Impossível viver como Jesus. Será?
Alguém bastante influente na igreja afirmou ao meu filho que nós não podemos comparar a obediência que Cristo prestou a Deus com a obediência que o Senhor espera de nós. Segundo esta pessoa “Cristo era Deus”, “Cristo era divino e humano” e nós “somos apenas humanos.”
Mas será realmente impossível para qualquer ser humano ter a vida transformada a ponto de conseguir, pelo poder de Deus, passar a viver como Jesus viveu?
Será que realmente é impossível para qualquer homem ou mulher passar a viver com o coração completamente livre da presença do pecado?
Os propósitos da encarnação de Cristo: Viver completamente livre da presença do pecado para nos salvar (Mateus 1:21) e também provar para toda humanidade e todo universo que é possível sim, ao homem pelo poder de Deus, passar a viver com o coração completamente livre da presença do pecado.
É extremamente importante compreendermos o que Jesus fez por nós para que possamos compreender também o que Jesus pode e deseja fazer em nós (Tito 2:11-12).
“O estudo da encarnação de Cristo é um campo frutífero, o qual recompensará o pesquisador que escavar bem fundo, em busca da verdade escondida’ (SDABC, vol.7, pág.443).” Ellen White e a Humanidade De Cristo, pág. 14.
“Cristo não só morreu como nosso sacrifício, mas viveu como nosso exemplo. Em Sua natureza humana, Ele Se apresenta completo, perfeito, imaculado. Ser um cristão é ser como Cristo. Todo o nosso ser, nossa alma, o corpo, o espírito, devem ser purificados, enobrecidos, santificados, até que reflitamos a Sua imagem e imitemos o Seu exemplo.” RH, 28/01/1882 (Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 150)
A seguir outros textos da lição da Escola Sabatina que elucidam o assunto da possibilidade de vivermos a vida de Jesus:
- Cristo Nosso Exemplo
“Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vos também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu Senhor, nem o enviado maior do que Aquele que O enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” S. João 13:15-17.
“Na missão de Cristo no mundo, Seus seguidores acham o propósito e direção de sua própria missão. A direção é a dos milhões de criaturas sobre a Terra com suas necessidades, interesses e atividades. O propósito é o de que todas essas pessoas sejam salvas e o reino de Cristo seja restaurado. E uma vez que estamos vivendo nos últimos dias da história desse mundo, essa missão de reconciliação, advertência, e restauração tem uma urgência imensa. Jesus disse que assim como o Pai O enviou ao mundo, também Ele enviava os discípulos ao mundo. (Ver S. João 17: 18; 20:21.) Esta pensamento foi o tema do estudo da lição da última semana, mas tem ainda outra dimensão. Fala-nos sobre nosso remetente e o propósito de nossa missão no mundo. Fala sobre o tipo de obra que somos chamados a realizar, mas também realça o tipo de vida que os seguidores de Cristo deveriam viver e como sua missão no mundo deve ser cumprida.
Alguns dirão agora que a vida e obra de Cristo no mundo era por demais particular, e, portanto, muito diferente da nossa. Assim, Ele não pode constituir um modelo para nós. Em certo sentido, obviamente, tal observação está correta. Afinal de contas, Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (S. Mat. 16:13-16). Jesus possuía características que as Escrituras atribuem somente a Deus. (Ver S. Mat. 18:18-20; S. João 3:2; 5:17-29, etc.) Contudo, a Bíblia também nos diz que Jesus foi verdadeiramente homem. Ele é chamado o Filho do homem, expressão utilizada mais de 80 vezes nos Evangelhos para indicar que “como era Jesus revestido da natureza humana, assim pretende Deus que sejam Os Seus seguidores.” Meditações Matinais, 1956, pág.21. Achado na semelhança de homem, Jesus tornou-Se um de nós. (Ver Rom. 8:3; Fil. 2:8; S. João 3:2; Heb. 2:10-17.) Ele esteve sujeito as nossas enfermidades e fraquezas; identificou-Se co nossas necessidades, fragilidades e falhas. Ele também submeteu-Se a todas as condições humilhantes do homem neste mundo, e em tudo foi tentado como nós (Heb. 2:14-18), somente com uma exceção: Jesus não pecou (Heb. 4:15). De Sua Filiação e origem divina podemos saber qual foi o propósito de Sua vida e missão no mundo. Nenhum ser humano poderia ter-nos dado isto. Em Sua humanidade, contudo, Jesus nos mostrou como viver neste mundo, e como podemos cumprir o propósito e missão de nossa vida. “Cristo veio a este mundo, sujeitou-Se à vontade de Seu Pai, com um grande propósito- mostrar aos homens e mulheres o que Deus deseja que eles sejam e o que, mediante Sua graça, podem ser.” – Medicina e Salvação, pág. 42.
(Lição da Escola Sabatina “O Cristão no Mundo”, 3° Trim. de 1982, toda pág. 49)
- No Poder de Deus
“E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. E maravilharan-se os homens, dizendo: Quem é Este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” S. Mateus 8;26-27
“Realmente, que tipo de homem é esse? É importante ressaltar aqui Jesus não acalmou as ondas e aquietou os ventos pelo poder de Sua divindade intrínseca. Ele pôs isso de lado. O poder de Jesus no mundo – seja da natureza ou do homem – era poder de Deus em resposta a Seu pedido como homem. É, portanto, um poder que Deus pode confiar a qualquer crente que põe sua total confiança em Deus como Jesus o fez.
“Não era como o “Senhor da Terra, do mar e do Céu” que repousava em sossego. Esse poder, depusera-o Ele, e diz: “Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma.” João 5:30. Confiava no poder de Seu Pai. Foi pela fé – no amor e cuidado de Deus – que Jesus repousou, e o poder que impôs silêncio à tempestade, foi o poder de Deus.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 249
Que promessa existe de que os crentes podem ter o tipo de poder que Jesus teve em Seus dias? S. Mar. 16:16-20; S. Mat. 17:14-21
“A pergunta é importante por uma série de razões: Se quiséssemos, poderíamos realmente tornar-nos reflexos do que Jesus foi na carne humana. Pela ajuda do Espírito Santo poderíamos vencer nossas tendências hereditárias. (Ver O Desejado de Todas as Nações pág. 501 e A Ciência do Bom Viver pág. 171.) Em lugar de nos controlarem, podemos mantê-las sob controle e mudá-las. (Ver S.D.A. Bible Commentary, vol. 4, pág. 1138; vol. 6, pág. 1101; Parábolas de Jesus, pág. 313 e Testemunhos para Ministros, pág. 259.) Se quiséssemos, o efeito de nossa vida coletiva neste mundo poderia ter uma extensão muito mais ampla, mesmo maior do que a obra de Jesus, como Ele disse que seria. (Ver S. João 14:12 e O Desejado de Todas as Nações, pág. 496e 497.) Se quiséssemos, a obra que Cristo nos confiou poderia realmente em breve realizada.
A Escritura afirma que poderíamos realmente ter o poder de resistir ao mal. (Ver 1° João 3:9 e 10). Mas se falhamos em fazê-lo, é porque não exercemos o dom da fé. (Ver S. Mat. 17: 14-20.) Como Ellen White uma vez escreveu tão poderosamente. “Ele [Cristo] veio ao mundo para manifestar a glória de Deus, a fim de que o homem fosse erguido por Seu poder restaurador. Deus Se revelou nEle, para que Se pudesse manifestar neles. Jesus não revelou qualidades, nem exerceu poderes que os homens não possam possuir mediante a fé nEle. Sua perfeita humanidade é a que todos os Seus seguidores podem possuir, se forem sujeitos a Deus como Ele o foi.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 497
(Lição da Escola Sabatina “O Cristão no Mundo” 3° Trim. de 1982, toda pág. 54)
Misericórdia Senhor! Quando vejo a grande obra que o Senhor deseja realizar em minha vida, clamo pela misericórdia do Senhor. Reconheço que muita coisa ainda precisa ser mudada em minha vida. Clamo para que o Senhor aumente a minha fé, aumente a fé dos meus irmãos, para que juntos possamos buscar alcançar este objetivo maravilhoso. Que possamos estar orando uns pelos outros e glorificarmos o nome de Deus cumprindo a missão que o Senhor nos confiou da forma que Ele deseja.
Devemos deixar bem claro: as pessoas que acreditam que, pelo poder de Deus, o homem pode passar a viver com o coração completamente livre da presença do pecado, nunca dirão de uma forma arrogante que são perfeitas ou que estão vivendo sem pecar. Estando vivendo de forma irrepreensível, isso lhes será imperceptível. Esta graça maravilhosa será percebida pelas pessoas ao redor. Estas testificarão que eles realmente estão andando com Jesus. Enquanto estiverem contemplando a Jesus terão sempre uma opinião humilde a respeito de si mesma e estarão sempre buscando mais e mais do Seu amor, de Sua pureza e do Seu caráter.
“Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo fosse assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Ele prometera levá-los diretamente à terra de Canaã, e ali estabelecê-los como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem havia sido pregado primeiramente, não entraram “por causa da sua incredulidade.” Heb. 3:19. Seus corações encheram-se de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não pôde cumprir Seu concerto com eles. Por quarenta anos a incredulidade, murmurações e rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do moderno Israel na Canaã celeste. Em nenhum dos casos as promessas de Deus estiveram em falta. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo do Senhor que nos têm conservado neste mundo de pecado e dor por tantos anos.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 68.
“A igreja ilumina o mundo, não por sua declaração de piedade, mas por sua manifestação do poder transformador e santificador da verdade na vida e no caráter (carta 46.1893)”. O Reavivamento Verdadeiro, pág. 58.
“Servos de Deus, com o rosto iluminado a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do céu.” Grande Conflito, pág. 343
Que o Senhor Espírito Santo nos ilumine para que possamos compreender e aceitar a obra grandiosa que o Senhor deseja realizar em nossa vida!
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