Tentação é Pecado? 6

COMO INTERPRETAR ESSE TEXTO?

“Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado, e a alma é contaminada sua integridade comprometida. “Então quando a concupiscência concebe, ela produz o pecado; e o pecado, quando ele é consumado, produz a morte”. Tiago 1:15. Se não quisermos cometer pecado, devemos muito evitar seu princípio. Cada emoção e desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência. Cada pensamento pecaminoso tem de ser instantaneamente repelido. Para seus quartos, seguidores de Cristo. Orem em fé e com todo o coração. Satanás está vigilante, para enlaçar seus pés. Você deve ter ajuda de cima se vocês querem escapar de seus dispositivos”. Testimonies, vol. 5, p. 177

“Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado, e a alma é contaminada sua integridade comprometida”. Será que a partir desse texto eu posso deduzir pensamento ou desejo impuro não acalentado não é pecado? Pois é exatamente isso que MUITOS estão fazendo tendo como argumento esse texto.

Se fosse somente esse texto que a serva do Senhor teria escrito talvez, mas não foi. A seguir veremos cinco motivos que nos mostram que não podemos aceitar a tese de que somente os pensamentos impuros tolerados ou acariciados, seja pecado. Entendo também que esse texto se refere a uma etapa da santificação, onde as pessoas que estão sendo santificadas, ainda precisam repelir pensamentos impuros, por que eles ainda aparecem, mas por tudo que já vimos e veremos, essa não deve ser nossa meta final de santificação. Nosso único Modelo a ser seguido não nos deixou um exemplo onde o máximo possível seja viver repelindo pensamentos impuros.

“[…] o Redentor do mundo, o único modelo que os homens podem com segurança imitar, caso queiram vencer como Ele venceu”. MM  1956, Nos Lugares Celestiais, p. 141

“Não temos seis modelos a seguir, nem cinco; temos um único, e este é Cristo Jesus”. Testimonies, vol. 9, p. 181.

Primeiro: Abrangência da lei de Deus e lembrar que ela abrange também “pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”. Note que nesse texto não menciona se foi acariciado ou não!

“Diz o salmista: “A lei do Senhor é perfeita.” Quão admirável em sua simplicidade, sua amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente cada preceito, e todavia tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração, não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217mas

“Quão cuidadoso deve ser o esposo e pai a fim de manter sua lealdade a seu voto matrimonial! Quão prudente deve ser, se não quiser pôr o pensamento em jovens e mesmo em mulheres casadas, o que não está em harmonia com a alta e santa norma — os mandamentos de Deus! Cristo mostra serem os mandamentos excessivamente amplos, abrangendo mesmo os pensamentos, intentos e propósitos do coração”. Lar Adventista p. 336

Segundo: Devemos lembrar o que no ensinou Jesus no sermão da montanha: Mateus 5:23 “Aquele que se irar contra seu irmão […] estará sujeito a julgamento.

Mateus 5:28 “Aquele que olhar para uma mulher com intenções impura, no coração já adulterou com ela”.

Note que Jesus também não menciona se a “ira” ou o “olhar para uma mulher com intenções impuras” foi acariciado ou não.

“No Sermão da Montanha Cristo apresentou ante Seus discípulos os vastos princípios da lei de Deus. Ensinou aos ouvintes que a lei é transgredida pelos pensamentos antes de ser o mau desejo posto em prática. Estamos na obrigação de controlar nossos pensamentos e levá- los em sujeição à lei de Deus. As nobres faculdades da mente foram-nos dadas pelo Senhor a fim de que as possamos empregar na contemplação de coisas celestes. Deus fez abundante provisão para que a alma possa fazer contínuo progresso na vida divina. Por toda parte colocou Ele instrumentos para nos ajudarem no desenvolvimento quanto ao conhecimento e a virtude”.

— The Review and Herald, 12 de Junho de 1888. Ellen G. White

Terceiro: Devo lembrar que o meu exemplo de vida é Jesus e é revelado que Ele nunca respondeu a tentação com um simples “PENSAMENTO  ou SENTIMENTO”. Note que aqui também não é mencionado se o pensamento ou sentimento foi acariciado ou não. Será que podemos afirmar que Jesus teve “PENSAMENTOS E DESEJOS” impuros, mas que não foram acariciados?

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Cristo não só morreu como nosso sacrifício, mas viveu como nosso exemplo. Em Sua natureza humana, Ele Se apresenta completo, perfeito, imaculado. Ser um cristão é ser como Cristo. Todo o nosso ser, nossa alma, o corpo, o espírito, devem ser purificados, enobrecidos, santificados, até que reflitamos a Sua imagem e imitemos o Seu exemplo”. RH, 28/01/1882; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 150

QUARTO: Acredito não ser prudente acreditar que ter pensamentos ou desejos impuros não é pecado desde que não sejam acariciados diante das exortações de Deus para pensarmos apenas no que é, verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama.

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Filipenses 4:8

“Precisamos de uma constante intuição do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da influência daninha dos pensamentos maus”. MM Nos Lugares Celestiais 1968 p. 164

O texto do Espírito de profecia adverte da, “influência daninha dos pensamentos maus”. Note que também nesse texto não é mencionado se o pensamento é acariciado ou não.

QUINTO Deve ser analisado, se essa forma de pensar me prepara e contribui para o preparo de outros para subsistir no tempo de angústia, uma vez é revelado que para subsistir naquele tempo devemos ter alcançado a norma de santidade de Jesus que não pecava nem sequer por um pensamento. Note que aqui também não é mencionado se está se referindo a pensamentos acariciados ou não.

Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: “Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.” João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia”. O Grande Conflito, p. 623.

“Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros”. Atos dos Apóstolos, p. 518.

“Santificação é um estado de santidade, por fora e por dentro, sendo santo e sem reservas do Senhor, não na forma, mas na verdade. Toda impureza de pensamento, toda paixão luxuriosa separa a alma de Deus; pois Cristo nunca pode colocar Seu manto de justiça sobre um pecador, para ocultar sua deformidade”. OHC 214 (Nossa Alta Vocação MM 1962 p. 212)

Comentário de um irmão.

A seguir temos mais um excelente comentário de um querido irmão sobre o texto que estamos analisando.

“[…] Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado, e a alma é contaminada sua integridade comprometida. […] T5 177.1 Ellen White

Muitos lendo este texto têm entendido e ensinado que a frase: “Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado” está dizendo que não é pecado ter pensamento e desejos pecaminosos brotando em nossa mente desde que estes não sejam tolerados e acalentados. Porém ao analisar profundamente o texto notaremos que a frase: “Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado” implica muito mais que está interpretação superficial. O que Ellen White queria dizer de fato com essa frase é que tolerar que nossa natureza caída introduza pensamentos e desejos na nossa mente mesmo que depois nós não o acalentamos e os toleremos já é também pecado. O ato de não tolerar e não acalentar deve acontecer no momento enquanto a tentação está sugerindo o pensamento e desejo pecaminoso, porém após o momento que o pensamento foi assimilado por nossa mente não devemos apenas não tolerar e não acalentar, pois aí já estamos em pecado, então temos também agora pedir perdão e purificação da nossa mente, para que nos momentos que formos tentados ou provocados, esses pensamentos não mais surjam. Ellen White estava ensinando que não devemos esperar que o pensamento e o desejo pecaminoso brote em nossa mente para só aí tomarmos a providência de não os acalentar e os tolerar. Pelo contrário Ellen White nesta frase está ensinando que quando a mínima tentação chegar sugerindo a nossa natureza caída que nós tenhamos pensamento e desejo pecaminoso, neste mesmo exato momento a tentação deve ser repelida instantaneamente pelo poder do Espírito Santo. Ellen White torna esse ensino mais claro neste outro texto que diz: “[…] devemos preservar estrita castidade de pensamento, palavra e comportamento. Deixe lembrar-nos de que Deus coloca nossos pecados secretos a luz de seu rosto. RH 27/3/1888″ Note que um pensamento pecaminoso (ou desejo pecaminoso) dentro de nossa mente já é pecado.

Ellen White escreveu: “Deveis dominar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. No entanto, Deus exige isso de ti; é um dever que repousa sobre todo ser responsável. És responsável perante Deus pelos teus pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e excessivamente perigosos. Uma vez estabelecidos, é quase impossível rompê-los e dirigir o pensamento para temas puros, santos e elevados. Deves tornar-te fiel sentinela de teus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiseres dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos te manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. És fraca nesse sentido”. —Testimonies for the Church (1870); Mensagens aos Jovens, 75-76.”

Textos Para Nossa Reflexão

“Este mandamento proíbe não somente atos de impureza, mas pensamentos e desejos sensuais, ou qualquer prática com a tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente na vida exterior, mas nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os deveres impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito”. Patriarcas e Profetas, p. 308.

“O Espírito Santo procura habitar em cada alma. Caso seja Ele bem-vindo como hóspede honrado, os que O receberem se tornarão completos em Cristo. A boa obra começada será terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes ao de Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos obstinados”. CONSELHO SOBRE SAÚDE p. 561

INSINUAÇÕES DO PECADO

“Esta obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em nós. Paulo admoesta aos crentes: “Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.” Filip. 2:12 e 13. O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: “Graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” I Cor. 15:57.” O Grande Conflito p. 469

Esse texto é também utilizado por aqueles que defendem que ter pensamentos ou desejos impuros, somente é pecado se eles forem acariciados. Para essas pessoas essas insinuações aparecem quando o indivíduo é tentado na forma de desejos e pensamentos impuros. Veremos a seguir um texto da serva do Senhor que refuta essa forma de pensar.

“Mas novamente a tentação é introduzida com a INSINUAÇÃO de desconfiança: “Se Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; ABSTEVE-SE, PORÉM, DA MAIS LEVE ACEITAÇÃO DA DÚVIDA. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova”. O Desejado de Todas as nações, p.  124

Esse último texto é muito importante, muito esclarecedor, porque nele a INSINUAÇÃO FOI INTRODUZIDA com a finalidade de fazer Cristo pecar, “Se Tu és o Filho de Deus”. Mas Jesus “ABSTEVE-SE, PORÉM, DA MAIS LEVE ACEITAÇÃO DA DÚVIDA

Insinuação “Se Tu és o Filho de Deus”. Como Jesus reagiu? “ABSTEVE-SE, PORÉM, DA MAIS LEVE ACEITAÇÃO DA DÚVIDA”

Satanás introduziu a insinuação de dúvida, mas ele não conseguiu despertar em Jesus, “a mais leve aceitação da dúvida”. Esse deve ser nosso objetivo, essa deve ser a norma a ser alcançada, pela graça de Deus. Diante das insinuações do inimigo das almas, também em nós ele não despertará o mais leve pensamento ou desejo pecaminoso, naquele que aceitar a verdadeira obra de libertação do pecado que o Senhor deseja realizar, nos que serão salvos, salvos DO pecado Mateus 1:21. Também não encontrará nos lavados pelo sangue do Cordeiro, nenhum defeito de caráter, que corresponda as suas insinuações ou provocações.

Nunca é demais lembrar que Satanás nunca despertou em Jesus um PENSAMENTO ou DESEJO VOLTADO para o mal.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação.” Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo”. 2 Coríntios 10:5

“Santificação é um estado de santidade, por fora e por dentro, sendo santo e sem reservas do Senhor, não na forma, mas na verdade. Toda impureza de pensamento, toda paixão luxuriosa separa a alma de Deus; pois Cristo nunca pode colocar Seu manto de justiça sobre um pecador, para ocultar sua deformidade”. OHC 214 (Nossa Alta Vocação MM 1962 p. 212)

“IRAI-VOS E NÃO PEQUEIS”

“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26)

Muito provavelmente alguém ao ler esse trabalho vai mencionar esse versículo bíblico e perguntar: Como então entender esse versículo? Esse questionamento já tem ocorrido por pessoas que viram alguma mensagem que tenho publicado sobre a verdadeira obra de transformação que o Senhor deseja realizar em nós. Por mais incrível que pareça algumas pessoas tem defendido que se irar não é pecado, essas pessoas citam esse versículo para comprovar sua opinião.

A seguir veremos uma das vezes que esse tipo de questionamento foi feito. O contexto em que ele foi feito e a resposta para o mesmo.

“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26) como entender esse texto irmão? Por favor.

Um irmão me fez essa pergunta após ver uma de minhas mensagens onde afirmo que o sentimento de ira é pecado me baseando para fazer essa afirmação no que Jesus nos falou no sermão da montanha.

“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será réu de juízo. […]” Mateus 5:22

Na verdade essa não foi a primeira vez que alguém me questionou sobre se o sentimento de ira é pecado. Em outra ocasião também após ter visto a mensagem onde eu afirmo que se irar é pecado um determinado irmão perguntou: “Se irar é pecado?”

Muitos infelizmente usam esse versículo bíblico para tentar defender que a ira não é pecado. Existe uma ira ou sentimento de indignação que realmente não é pecado, mas veja que essa ira é bem diferente da ira que temos quando achamos que somos tratados de forma injusta, diferente da ira que as vezes sentimos no trânsito, bem diferente da ira que procede de um coração carnal. A ira que não é pecado é um sentimento de indignação quando o nome de Deus é desonrado. Exemplo muito claro disso é Jesus quando expulsa os cambistas do santuário.

“Enquanto ali, de pé, nos degraus do pátio do templo, Cristo abrangeu com penetrante visão, a cena que estava perante Ele. Seu olhar profético penetra o futuro, e vê, não somente anos, mas séculos e gerações. Vê como sacerdotes e principais despojam o necessitado de seu direito, e proíbem que o evangelho seja pregado ao pobre. Vê como o amor de Deus seria ocultado aos pecadores, e os homens fariam de Sua graça mercadoria. Ao contemplar a cena, EXPRIMEM-SE-LHE NA FISIONOMIA INDIGNAÇÃO, AUTORIDADE E PODER”. O Desejado de Todas as Nações p. 157

.Exemplo: Moisés quebrando as tábuas da lei.

“O quebrar as tábuas de pedra foi, apenas, uma representação do fato de que Israel quebrara o concerto que, fazia tão pouco tempo, haviam celebrado com Deus. É uma justa indignação contra o pecado, oriunda do zelo pela glória de Deus, e não a ira que provém do amor-próprio ou da ambição ferida, a que se refere a Escritura: “Irai-vos e não pequeis.” Efés. 4:26. Foi esta a indignação de Moisés”. Testemunhos Para Ministros, p. 101.

“É verdade que há uma indignação justificável, mesmo nos seguidores de Cristo. Quando veem que Deus é desonrado, e Seu serviço exposto ao descrédito; quando veem o inocente opresso, uma justa indignação agita a alma. Tal ira, nascida da sensibilidade moral, não é pecado. Mas os que, a qualquer suposta provocação, se sentem em liberdade de condescender com a zanga ou o ressentimento, estão abrindo o coração a Satanás. Amargura e animosidade devem ser banidas da alma, se queremos estar em harmonia com o Céu”. O Desejado de Todas as Nações, p. 310

Outra Aplicação

Vemos no texto a seguir outra aplicação que a serva do Senhor faz de Efésios 4:26.

Não deixar que o sol se ponha sobre nossa ira e pedir que o Senhor nos perdoe da ira que procede de um coração carnal. É muito claro que agora ela trata do sentimento de ira resultado ou   consequência do EU e não CRISTO estar reinando no coração.

“Não há senão um remédio – positivo domínio próprio em todas as circunstâncias. O esforço de se colocar em situação favorável, onde o EU não seja incomodado, pode dar bom resultado por algum tempo; mas Satanás sabe onde encontrar essas pobres pessoas, e assaltá-las-á repetidamente em seus pontos fracos. Serão continuamente perturbadas enquanto pensarem tanto em si mesmas. […] Há, porém, esperança para elas. Seja esta vida, tão assolada de conflitos e ansiedades, posta em ligação com Cristo, e então não mais o próprio eu clamará pela supremacia […] ESSAS PESSOAS SE DEVEM HUMILHAR, DIZENDO FRANCAMENTE:‘ERREI. QUER ME PERDOAR? Pois Deus disse que não devemos deixar que o sol se ponha sobre a nossa ira.(Efés. 4:26.) Eis a única trilha segura para vencer. Muitos… acalentam a ira, e se enchem de sentimentos de ódio e de vingança. […] Resisti a esses sentimentos errôneos, e experimentareis grande mudança em vossas relações com os semelhantes”. Filhos e Filhas de Deus (Meditações Matinais, 1956), p. 142.

Devemos estar atentos para o que nos ensina o Senhor para não deixar se enganar, e também não enganar a outros por termos uma má interpretação da bíblia ou por não perceber informações importantes que o Senhor nos revela em Sua palavra.

Quem acredita que se IRAR não é pecado ainda não percebeu o que nos ensina o Senhor em 1 Coríntios 13:4-5

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, NÃO SE IRRITA, não suspeita o mal”. 1 Coríntios 13:4-5

IRRITAR VERBO

transitivo direto e pronominal

pôr(-se) nervoso; enraivecer(-se).

“irrita-o ver os filhos em más companhias”

O amor “NÃO SE IRRITA”

Ensina-nos o Senhor em Sua palavra que quem está com o coração repleto de amor não irá se IRRITAR OU ENRAIVECER-SE. A irritação é sintoma de um coração carnal, um coração governado pelo EU e não pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Aí está mais um argumento para não pensar que se irar não é pecado, pois acredito que todos irão concordar com o fato de que SE IRAR é praticamente o mesmo que SE IRRITAR ou SE ENRRAIVECER-SE.

No texto a seguir veremos a mensageira do Senhor de forma muito clara esclarecer e revelar os dois tipos de ira, sendo um tipo pecado o outro não.

“A água jorrou em abundância, satisfazendo as hostes. Mas uma grande falta fora cometida. Moisés falara com sentimento de irritação; suas palavras eram uma expressão de paixão humana, em vez de santa indignação porque Deus houvesse sido desonrado”. Patriarcas e Profetas, p. 417.

Ira como sendo pecado. “[…] sentimento de irritação […] “expressão de paixão humana […].

Ira como não sendo pecado. […] santa indignação porque Deus houvesse sido desonrado”.

É impressionante como muitos tentam encaixar, ajustar a palavra de Deus no seu estilo de vida cheio de pecados ao invés de permitir que a graça de Deus nos de sabedoria e discernimento e também nos transforme e nos liberte.

Repito devemos orar pedindo ao Senhor o Espírito Santo que nos ilumine e nos de sabedoria para que não nos enganemos a nós mesmos e também para não levar falsas crenças a outras pessoas.

Continuaremos esse tema na próxima semana!

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