos. Os que receberam luz e oportunidades devem, como mordomos de Deus, aspirar à perfeição, e nunca, nunca baixar a norma de justiça a fim de acomodar tendências herdadas e cultivadas para o mal. Cristo tomou sobre Si nossa natureza humana e viveu nossa vida, para mostrar-nos que podemos ser semelhantes a Ele participando da natureza divina. Podemos ser santos, como Cristo foi santo na natureza humana”. MM 1980, ESTE DIA COM DEUS, p. 30

“Há esperança para cada um de nós, mas de uma só maneira – apegando-nos a Cristo e empregando toda energia para obter a perfeição de Seu caráter. Essa religião piegas que faz pouco do pecado, e só realça o amor de Deus pelo pecador, encoraja os pecadores a crer que Deus os salvará enquanto continuarem no pecado, sabendo que é pecado. É isso que estão fazendo muitos que professam crer na verdade presente”, MM 2002, Cristo Triunfante, p. 80.

“Há muitos que julgam ser impossível escapar do poder do pecado, mas a promessa é que podemos ser cheios da plenitude de Deus. Nós ambicionamos muito pouco. O alvo é muito mais elevado”. Review and Herald, 12 de julho de 1892. (Cristo Nossa Justiça, p. 109)

Desperta professo povo de Deus!!!