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É Deus exato?

Temos alguns estudos bíblicos que são preparados para que na pregação do evangelho os adventistas possam estudar com os não adventistas. Gostaria de analisar o  estudo número 15 do estudo “A Bíblia Fala” que tem como título, “É Deus Exato?”

Este estudo tem o seguinte texto como introdução:

“Enquanto conversava com o ministro de sua igreja, disse uma senhora: “Eu sei que não estou procedendo como devia, mas Deus compreenderá. Estou certa de que Ele passará por alto os pequeninos pecados que faço, contanto que eu seja sincera.” Parece ser esta a atitude de muitos professos cristãos. Estão, com efeito, dizendo, por suas ações, que Deus não é exato, que Ele fecha os olhos ao pecado, contanto que a pessoa professe ser sincera em sua maneira de proceder. A bíblia diz que Deus salva Seu povo dos seus pecados, mas em parte alguma diz que os salvará nos seus pecados.

Ensina a bíblia que Deus tem determinadas leis no universo, e que essas leis existem para proteger a liberdade de Suas criaturas. Existem porque Deus viu que a violação desses princípios traria doenças, tristezas e morte a seus violadores. Em Provérbios 16:25 diz Salomão: “Há caminho, que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte.”

O homem que tome arsênico, pensando tratar-se de um xarope para tosse, morrerá tão depressa como outro que tomou o mesmo veneno sabendo que o é. Aquilo que o homem pensa, não modifica a substância do que bebe. O pensar uma pessoa que o errado seja certo, não consegue transformar o errado em certo, o mal em bem.

Verdade é que Deus por vezes tem passado por alto alguns atos maus da humanidade. Agora, porém, já concedeu ao homem bastante esclarecimento, de modo que não há desculpa para o pecado. Disse Jesus aos fariseus: “Se fosseis cegos, não teríeis pecado algum, mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” S. João 9:40. S. Paulo, em Atos 17:30, afirma que nos tempos da ignorância dom homem Deus passou por alto sua conduta pecaminosa, mas agora lhe ordena que se arrependa.”

Temos neste estudo também alguns exemplos bíblicos de como é exata a obediência que o Senhor requer do homem. Saul, Uzá, Adão, mulher de Ló, homem de Deus.

Já fiz com algumas pessoas este estudo tentando mostrar sempre que Deus não desculpará as pessoas que deliberadamente não querem obedecer ao Senhor, não querem por exemplo guardar o sábado, se abster de alimentos impróprios que destroem o santuário de Deus, enfim não querem obedecer a Deus segundo as orientações da bíblia.

Descobri recentemente que antes que nós adventistas ministremos este estudo aos não adventistas é necessário que nós o façamos a nós mesmos.

Ou será que o Senhor é exato, apenas para os não adventistas?  Na verdade nossa responsabilidade é maior, vamos recapitular uma parte do texto que nos prova que realmente nossa responsabilidade é maior.

Afirmamos que não somos cegos e que não somos ignorantes quanto a vontade de Deus. Então com certeza o Senhor não passará por alto nossos pecados. Deus está clamando pelo nosso arrependimento, por uma mudança de conduta do nosso povo.

Vejamos um texto, no qual, a serva do Senhor, de uma forma muito clara afirma que Deus deseja livrar a “todos” dos seus pecados e não em seus pecados:

“Mas orar em nome de Cristo significa muito. Quer dizer que havemos de aceitar-Lhe o caráter, manifestar-Lhe o espírito e fazer Suas obras. A promessa do Salvador é dada sob condição. “Se Me amardes”, diz, “guardareis os Meus mandamentos.” João 14:15. Ele salva os homens, não em pecado, mas do pecado; e os que O amam manifestarão seu amor pela obediência.” DTN pág. 668

Veja bem este texto tem aplicações para todos, adventistas e não adventistas.

Na verdade como povo que possui mais luz, temos uma responsabilidade maior de sermos mais santos, mais puros.

“Somos da mesma fé, membros de uma família, filhos todos do mesmo Pai celestial, tendo a mesma bendita esperança da imortalidade. Quão íntimo e terno não deveria ser o laço que nos une! O povo do mundo observa-nos para ver se nossa fé está exercendo influência santificadora sobre nosso coração. São rápidos para discernir qualquer defeito de nossa vida, qualquer incoerência de nossos atos. Não lhe demos ocasião para vituperar nossa fé. …”Maravilhosa Graça pág. 208

“Nós, como povo, professamos possuir mais verdades do que qualquer outro na Terra. Neste caso, nossa conduta e caráter devem também corresponder à nossa profissão.”Testemunhos Seletos vol. 2 pág. 12

O Senhor deseja que ensinemos não apenas por preceitos, mas também pelo exemplo.

“A vida de Cristo deve ser revelada na humanidade. O homem foi o ato culminante da criação de Deus, formado à imagem de Deus e destinado a ser Sua similitude; mas Satanás tem procurado obliterar a imagem de Deus no homem e imprimir-lhe sua própria imagem. O homem é muito precioso a Deus porque foi formado à Sua imagem. Este fato deve impressionar-nos com a importância de ensinar, por preceito e exemplo,o pecado de contaminar, pela condescendência com o apetite ou por qualquer outra prática pecaminosa, o corpo que deve representar a Deus para o mundo. …”Exaltai-O MM 1992 pág.48

“O Filho unigênito do infinito Deus, através de Suas palavras e de Seu exemplo prático, deixou-nos um exemplo simples, que devemos imitar. Por meio de Suas palavras Ele nos ensinou a obedecer a Deus, e por experiência própria nos mostra como podemos obedecer a Deus. Esta é precisamente a obra que Ele deseja todo homem faça: obedecer a Deus inteligentemente, e por preceito e exemplo ensinar aos outros o que precisam fazer, de modo a serem obedientes filhos de Deus.

Jesus ajudou o mundo todo a obter um conhecimento inteligente de Sua missão e obra divinas. Ele veio para representar o caráter do Pai ao nosso mundo, e ao estudarmos a vida, as palavras e obras de Jesus Cristo, seremos auxiliados de todas as maneiras no aprendizado da obediência a Deus; ao imitarmos o exemplo que Ele nos deixou, seremos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Somos instrumentos humanos vivos para representar no caráter a Jesus Cristo perante o mundo.

Cristo deu não apenas regras explícitas mostrando como podemos nos tornar filhos obedientes, mas também nos mostrou através de Sua própria vida e caráter como fazer as coisas que são corretas e aceitáveis diante de Deus, de modo a não haver desculpa para não fazermos as coisas que são agradáveis a Sua vista. …

O Grande Mestre veio ao nosso mundo para estar à testa da humanidade, e desse modo erguê-la e santificá-la por meio de Sua santa obediência a todos os requisitos divinos, mostrando que é possível obedecer a todos os mandamentos de Deus. Ele demonstrou que uma vida toda de obediência é possível. Como o Pai deu o Seu Filho, assim Ele dá ao mundo homens escolhidos, representativos, para exemplificarem em sua vida a vida de Jesus Cristo. Manuscrito 1, 1892.” Cuidado De Deus pág.  344

“Se Adão não pôde suportar a menor das provas, não poderia ter resistido a uma prova maior, caso houvessem sido confiadas a ele maiores responsabilidades.Se tivesse sido designada a Adão alguma prova grande, aqueles cujo coração, se inclina para o mal desculpar-se-iam então, dizendo: “Isto é uma coisa trivial, e Deus não é tão exigente a respeito de coisas pequenas”. E haveria contínua transgressão em coisas consideradas pequenas, as quais ficam sem reprovação humana. O Senhor, porém, tornou patente que o pecado, em qualquer grau, é ofensivo para Ele.” Patriarcas e Profetas, pág. 61

“É requerida obediência exata, e os que dizem não ser possível levar uma vida perfeita, lançam sobre Deus a acusação de injustiça e falsidade.” – Reimpressões De Review and Herald, vol. 6pág. 519, ver também Review and Herald, 7de fevereiro de 1957, pág. 30. (Lição da Escola Sabatina, 2° trim. 1989, “Triunfo no Presente e Glória no Futuro” pág. 48

Deus seja para sempre louvado!

A Verdade que Liberta

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”João 8:32

Todas as vezes que ouvia ou lia esta frase pensava como as pessoas dessas ou daquelas igrejas precisam conhecer a verdade sobre o sábado, sobre o santuário, a volta de Jesus, Lei de Deus,  nova Terra e outras verdades que nós Adventistas acreditamos. Podia pensar em pessoas de todas as igrejas que precisavam conhecer a verdade para serem libertadas. Pensava em todos exceto nos Adventistas do 7° Dia.

Hoje as primeiras pessoas que eu penso são os Adventistas do 7° Dia. Incluindo a mim, é claro.

O que causou esta mudança?

Sem dúvida alguma, foi o fato de Deus ter aberto os meus olhos para que eu visse detalhes muito importantes neste texto como:

  1. Para quem Jesus estava falando.
  2. A que tipo de conhecimento Jesus estava se referindo.
  3. O que realmente é a verdade.
  4. Segundo este texto, do que as pessoas precisam ser libertadas.

1.       Para quem Jesus estava falando:

Entre as pessoas que estavam ouvindo Jesus estavam os “descendentes de Abraão” (verso 33) – então Jesus estava falando também para o povo de Israel.

Hoje acreditamos que a igreja Adventista do 7° Dia é o “Israel de Deus”. Gál. 6:16

Sendo assim, como Jesus mostrou que esta mensagem se aplicava também ao povo de Israel, hoje também devemos aplicá-la a nós Adventistas do 7° Dia que somos o “Israel de Deus”. Na verdade acredito que esta mensagem deve ser  primeiro direcionada para os Adventistas do 7° Dia, na sequência deste estudo compreenderemos o porquê.

2.       A que tipo de conhecimento Jesus estava se referindo.

É possível que uma pessoa tenha grande conhecimento da Bíblia Sagrada, personagens, datas, profecias e mesmo assim não ter a vida transformada? Sim é possível.

São pessoas que possuem conhecimento apenas teórico e não prático da palavra de Deus. Aprendem, aprendem, mas não praticam. Não permitem que a palavra os transforme e não se entregam a Deus de forma real.

Sem dúvida alguma o conhecimento a que Jesus estava Se referindo era de entrega, de compromisso com Deus, um conhecimento prático do poder transformador de Deus.

“Um homem pode pregar sermões agradáveis e entretenedores, no entanto estar distanciado de Cristo no que respeita à experiência religiosa. Ele pode ser elevado ao pináculo da grandeza humana, contudo nunca ter experimentado a obra interior de graça que transforma o caráter. Esse tal é enganado por sua ligação e familiaridade com as verdades sagradas do evangelho, que alcançaram o intelecto, mas não foram levadas ao santuário interior da alma. Temos de ter mais do que uma crença intelectual na verdade.”Review and Herald 14/02/1899 (Cristo Nossa Justiça pág. 86 e 87)

“Um conhecimento teórico da verdade é essencial. Mas  o conhecimento da maior de todas as verdades não nos salvará; nosso conhecimento deve ser prático.[…] A verdade deve ser levada para dentro de seus corações, santificando-os e purificando-os de todo mundanismo e sensualidade na vida mais privada. O templo da alma deve ser purificado.”- Review and Herald 24/05/1887 ( Cristo Nossa Justiça pág. 88)

3.       O que realmente é a verdade.

Antes não pensava que os Adventistas precisavam conhecer a verdade porque para mim a verdade era um conjunto de crenças que estão em harmonia com a Bíblia. Bom, então deduzia que pelo fato dos Adventistas já conhecer este conjunto de crenças não necessitavam mais do conhecimento da verdade.

Hoje acredito que a verdade é um conjunto de crenças que estão em harmonia com a Bíblia e muito mais.

A verdade é Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6

A verdade é o Senhor Espírito Santo: “…E o Espírito é o que da testemunho, porque o Espírito é a verdade.” 1 João 5:6

Precisamos conhecer a Jesus de uma forma muito íntima, muito pessoal, permitir que o Senhor Espírito Santo faça morada no nosso coração.

Jesus é a verdade que precisamos conhecer. Você conhece Jesus?

4.       Do que as pessoas realmente precisam ser libertadas.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” Jo 8:32

Algumas das pessoas para as quais Jesus estava falando não gostaram e disseram: “Responderam-lhe: Somos, descendência de Abrão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?” João 8:33

Jesus agora de uma forma muito clara esclarece a questão e fala para todos do que as pessoas precisam ser libertadas.

“Replicou-lhe Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”João 8:34-36

 A libertação oferecida por Jesus é a libertação plena, real, da escravidão do pecado. Isso é maravilhoso!

O pecado prende, escraviza: “Quanto ao perverso, as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido.” Provérbios 5:22

Mas Jesus liberta:

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”João 8:36

“O Espírito do Senhor Deus esta sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas- novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados.” Isaías 61:1

Vejamos agora este comentário maravilhoso que a serva do Senhor faz desta parte das escrituras.

“Toda alma que recusa entregar-se a Deus, acha-se sob o domínio de outro poder. Não pertence a si mesma. Pode falar de liberdade, mas está na mais vil servidão. Não lhe é permitido ver a beleza da verdade, pois sua mente se encontra sob o poder de Satanás. Enquanto se lisonjeia de seguir os ditames de seu próprio discernimento, obedece à vontade do príncipe das trevas. Cristo veio quebrar as algemas da escravidão do pecado para a alma.”Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.”A lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus”nos liberta”da lei do pecado e da morte”. Rom. 8:2.

Não há constrangimento na obra da redenção. Não se exerce nenhuma força externa. Sob a influência do Espírito de Deus, o homem é deixado livre para escolher a quem há de servir. Na mudança que se opera quando a alma se entrega a Cristo, há o mais alto senso de liberdade. A expulsão do pecado é ato da própria alma. Na verdade, não possuímos capacidade para livrar-nos do poder de Satanás; mas quando desejamos ser libertos do pecado e, em nossa grande necessidade, clamamos por um poder fora de nós e a nós superior, as faculdades da alma são revestidas da divina energia do Espírito Santo, e obedecem aos ditames da vontade no cumprir o querer de Deus.

A única condição em que é possível o libertamento do homem, é tornar-se ele um com Cristo. “A verdade vos libertará” (João 8:32); e Cristo é a verdade. O pecado só pode triunfar, enfraquecendo a mente e destruindo a liberdade da alma. A sujeição a Deus é restauração do próprio ser – da verdadeira glória e dignidade do homem. A lei divina, à qual somos postos em sujeição, é a ”lei da liberdade”. Tia. 2:12.” DTN, pág.  466

É fantástico o que o Senhor quer fazer em nossa vida. O Senhor quer nos libertar da escravidão do pecado!

“Seja qual for a má prática, a dominante paixão que, devido à longa condescendência, acorrenta alma e corpo, Cristo é capaz de libertar, e anseia fazê-lo. Comunica vida à alma morta em ofensas. Efés. 2:1. Porá em liberdade o cativo preso pela fraqueza, o infortúnio e as cadeias do pecado.” DTN. Pág. 203

Hoje me entristece constatar que mesmo entre nós Adventistas do 7° Dia são poucos os que acreditam nesta libertação e mais ainda, ver que estes poucos são chamados de extremistas, perfeccionistas e outras coisas mais. Esse é o motivo que me faz pensar primeiro em nosso povo, Adventistas do 7° Dia quando leio ”Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Um dia pregaremos essa mensagem para o mundo com grande poder, mas antes, temos que acreditar nela!

No texto a seguir podemos ver o que causou uma grande angústia em Jesus no momento em que Ele estava morrendo para nos salvar. Convido meus irmãos para lerem este texto com muita atenção, pedindo a iluminação de Deus.

“E agora, estava a morrer o Senhor da glória, o Resgate da raça. Entregando a preciosa vida, não foi Cristo sustido por triunfante alegria. Tudo eram opressivas sombras. Não era o temor da morte que O oprimia. Nem a dor e a ignomínia da cruz Lhe causavam a inexprimível angústia. Cristo foi o príncipe dos sofredores; mas Seu sofrimento provinha do senso da malignidade do pecado, o conhecimento de que, mediante a familiaridade com o mal, o homem se tornara cego à enormidade do mesmo. Cristo viu quão profundo é o domínio do pecado no coração humano, quão poucos estariam dispostos a romper com seu poder.” DTN, pág. 752

Depois de ter lido este texto análise sua situação. Você esta entre os que acreditam ou entre os que não acreditam que o homem pode romper com a escravidão do pecado?

Vamos acreditar nesta possibilidade, orar uns pelos outros para que estejamos preparados para o encontro com o Senhor.

“Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. Manuscrito 4, 1883.” ME,  vol.1 pág. 69