Propensões para pecar eliminadas antes do fechamento da porta da graça
Já tratamos neste blog a respeito da diferença entre tentação e propensão para pecar (Tentação e Propensão). Voltamos agora na questão tempo em que, devemos ser achados sem pecado e sem propensões sabendo que a transformação de caráter começa agora e devemos permitir que o poder do Senhor Espírito Santo faça esta obra desde já.
As propensões para pecar serão erradicadas da vida daqueles que serão salvos antes do fechamento da porta da graça.
“Ser perdoado de maneira que Cristo perdoa, é não somente ser perdoado, mas renovado no espírito do nosso entendimento. O Senhor diz: ‘Dar-vos-ei coração novo’. A imagem de Cristo deve ser gravada na própria mente coração e alma. O apostolo declara: ‘Nos temos a mente de Cristo’. Sem o processo transformador que só pode ocorrer pelo poder divino, as propensões originais para pecar permanecem no coração em toda a sua intensidade, para forjar novas algemas, para impor uma escravidão que nunca poderá ser rompida pelo poder humano. Mas os homens não poderão entrar no céu com os velhos gostos, inclinações, ídolos, ideias e teorias.“ Ellen G. White, Review and Herald, 19 de agosto de 1890”. Lição da Escola Sabatina 2° Trim. 1990, pág. 43.
“Porque os que se inclinam para a carne cogitam para das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Romanos 8:5-9
Existem para o homem duas possibilidades:
- 1ª: Estar na “carne” e ter inclinações ou propensões para o pecado, “coisas da carne”
- 2ª: Estar no Espírito e ter as inclinações ou propensões para as “coisas do Espírito.”
Sendo assim não é possível que os selados cheios do Senhor Espírito Santo ainda retenham alguma propensão ou inclinação para o pecado. Os selados são susceptíveis as propensões para pecar. Eles estarão susceptíveis a terem propensões para o mal devido o fato de ainda possuírem uma natureza pecaminosa, mas uma coisa é ser susceptível a ter propensões pecaminosas a outra é ter estas propensões se manifestando na vida.
Pecar é cometer atos que não estão de acordo com os preceitos do Senhor, mas devemos lembrar que pecar é também sentir o desejo de cometer tais atos.
Aqueles que ainda possuem as propensões pecaminosas não estão sendo guiados pelo Espírito e sim pela carne. Romanos 8:4-5
Permitir que estas propensões pecaminosas ou inclinações para pecar continuem existindo na vida é pecado. É um indicativo que ainda há na vida uma rejeição do poder libertador do Senhor Espírito Santo.
É propósito do Senhor que o homem passe a viver exatamente como Cristo viveu, sem pecado e sem propensões para pecar.
Jesus nunca teve propensões para pecar:
“Seja cuidadoso, exageradamente cuidadoso, ao tratar da natureza humana de Cristo. Não O apresente diante das pessoas como um homem com propensões para o pecado.” Carta 8 1895 (Carta de Baker em Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 171- 173)
“Nunca, de maneira alguma, deixe a mais leve impressão sobre as mentes humanas de que havia uma mancha ou inclinação para a corrupção sobre Cristo, ou que, de alguma maneira, Ele cedeu à corrupção.” Carta 8 1895 (Carta de Baker em Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 171- 173)
Vejamos como é o estilo de vida que o Senhor deseja para todos os homens:
“Não precisamos classificar a obediência de Cristo, por si mesma, como alguma coisa para a qual Ele Se achava particularmente adaptado, por Sua especial natureza divina, pois Ele Se encontrava diante de Deus como o representante do homem e foi tentado como substituto e fiador do homem. Se Cristo possuísse um poder especial que o homem não tem o privilégio de possuir, Satanás ter-se-ia aproveitado desse fato. A obra de Cristo era tirar das reivindicações de Satanás o seu domínio sobre o homem, e só podia fazê-lo da maneira como Ele veio – como homem, tentado como homem e prestando a obediência de um homem. […]” Mensagens Escolhidas vol. 3, pág. 139.
“Tende em mente que a vitória e a obediência de Cristo são as de um verdadeiro ser humano. Em nossas conclusões, cometemos muitos erros devido a nossas idéias errôneas acerca da natureza humana de nosso Senhor. Quando atribuímos a Sua natureza humana um poder que não é possível que o homem tenha em seus conflitos com Satanás, destruímos a inteireza de Sua humanidade. Ele concede Sua graça e poder imputados a todos os que O aceitam pela fé. A obediência de Cristo a Seu Pai era a mesma obediência que é requerida do homem.” Mensagens Escolhidas vol. 3, pág. 139.
“A obediência de Cristo a Seu Pai era a mesma obediência que é requerida do homem. O homem não pode vencer as tentações de Satanás sem combinar o poder divino com o seu auxílio. Assim foi com Jesus Cristo: Ele podia lançar mão do poder divino. Ele não veio ao nosso mundo para prestar a obediência de um Deus inferior a um superior, mas como homem, para obedecer à Santa Lei de Deus, e desta maneira Ele é nosso exemplo. O Senhor Jesus veio ao nosso mundo, não para revelar o que Deus podia fazer, e, sim, o que o homem podia realizar, mediante a fé no poder de Deus para ajudar em toda emergência. O homem deve, pela fé, ser participante da natureza divina e vencer toda tentação com que é assaltado. Nossa Alta Vocação, pág. 46.
Os selados terão subjugados pelo poder do Senhor Espírito Santo toda propensão pecaminosa antes do fechamento da porta da graça. Os selados estarão prestando a Deus a verdadeira obediência, aquela que vem do coração. O pecado será para eles algo aborrecível, como Jesus eles amarão a justiça e odiarão a iniquidade. Heb. 1:9
“Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.” D.T.N. pág. 668.
Durante o tempo de angústia os selados não manifestarão arrogância dizendo ou sentindo que foram completamente libertados do pecado. Mas podemos afirmar que eles no tempo de angústia já não mais terão propensões para pecar devido o fato da serva do Senhor afirmar que neste tempo os salvos, os selados não terrão “falta oculta para revelar” como mostram os textos a seguir:
“Embora o povo de Deus esteja rodeado de inimigos que se esforçam por destruí-lo, a angústia que sofrem não é, todavia, o medo da perseguição por causa da verdade; receiam não se terem arrependido de todo pecado, e que, devido a alguma falta, não se cumpra a promessa do Salvador: “Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo.” Apoc. 3:10.” Grande Conflito pág. 619.
“Mas, ao mesmo tempo em que têm uma profunda intuição de sua indignidade, não possuem falta oculta para revelar. Seus pecados foram examinados e extinguidos no juízo; não os podem trazer à lembrança.” Grande Conflito, pág. 620.
O próximo texto é bastante esclarecedor e comprova que durante o tempo de angústia os salvos pelo poder de Deus deverão estar vivendo completamente livres da presença do pecado:
“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: “Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.” João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia.” Grande Conflito pág. 623
“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: “Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim.” João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia. O Grande Conflito, pág. 623. (Eventos Finais pág. 267)
Na glorificação a mudança na vida dos salvos não será a erradicação das propensões pecaminosas, isso já terá acontecido antes do fechamento da porta da graça, a mudança que ocorrerá na glorificação na vida dos salvos é que eles não mais serão susceptíveis a terem propensões para pecar porque neste momento será erradicada a natureza pecaminosa. Que Deus seja louvado!
Nosso Deus é maravilhoso. Ele proporcionou meios para que a nossa natureza pudesse ser transformada. Podemos ser co-participantes da natureza divina, passando a viver pelo poder do nosso Senhor Espírito Santo sem pecar e sem propensões para pecar. É fantástico o Senhor está disposto a nos livrar do pecado e das propensões pecaminosas. Não precisaremos, portanto, reter nenhuma propensão pecaminosa.
Devemos vencer no poder do Senhor o pecado e propensões para pecar, antes que seja demasiado tarde.
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