6 – A Vontade de Cristo

Nesse capítulo veremos o quanto o tema, natureza humana de Cristo, tem sido deturpado até mesmo por teólogos adventistas renomados. Vemos o quanto precisamos buscar a orientação de Deus sobre esse tema, para não sermos enganados pelas artimanhas do inimigo das almas.

“Ele veio para salvar pecadores, portanto, precisava assumir a carne de pecadores […] Ele tinha todas as fraquezas da carne que nós temos. A carne que Ele Se revestiu possuía todos os desejos que nossa própria carne tem”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 112

“Consequentemente é considerada semelhante à de todos os seres humanos. Não uma carne corrompida, mas uma carne que, de acordo com a lei da hereditariedade, porta consigo inerentes tendências para pecar, tendências às quais Jesus nunca sucumbiu”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 262

Esses textos foram escritos e são defendidos por pessoas que acreditam que podemos viver livres do pecado pela graça de Deus, viver como Jesus viveu. Mas essas pessoas defendem uma crença onde ao invés de nos elevar a Cristo, para que possamos reproduzir o caráter de Cristo, puxaram Cristo para baixo, para o nosso nível decaído. Isso é estranho, mas pensem, falar de Cristo como alguém que, “tinha todas as fraquezas da carne que nós temos”, afirmar que a carne que Cristo Se revestiu, possuía todos os desejos que nossa própria carne tem”, e também afirmar que Cristo possuiu, inerentes tendências para pecar”. Tudo isso, por mais estranho que pareça, prova que estão rebaixando Cristo para o nosso decaído nível. Fazendo exatamente aquilo que o Senhor nos pediu para não fazer. Estão abaixando a norma da justiça “com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas”.

“Deus somente aceitará os que estão decididos a ter um alvo elevado. Coloca cada agente humano sob a obrigação de fazer o melhor. De todos é requerido perfeição moral. Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos”. Parábolas de Jesus, p. 330

A Vontade de Cristo

“Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma: Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do meu Pai que me enviou”. João 5:30 Eu já vi um famoso pregador adventista fazer o seguinte comentário após ler João 5:30.

Pastor Dennis Priebe em uma mensagem sobre a humanidade de Cristo, fez o seguinte comentário sobre esse verso: “Eu esperaria que Jesus dissesse: Eu Busco a Minha vontade e a vontade do meu Pai, porque elas são iguais”.

Aqui está o link da mensagem onde ele faz esse comentário.

Para facilitar o comentário está no tempo 4:00 até 4:15.

Depois o mesmo pregador ainda comentando João 5:30 fez também o seguinte comentário. No tempo 39:38s a 39:46s Dennis Priebe fala. “Todos os dias de Sua vida Jesus tinha que fazer uma decisão entre Sua vontade que O teria levado a pecar se Ele tivesse seguido e a vontade de Seu Pai celestial”.

Esse tipo de comentário é muito estranho, esse comentário é uma forma de dizer que Jesus tinha vontade de pecar. Será que tendo esse verso, João 5:30 como referência podemos mesmo chegar à conclusão que a vontade de Jesus por algum momento que seja, não esteve em harmonia com a vontade de Deus? Algum desejo ou vontade que caso Ele tivesse seguido O levaria a pecar?

Será que posso concluir a partir João 5:30 que a vontade de Jesus esteve, em algum momento corrompida, voltada para o pecado? Em outras palavras, sendo ainda mais objetivo:

Jesus teve em algum momento, vontade inclinada para o de pecado? Vontade de pecar? Ou como vimos anteriormente, algum tipo de desejo “que nossa própria carne tem”? Sinceramente, com todo respeito para com as pessoas que pensam assim, eu confesso que não concordo com esse pensamento. Jesus não poderia fazer aos fariseus a repreensão que fez em Mat. 23:27 chamando-os de sepulcros caiados, limpos por fora e cheios de imundícias por dentro, se Ele mesmo tivesse tido, mesmo que apenas em algum momento, algum tipo de vontade corrompida.

Mas retomemos ao questionamento. Considerando que existem apenas duas possibilidades, mente dominada por Deus ou pelo inimigo. Notem que Jesus ao referir-se a satanás afirmou: “ele nada tem em Mim” João 14:30. Sobre esta afirmação, Ellen White, inspirada por Deus, escreveu: Vemos que Satanás não despertava nenhum tipo de desejo ou vontade corrompida em Jesus. Também vemos que as escolhas de Jesus sempre estiveram em plena harmonia com a vontade de Deus.

“Cristo foi tentado em todos os pontos como nós; mas Sua vontade foi sempre conservada ao lado da vontade de Deus”. Ellen G. White, NOSSA ALTA VOCAÇÃO MM 1962 p. 105

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO ou SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Ainda que levasse sobre Siu a natureza humana, Ele enfrentou o arqui-inimigo face a face, sozinho, resistiu vitoriosamente ao inimigo de Seu trono. Nem sequer em pensamento sucumbiria ao poder da tentação”.  – RH, 08/11/1887; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 154

“Vem o príncipe do mundo”, disse Jesus; “ele nada tem em Mim”. João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação”.  Desejado De Todas As Nações, p. 123

Jesus no Getsêmani

No Getsêmani, em um momento de angústia e sofrimento, Jesus clamou ao Pai. “Meu Pai, se possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres”. Mat. 26:39.

“Mas, acima de tudo Jesus também teve que fazer escolhas, e a maior delas foi a de ir para a cruz mesmo que sua natureza humana gritasse contra isso. ‘ Meu Pai, se possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres’. (Mat.26:39)” Lição E S 2º trim. 2016 prof. O Evangelho de Mateus p. 146

Esse texto também pode ser mal interpretado por pessoas que acreditam que Jesus teve algum tipo de propensões para pecar, mas graças ao nosso bom Deus, a mesma lição na página 149, encontra-se uma explicação e um texto do Espírito de profecia esclarecendo o referido texto da página 146 da nossa lição da Escola Sabatina.

Não era a morte física que Jesus temia quando orou para que o cálice passasse dEle O cálice que Ele temia era a separação de Deus. Jesus sabia que, para Se tornar pecado por nós, para morrer em nosso lugar, para suportar em Si mesmo a ira de Deus contra o pecado, Ele teria que ser separado do Pai. A transgressão da santa lei de Deus era tão séria que exigia a morte do transgressor. Jesus veio precisamente porque iria tomar essa morte sobre Si, a fim de nos poupar dela. Era isso que estava em jogo com relação a Jesus e a nós”. Lição E S, 2º trim. 2016 O Evangelho de Mateus p. 149

Texto do Espírito de Profecia encontrado na referida lição:

“Com as questões do conflito diante de Si, a alma de Cristo Se encheu de terror da separação de Deus. Satanás lhe dizia que, se Ele Se tornasse o penhor de um mundo pecaminoso, seria eterna a separação. Ele Se identificaria com o reino de Satanás, e nunca mais seria um com Deus. […] O tremendo momento havia chegado – aquele momento que decidiria o destino do mundo. Na balança oscilava a sorte da humanidade. Cristo ainda podia recusar-Se a beber o cálice reservado ao homem culpado. Ainda não era tarde demais. Poderia enxugar da fronte o suor de sangue, e deixar perecer o homem em sua iniquidade. Poderia dizer: Receba o pecador o castigo de seu pecado, e Eu voltarei ao Meu Pai. […] (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações p. 687-689) Lição E S 2º trim. 2016 O Evangelho de Mateus p. 149

O que incomodava Jesus naquele momento e mais causava nEle agonia era o medo da separação de Deus. A vontade de Jesus não era contrária a vontade de Deus, era simplesmente de ficar sempre ao lado do Pai. Jesus sabia que em algum momento de Sua missão Ele sentiria essa separação e era isso e somente isso que causava agonia indescritível no coração de Jesus.

Outro texto do Espírito de Profecia é bastante esclarecedor quanto a essa afirmação de Jesus:

“Foi o peso do pecado, a sensação de sua terrível enormidade e da separação por ele causada entre Deus e a alma, que quebrantaram o coração do Filho de Deus”. Caminho a Cristo p. 13

Veremos alguns textos do Espirito de profecia que revelam de uma forma muito clara que o sofrimento de Cristo era por sentir a separação de Deus ao tomar sobre Si os nossos pecados.

“Mas agora, com o terrível peso de culpas que carrega, não pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física”. O Desejado de Todas as Nações, p.532

“Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus”. O Desejado de Todas as Nações, p. 533

“Tão terrível Lhe parece o pecado, tão grande o peso da culpa que deve levar sobre Si, que é tentado a temer que ele O separe para sempre do amor do Pai. Sentindo quão terrível é a ira de Deus contra a transgressão, exclama: “A Minha alma está profundamente triste até à morte.” Mar. 14:34”. O Desejado de Todas as Nações, p. 484

“Sentia que, pelo pecado, estava sendo separado do Pai. O abismo era tão largo, tão negro, tão profundo, que Seu espírito tremeu diante dele. Para escapar a essa agonia, não deve exercer Seu poder divino. Como homem, cumpre-Lhe sofrer as consequências do pecado do homem. Como homem, deve suportar a ira divina contra a transgressão”. O Desejado de Todas as Nações, p. 485

“Com os resultados do conflito perante Si, a alma de Cristo Se encheu de terror da separação de Deus. Satanás dizia-Lhe que, se Se tornasse o penhor de um mundo pecaminoso, seria eterna a separação. Ele Se identificaria com o reino de Satanás, e nunca mais seria um com Deus”. O Desejado de Todas as Nações, p. 485

Sinceramente é difícil entender como algo que foi revelado com tanta clareza possa ser mal compreendido. O sofrimento de Cristo ao sentir a separação de Deus era tão grande “era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física”.  A natureza humana de Cristo era tão pura, tão santa que Ele sentia um sofrimento indescritível ao Se sentir separado de Deus ao assumir os pecados da humanidade. Mas em meio a todo esse sofrimento a vontade de Cristo sempre esteve em harmonia com a vontade do Pai.

Sempre em Harmonia com a Vontade de Deus

“Cristo foi tentado em todos os pontos como nós; mas Sua vontade foi sempre conservada ao lado da vontade de Deus”. Ellen G. White, NOSSA ALTA VOCAÇÃO MM 1962 p. 105

Embora houvesse tomado dobre Si a natureza humana, era sustido por uma força divina, e não Se apartou num só ponto da vontade do Pai”. O Desejado de Todas as Nações, p. 519

“Cristo declarou: “Eu desci do Céu não para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou”. João 6:38. Sua vontade foi ativamente exercida para salvar a alma dos homens. Sua vontade humana era nutrida pela divina. Seus servos hoje fariam bem em perguntar-se a si mesmos: “Que espécie de vontade estou eu, individualmente, cultivando? Tenho eu estado a satisfazer os próprios desejos, mantendo-me em egoísmo e obstinação”? Se assim fazemos, achamo-nos em grande perigo, pois Satanás governará sempre a vontade que não está sob o domínio do Espírito de Deus. Quando pomos à vontade em harmonia com a de Deus, a santa obediência que foi exemplificada na vida de Cristo se mostrará em nossa vida”. Nossa Alta Vocação (MM,1962), p.105

Nota-se nos textos citados que a vontade de Cristo era sempre nutrida pela vontade de Deus. Assim, o resultado era uma harmonia de sentimentos. O mesmo pode se dar com cada pessoa que coloca a sua vontade nas mãos de Deus, isso possibilitará vida semelhante à vida de Cristo. Vida de plena obediência.

“Cristo tomou a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse revelar a homens e mulheres que estes poderiam viver sem pecado, que suas palavras, atos, seu espírito, poderiam ser santificados para Deus. Podemos ser cristãos perfeitos se manifestarmos esse poder em nossa vida. Quando a luz do Céu repousar sobre nós continuamente, representaremos a Cristo. Foi a justiça revelada em Sua vida que O distinguiu do mundo e despertou seu ódio. […] As palavras de Cristo são ditas para Seu povo em todas as épocas – para nós sobre quem o fim dos séculos é chegado”. Manuscrito 97, 1909”. Olhando Para o Alto, 1983, p. 297

Cristo sempre amou a justiça e sempre aborreceu a iniquidade.

“Cristo pôde dizer: “Não busco a Minha vontade, mas a vontade do Pai que Me enviou”. João 5:30. DEle é dito: “Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais do que a Teus companheiros”. Heb. 1:9. O Pai não Lhe dá “o Espírito por medida”. O Desejado de Todas as Nações, p.180

É interessante salientar que que o Pastor Dennis Priebe também utilizou alguns textos da revista Sinais dos Tempos, ao que parece para tentar provar que a vontade de Cristo era igual a nossa. (Signs of  the Times, 29 de outubro de 1894). Tempo, 38’:59s.

“A vontade humana de Cristo não o teria levado ao deserto da tentação, para jejuar e ser tentado pelo diabo. Não o teria levado a suportar a humilhação, o desprezo, a censura, o sofrimento e a morte. Sua natureza humana se encolheu de todas essas coisas, tão decididamente quanto a nossa se retraiu”. Signs of the Times 29 de outubro de 1894.

Sinceramente não vejo dificuldade de entender esse texto. “A vontade humana de Cristo não o teria “levado ao deserto da tentação, para jejuar e ser tentado pelo diabo”, levado a “suportar a humilhação, o desprezo, a censura, o sofrimento e a morte”. A vontade humana de Cristo sem o poder do Pai. Mas! Não podemos esquecer, como já vimos que, “Sua vontade humana era nutrida pela divina”. Nossa Alta Vocação (MM,1962), p.105. E Cristo também sempre buscava “do Pai novas provisões de força a fim de sair revigorado, fortalecido para o dever e a provação”.

“Nosso Salvador identifica-Se com nossas necessidades e fraquezas no fato de haver-Se tornado um suplicante, um solicitante de todas as noites, buscando do Pai novas provisões de força a fim de sair revigorado, fortalecido para o dever e a provação. Ele é nosso exemplo em tudo”. Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 141

“Conquanto possuísse a natureza humana, Ele [Cristo] dependia do Onipotente quanto a Sua vida. Em Sua humanidade, Ele apoderava-Se da divindade de Deus; e isto todo membro da família humana tem o privilégio de fazer. […] Se nos arrependemos de nossa transgressão e aceitamos a Cristo como o Doador da vida, […] tornamo-nos um com Ele, e nossa vontade é posta em harmonia com a vontade divina”. Signs of the Times, 17 de junho de 1897; Maranata O Senhor Vem, p. 300.

Voltemos ao texto da revista Signs of the Times 29 de outubro de 1894

A vontade humana de Cristo não o teria levado ao deserto da tentação, para jejuar e ser tentado pelo diabo. Não o teria levado a suportar a humilhação, o desprezo, a censura, o sofrimento e a morte. Sua natureza humana se encolheu de todas essas coisas, tão decididamente quanto a nossa se retraiu”.

Esse texto da revista Signs of the Times de 29 de outubro de 1894 deve ser analisado com muito carinho levando em consideração também tudo que foi escrito nessa revista nessa data. Esse texto não pode ser usado com a intenção de defender o pensamento de que a vontade de Cristo era igual a vontade dos demais homens, não pode porque logo após esse texto a serva do Senhor escreve afirmando que existe um contraste entre a vida e o caráter de Cristo e a nossa vida e caráter. A parte que menciona esse contraste não foi mencionado pelo Pr Dennis Priebe.

“O contraste entre a vida e o caráter de Cristo e de nossa vida e caráter é doloroso de se contemplar”. Signs of the Times 29 de outubro de 1894

Comentário do Pr. Dennis P. Que não Está na Revista

Outro detalhe lamentável sobre aquele comentário do Pr Dennis Priebe, é que antes dele dar a referência da revista que ele estava lendo ele faz aquele comentário, que é, UMA CONCLUSÃO OU PENSAMENTO DELE, que não está na revista. Para um ouvinte que não é bereano poderá imaginar que o que ele menciona antes de dar a referência está na revista, porque infelizmente o fato dele fazer o comentário e só depois dar a referência dá entender isso.

A seguir vou mostrar novamente o comentário, o tempo em que ele faz o comentário e o link da revista caso vocês queiram confirmar que esse comentário não está na revista.

“Todos os dias de Sua vida, Jesus tinha que fazer uma decisão entre Sua própria vontade, que O teria levado a pecar se Ele a tivesse seguido, e a vontade de Seu Pai Celestial”. Tempo, 39’:39s. Link da revista Signs of the Times de 29 de outubro de 1894

https://m.egwwritings.org/pt/book/820.12518

Textos da revista mencionada pelo Pr Dennis Priebe que comprovam que ele se equivocou na interpretação do texto que ele mencionou.

“Jesus Cristo é nosso exemplo em todas as coisas. Ele começou a vida, passou por suas experiências e terminou seu registro, com uma vontade humana santificada. Ele foi tentado em todos os pontos como nós somos, e ainda assim, porque ele manteve sua vontade entregue e santificada, Ele nunca se inclinou no menor grau para fazer o mal, ou para manifestar rebelião contra Deus Signs of the Times 29 de outubro de 1894

Não devemos ficar arrumando pretexto para nos acomodar com nossos defeitos de caráter. Cristo é nosso exemplo “em todas as coisas”, “porque ele manteve sua vontade entregue e santificada”. “Ele nunca se inclinou no menor grau para fazer o mal”. O objetivo do Senhor é que tenhamos nossa vontade SANTIFICADA. O Senhor está disposto a fazer essa maravilhosa obra em nossa vida se, permitirmos que Ele nos transforme e nos purifique. Por que não acreditar e não aceitar essa maravilhosa obra? Importante destacar que além do fato de que Cristo também “nunca se inclinou no menor grau para fazer o mal”, Sua natureza, a natureza humana de Cristo também “recuava do mal”.

“Ele é nosso exemplo em todas as coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois “como nós, em tudo foi tentado” (Heb. 4:15); mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal; suportou lutas e agonias de alma num mundo de pecado”. Caminho a Cristo, p. 94 -95

Em se tratando de Cristo sendo tentado no Getsêmani, é importante destacar mais um texto do Espírito de profecia que revela que quando Cristo “foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida”.

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova”. O Desejado De Todas As Nações, p. 124

Vontade santificada é estar em uníssimos com a vontade de Cristo e dia a dia ligados a vontade de Cristo. Vejam é muito claro, não devemos rebaixar Cristo até o nosso nível, mas sim, rogar a Deus que nos santifique tendo como padrão a santidade de Cristo.

“Aqueles que têm uma vontade santificada, que está em uníssono com a vontade de Cristo, terão, dia após dia, suas vontades ligadas à vontade de Cristo, que agirá em abençoar os outros e reagirá sobre si mesmos com o poder divino. Muitos cultivam as coisas que guerreiam contra a alma; porque os seus desejos e a sua vontade estão contra Deus e são empregados no serviço de Satanás”. Signs of the Times 29 de outubro de 1894

“Quando o poder de Satanás sobre as almas é quebrado, vemos homens ligando sua vontade à cruz e crucificando a carne com afeições e luxúrias. É de fato uma crucificação de si mesmo; porque a vontade é entregue a Cristo. A vontade do homem não é forte demais quando é santificada e colocada ao lado de Cristo”. Signs of the Times 29 de outubro de 1894

“Vem o príncipe do mundo”, disse Jesus; “e ele nada tem em Mim.” João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação”. O mesmo se pode dar conosco”. O Desejado de Todas as Nações, p. 123.

O Senhor quer o melhor para seus filhos. O Senhor deseja que tenhamos o caráter santo de Jesus. Devemos “examinar as escrituras” (Jo. 5:39), “crer nos profetas do Senhor” (2 Crônicas 20:20) e ser como os “bereanos” (Atos 17:11) para confirmarmos a vontade de Deus em nossa vida. Nunca devemos esquecer que Cristo não veio aqui numa condição onde pudéssemos arrumar alguma justificativa para nossos defeitos de caráter, desculpas para continuarmos com propensões para o mal e vontade pervertida. Ele não veio aqui como nós somos, mas sim como podemos ser.

“’Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.’ Mat. 5:48. Este mandamento é uma promessa. O plano da redenção visa ao nosso completo libertamento do poder de Satanás. Cristo separa sempre do pecado a alma contrita. Veio para destruir as obras do diabo, e tomou providências para que o Espírito Santo fosse comunicado a toda alma arrependida, para guardá-la de pecar”. O Desejado de Todas as Nações, p. 311

“Em Cristo se manifestaram, em natureza humana, a luz e o amor de Deus. Nenhum ser humano já possuiu natureza tão sensível como o Santo de Deus, sem pecado, o qual Se manifestou como cabeça e representante daquilo que a humanidade pode tornar-se mediante a comunicação da natureza divina”. Mente, Caráter e Personalidade, vol. p. 249

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. Filipenses 4:7

“Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.”. Romanos 6:10,11

“A carreira cristã não é uma vida de indulgência para comer e beber e vestir-se como mundanos indulgentes. O Senhor Jesus veio na natureza humana a nosso mundo para dar Sua preciosa vida como um exemplo do que nossa vida deveria ser. Ele é o modelo, não de indulgência espiritual, mas de uma vida constantemente diante de nós como exemplo de altruísmo, abnegação. Temos a visão correta do que Cristo, nosso Modelo, veio nos dar. Está diante de nós o Príncipe do Céu, o Filho de Deus. Ele pôs de lado a coroa real e a veste de príncipe e veio assumir Sua posição em nosso mundo como um Homem de Dores e familiarizado com o sofrimento. Quão poucos assimilam isto!” MM 1983, Olhando Para o Alto, p. 211

Esse capítulo revela o quanto precisamos estar atentos, verificando SEMPRE aquilo que nos é ensinado mesmo por teólogos renomados. Mais do que nunca devemos nos comportar como bereanos!

Desperta professo povo de Deus!!!!

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